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Flávio Dino entre a cruz e a espada na escolha do seu candidato

Pressionado por aliados do vice-governador Carlos Brandão a escolhê-lo logo agora – e aconselhado por lideranças do seu grupo político a adiar a escolha para o ano que vem – governador mostra-se inseguro quanto aos riscos do racha em sua base

 

Flávio Dino vive momentos de drama numa situação criada pela própria maneira como ele trouxe seu grupo político até aqui

O governador Flávio Dino (PSB) vem recebendo uma forte pressão  – tanto pública quanto nos bastidores – de aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) para que anuncie seu candidato agora em novembro, como prometeu em julho.

Deputados aliados ao vice e setores da mídia alinhados ao seu projeto de poder fizeram manifestação pública em defesa do anúncio até o final do mês; já nos bastidores, lideranças ligadas a Brandão dizem que Dino não pode recuar, sob pena de prejudicar o tucano.

Mas Flávio Dino sabe que não tem elementos para impor o nome de Brandão neste momento.

Além de estar bem atrás nas pesquisas de intenção de votos – disputando o terceiro lugar em alguns cenários, bem distante dos líderes – o tucano não consegue a adesão de nenhum partido, além dos controlados pelo próprio Flávio Dino.

Diante do cenário de inviabilidade do vice-governador, Dino já foi aconselhado por lideranças aliadas locais e nacionais a adiar esta escolha – inclusive o próprio ex-presidente Lula.

E esta pressão dos dois lados tem deixado o governador sem rumo, sobretudo pelo fato de que, em queda livre na preferência do eleitorado para o Senado, ele vai necessitar totalmente de Brandão para consolidar sua própria eleição.

É neste cenário de insegurança e indefinição que Dino chega ao final do último ano de mandato.

E qualquer que seja a decisão de agora – definir o candidato ou adiar a escolha – terá consequências diretas na vida dele.

Simples assim…

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