Ao estimular a candidatura do secretário Felipe Camarão, governador demonstra falta de confiança na viabilidade do vice-governador Carlos Brandão e indica resistência ao senador Weverton Rocha, único que atende a todos os critérios para escolha do candidato da base
O governador Flávio Dino (PSB) vem, há dias, dando sinais de que não vai cumprir os termos da carta-compromisso assinada por ele mesmo como condição para escolha do candidato que representará o seu grupo nas eleições de 2022. (Entenda aqui, aqui e aqui)
Assinado em julho – por ele e pelos pré-candidatos Weverton Rocha (PDT), Carlos Brandão (PSDB) e Simplício Araújo (Solidariedade) – o documento estabelece os pré-requisitos para que o escolhido represente sua base eleitoral.
Segundo o que estabeleceu Dino, o candidato precisa estar bem posicionado nas pesquisas, agregar o maior número de aliados do seu grupo político e ter compromisso ideológico e administrativo com o legado do seu governo.
Dentre os nomes da base, o senador Weverton Rocha é o único que atende a todos os critérios.
Mas Flávio Dino começa dar sinais de que jogará a carta-compromisso para as cucuias.
Nas últimas semanas, aliados do governador Carlos Brandão vêm forçando novamente a barra para que o vice-governador seja escolhido de qualquer jeito.
Mas Dino demonstra não confiar na viabilidade eleitoral de Brandão; tanto que voltou a estimular, por meio de aliados, a candidatura do secretário de Educação, Felipe Camarão (PT).
Seja para apresentar Camarão como nova opção, seja para não apoiar Weverton, o governador vai ter que dizer publicamente que os termos da carta não valem mais.
Mas como convencer a todas as lideranças do seu grupo a seguir caminho diferente do que estabelecia o documento?
É uma situação difícil para Flávio Dino…
É nada, desde quando político tem palavra ou honra aquilo que escreve, principalmente Flávio Dino