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O grupo de Flávio Dino e as eleições de 2022…

Ao contrário do que se propaga, governador pode optar por mais de um candidato em sua base, da forma como se posicionou nas eleições municipais, postura que faz parte do seu perfil desde antes da chegada ao poder; até por que, o futuro candidato do governo será do governo Brandão não de Dino, a menos que o comunista decida ficar até o final

 

Carlos Brandão pode ser candidato em 2022, assim como Weverton Rocha, sem a necessidade de rompimento com Flávio Dino

Análise de conjuntura

Uma guerra de informações e contra-informações vem sendo fortalecida na mídia por aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) à medida que se aproxima o pleito de 2022.

Segundo essa versão, o governador Flávio Dino (PCdoB) já teria escolhido o vice como candidato a seu sucessor o que forçaria o senador Weverton Rocha (PDT) a romper com o governo.

Esta visão dos fatos seria uma quebra de paradigma na postura do próprio Flávio Dino.

Quem acompanha a história recente da política maranhense sabe que a base do governo Dino sempre esteve dividida entre diversas correntes e várias tendências políticas da esquerda e da direita; e essas correntes sempre se digladiaram nos bastidores, mantendo, mesmo assim, a aliança central com o comunista. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Foi assim em 2012, 2016 e 2020, quando o os aliados se dividiram em diversas candidaturas pela Prefeitura de São Luís e, mesmo assim, mantiveram-se na base do governo.

Nem mesmo em 2020, quando os ânimos se acirraram mais profundamente, houve rompimento da base.

A leitura unilateral de que a escolha de Dino por Brandão forçará o senador Weverton Rocha a romper ou desistir da candidatura também não leva em conta o histórico do próprio Rocha.

Secretário de Jackson Lago, suplente de deputado federal, deputado federal e senador, Weverton construiu sua trajetória ao largo das questões de grupo, sem nunca precisar romper, nem internamente no PDT, muito menos com o governo Dino.

Foi assim em 2012, quando apostou em Edivaldo Júnior (PDT) mesmo quando o PCdoB queria Tadeu Palácio (PP); foi assim em 2016, quando vestiu a camisa pela reeleição de Edivaldo enquanto o Palácio dos Leões já torcia pela candidatura de Bira do Pindaré  (PSB).

E foi assim, sobretudo, em 2018, quando construiu, sozinho, sua candidatura ao Senado, alcançando quase 2 milhões de votos. (Relembre aqui)

Assim como Flávio Dino deve apostar em si mesmo se decidir optar por Brandão, Weverton também aposta em sua própria articulação como candidato a governador.

De mais a mais, o candidato do chamado governo não será do governo Dino, mas do governo Brandão, que começa em abril de 2022; a menos que o comunista decida permanecer até o final do mandato.

E todos podem construir sua trajetória sem a expectativa de rompimento, a exemplo do que ocorreu em 2012, 2014, 2016, 2018 e 2020.

Vencerá aquele que tiver melhor posicionado no eleitorado; e é para isso que tem as pesquisas de intenção de votos.

Simples assim…

Marco Aurélio D'Eça

One Comment

  1. Marcos, gosto dos seus textos..com relação à sucessão 2022, Dino vai ter de candidatura único ao governo sob o risco de ficar sem a estrutura do governo, PC do B vai precisar dessa estrutura para vencer a clausula de barreira.. Enfrentar os Leões não é uma missão fácil….

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