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Dino recua e não vai mais tratar de candidatura a governador com partidos

Apesar da pressão do ex-governador José Reinaldo Tavares para que ele escolha, mesmo na marra, o nome do vice Carlos Brandão, comunista não sentiu segurança no momento e mudou a pauta para discussão apenas de sua candidatura ao Senado

 

Com ajuda de Zé Reinaldo, Brandão tenta apressar Flávio Dino a escolher candidato ao governo, mas o governador não demonstra segurança quanto aos partidos, a maioria alinhada a Weverton Rocha

O governador Flávio Dino (PCdoB) não vai mais tratar sobre candidaturas ao governo na reunião que convocou para o dia 31 de maio com os presidentes de partidos aliados.

A reunião era mais uma pressão do ex-governador José Reinaldo Tavares, que tenta apressar a definição do candidato de Dino e prega que o governador  decida, nem que seja na marra, pelo nome do vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Apesar de demonstrar certa preferência pela candidatura de Brandão – até por questões objetivas de poder – Flávio Dino não sentiu segurança no atual momento para impor sua vontade, uma vez que a maioria da base já está posicionada com outras candidaturas.

Como o blog Marco Aurélio D’Eça adiantou mais cedo, nesta terça-feira, 18, Dino agora vai apenas ouvir os chefes partidários e falar de sua candidatura a senador.

A pressa em escolher logo o nome do candidato governista de 2022 vem sendo demonstrada pelo vice-governador Carlos Brandão e pelo seu mentor político, o ex-governador José Reinaldo Tavares.

Tavares foi indicado por Brandão ao governo na tentativa de convencer os aliados a se aglutinar em torno de si.

Hoje com 82 anos, o ex-governador, porém, tem dificuldade de diálogo com a ala mais jovem da base dinista, hoje no comando da maioria dos partidos; e só consegue conversar com a velha guarda da política, entre eles sarneysistas que foram seus colegas.

Mesmo assim, convenceu Dino a chamar os presidentes partidários para uma conversa, a princípio marcada para o dia 28; depois adiada para o dia 31.

Tavares entende que, quanto mais cedo for anunciado o nome de Brandão – nem que seja na marra – mais ele amplia suas chances de se viabilizar.

Flávio Dino, no entanto, quer evitar em 2022 os erros que cometeu em 2020, quando, a pedido de Brandão, tentou forçar o apoio da base ao candidato do PRB, Duarte Júnior, e acabou levando aliados a apoiar Eduardo Braide (Podemos), que venceu as eleições.

O governador comunista percebeu a dificuldade que seria convencer os dirigentes partidários neste momento e decidiu mudar o foco da reunião.

A tendência é que a escolha do nome – ou dos nomes da base – se dê apenas no final de 2021

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