Entrada do secretário Felipe Camarão no páreo e a indefinição quanto às alianças partidárias de sua candidatura ao Senado levam o governador a ganhar tempo para escolha do nome que ele vai apoiar, embora tenha que rasgar os termos da carta-compromisso de julho
O governador Flávio Dino (PSB) já pensa em adiar de novembro para março sua decisão sobre o candidato que irá apoiar nas eleições para o Governo do Estado, em 2022.
Segundo contaram ao blog Marco Aurélio D’Eça membros do grupo mais próximo de Dino no Palácio dos Leões, dois fatores levam o governador a repensar a data de anúncio do seu candidato:
1 – a entrada do secretário de Educação Felipe Camarão (PT) no páreo precisa ser medida mais claramente pelas pesquisas de intenção de votos, o que só deve ocorrer em dezembro;
2 – Dino negocia mesmo alianças com PV e MDB para sua candidatura ao Senado, o que deve interferir na formação de alianças também para o candidato da base ao governo.
Mas o adiamento do compromisso firmado em julho não agrada nem o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), nem o senador Weverton Rocha (PDT), principais candidatos da base dinista.
Com índices baixos de intenção de votos, Brandão espera uma decisão ainda em 2021 para fortalecer sua articulação e atrair partidos, antes mesmo de sua posse como governador, o que ocorrerá em abril.
Líder nas pesquisas, Weverton Rocha, por sua vez, já tem agendado para São Luís o encontro “Maranhão Mais Feliz”, onde espera anunciar, de forma irreversível sua candidatura, já com a posição do governador tomada.
Embora tente manter a aparência de controle do processo eleitoral, os movimentos de Flávio Dino denunciam sua falta de rumo, que ele tenta corrigir com investidas em várias frentes.
E o adiamento da decisão que anunciou para novembro também é uma tentativa de colocar as coisas no prumo do seu projeto.