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Sem racha na base dinista, oposição fica sem rumo eleitoral

Sarneysistas e bolsonaristas apostavam em um rompimento, sobretudo, do senador Weverton Rocha, para ter uma bandeira eleitoral, o que não ocorreu; agora, precisarão se realinhar em torno de um nome para as eleições de outubro ou aderir em massa ao vice-governador Carlos Brandão, mais identificado historicamente com os dois campos

 

Flávio Dino manteve não apenas as candidaturas de Brandão e Weverton, mas também a de Simplício, dificultando a movimentação da oposição sarneysista e bolsonarista

Análise de Conjuntura

Um dos efeitos mais imediatos da decisão do grupo do governador Flávio Dino (PSB) – de manter três candidatos da base ao governo – foi a completa e irrestrita falta de rumo eleitoral em que ficou a oposição a partir de agora.

Para garantir a empunhadura de uma bandeira em 2022, os antigos sarneysistas e os novatos bolsonaristas apostavam, desde 2019, em um rompimento do senador Weverton Rocha (PDT); mas, além de manter sua candidatura na base do governo – e garantir palanque de candidato a senador ao próprio Flávio Dino – Weverton manteve intacta sua base partidária, o que dificulta negociações de apoios fora do campo governista.

Para sobreviver às eleições os dois grupos políticos terão agora que se realinhar em torno de uma candidatura – ou de candidaturas – que possam agregar partidos ligados ao antigo grupo Sarney ou ao moribundo presidente Jair Bolsonaro.

E há nomes de peso para essa missão.

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) lidera todas as pesquisas de intenção de votos em que seu nome aparece; já entre os bolsonaristas, o senador  Roberto Rocha (ainda no PSDB) mantém uma forte disputa pelo segundo ou terceiro lugar, dependendo do cenário.

Mas se optarem pelo caminho mais fácil, que garanta eleição de bancadas na Câmara Federal ou na Assembleia, a tendência de sarneysistas e bolsonaristas é aderir à campanha do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que já tem, historicamente, maior identificação com estes dois campos políticos.

Neste caso, a guerra da oposição será por espaços com a parte do governo que optou pelo nome do ainda tucano…

Marco Aurélio D'Eça

3 Comments

  1. É um consórcio em que o governador fala que o seu candidato é o Brandão. Será que o Weverton vai aceitar essa postura?
    O governador afirma que quer os votos dos consorciados, mas não deseja que os seus eleitores votem no Weverton. Que zorra, que zorra, que zorra…infelizmente ainda não existe um candidato de oposição. Se tivesse a taca seria igual a Imperatriz e São Luís.

  2. Quem ta sem rumo é vc meu caro, não existir isso três candidaturas do governo eles vão se destruirem no decorrer da disputa esse negócio de paz e amor não existe meu caro, todos querem a mesma coisa a chave do cofre, pobre Maranhão

  3. Tal e qual ridícula a postura dúbia do Weverton, não sei se por ingenuidade ou ainda pior, por fisiologismo político, é a postura deste blog em, mais uma vez expor não uma análise conjuntural como a intitulada, mas sim uma vontade de desdizer tudo o que já disse do grupo Brandão. Até o “dia D”, Weverton era Deus e Brandão o Diabo; agora, devido a iminente derrota do pedetista, o DeÇa volatilizou toda uma contextualização em torno de uma dicotomia também por ele inventada(BrandãoXWeverton) e agora, não sei se a pedido do senador ou por receio de mais uma derrota, tenta criar uma onda de que qualquer que seja o resultado da eleição, todos ganharam, além do que joga para os quintos dos infernos todos os aliados do Bolsonaro e principalmente seu ex-futuro grupo sarney. O Weverton parece ter se arrependido em não ter blefado e é sabedor de que ainda há tempo para abdicar deste ensaio saindo vitorioso com os milhares de cargos do governo e ainda indicando o vice(vitória pomposa para quem não tem consistência política para enfrentar o maior poder do estado). Resumo: o Brandão ganhará a eleição junto com o grupo sarney, de onde ele veio e para onde tá voltando. Idem para este blog de “posição ideológica” já muito conhecida e o povo do maranhão ficará num beco sem saída assistindo e vivendo uma mesmice ideológica, política e administrativa que finalmente chega aos 60 anos. Entenderam?

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