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Aliados mostram a Dino riscos da imposição de Brandão sem critérios

Lideranças chamadas pelo governador nos últimos dias mostraram a ele que a indicação do vice-governador sem atender aos pré-requisitos da carta-compromisso deve gerar um racha na base; adiamento voltou a ganhar força

 

Dino não conseguiu convencer a base da unidade em torno de Brandão e deve adiar decisão desta segunda-feira, 29

Todas as lideranças independentes ouvidas pelo governador Flávio Dino (PSB) nos últimos dias disseram a ele a mesma coisa: o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) não reúne, até o momento, condições para ser indicado candidato único da base governista ao Governo do Estado.

Chamados por Dino para chancelar a imposição do nome de Brandão, essas lideranças voltaram a aconselhá-lo a adiar a decisão para março ou abril de 2022.

Flávio Dino estabeleceu em julho três critérios básicos para escolha do candidato da base:

1 – compromisso com seus principais programas de governo;

2 – agregação das lideranças e partidos da base;

3 – potencial eleitoral.

O vice-governador só atende ao primeiro critério – assim como todos os demais pré-candidatos – por ser um requisito de caráter subjetivo.

Mas ele não agrega a maioria das lideranças e partidos da base; e não demonstra potencial eleitoral, segundo as pesquisas.

Aliados de Brandão tentaram influenciar a decisão de Flávio Dino nos últimos dias, postando vídeo em que dão como certa a aliança entre governador e vice, o que deixou Dino ainda mais inseguro.

O governador já conversou com o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), com a senadora Eliziane Gama (Cidadania) e com o presidente da Famem, Erlânio Xavier (PDT); de todos ouviu que a melhor decisão agora é adiar a escolha do candidato.

Nesta segunda-feira, 29, o socialista vai se reunir com o senador Weverton Rocha (PDT), para tentar uma última cartada pela unidade em torno de Brandão.

A reunião da base deve ocorrer após esta reunião com Rocha.

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