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Ação de cassação pode tirar Flávio Dino e Brandão do pleito de 2022

Entrada do ex-ministro Admar Gonzaga Neto no processo iniciado pela advogada Anna Graziella Neiva preocupa o Palácio dos Leões por que pode alterar completamente o cenário eleitoral do Maranhão

 

Brandão e Flávio Dino correm sérios riscos de não poder disputar as eleições de 2018 com ação tramitando no TSE

O governador Flávio Dino (PSB) reuniu seu staff mais próximo, semana passada, para alertar sobre o risco que cerca o processo de cassação do seu mandato – e do vice, Carlos Brandão (PSDB) – em tramitação no Tribunal Superior Eleitoral.

Tanto Dino quanto Brandão podem perder o mandato e ficar inelegível por oito anos se o TSE acatar a denúncia de que houve compra de votos nas eleições de 2018, em pelo menos duas situações específicas: o programa “Mais Asfalto” e a chamada “farra dos capelães”.

O que preocupa Flávio Dino é a entrada do ex-ministro Admar Gonzaga como advogado da causa, iniciada pela coligação “Maranhão Quer Mais”. O ex-ministro encantou-se com a tese e entende que as provas apresentadas nos autos são consistentes para tirar governador e vice do mandato.

O caso ganha ainda mais gravidade por que já existe uma decisão do Supremo Tribunal Federal tornando inconstitucional as leis que ampararam Flávio Dino no caso dos capelães.

Na reunião da semana passada, o governador alertou aos aliados que a perda do mandato é uma possibilidade real e que eles não podem cometer os mesmos erros do falecido governador Jackson Lago (PDT), cassado em 2009.

Além de Flávio Dino e Carlos Brandão, podem ficar fora da eleição de 2022 os ex-secretários Jefferson Portela (Segurança) e Clayton Noleto (Infraestrutura).

Caso o TSE casse o mandato do governador e do vice, os dois não poderão concorrer a nenhum cargo político até 2030, o que muda todo o cenário político no Maranhão.

Sem Brandão como candidato a governador e com Flávio Dino impedido de concorrer ao Senado, o quadro da disputa de 2022 ganha novos contornos.

E é por isso que, tanto adversários quanto aliados do governador, voltarão suas atenções para Brasília nos próximos meses…

Marco Aurélio D'Eça

6 Comments

  1. As Leis são cheias de brechas. Por vezes os ministros do STF mudam de posicionamentos. Agora, os processos serão analisados e julgados pelo TSE, com um tempero político, é claro!

  2. Sou Advogado, milito na justiça eleitoral há algum tempo. Olhei por inteiro os dois processos, em nenhum dois há qualquer fato devidamente comprovado para ensejar a cassação de quem quer que seja, de modo que do ponto de vista legal, jurisprudencial e doutrinário não haveria a menor chance de que o governador e seu vice sejam cassados.
    Se essa reunião com o staff de fato houve, foi para ficar atento a alguma interferência política que possa ocorrer no TSE durante o julgamento do processo, uma vez que o advogado que passou a representar os autores, por já ter sido Ministro do Tribunal, deve ter grande influência, além de ser próximo ao Bolsonaro.

    Res.P.: Huuummm!!!! Então foi isso, foi?!? Interessante!!!

  3. Estou achando que é fake a mando do seu chefe para criar alguma instabilidade no falado grupo do palácio ,por causa da preferência do Flávio Dino por Brandão.

  4. Já disse antes: tem muita água para passar por baixo da ponte até out/2022. Tanto no âmbito estadual quanto federal. Tudo pode mudar até as 17h do dia da eleição.

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