Governador que deixa o cargo em 31 de março quer manter o controle da estrutura governamental indicando aliados para secretarias de peso, mas o ex-governador José Reinaldo Tavares, o ex-prefeito Luiz Fernando Silva e os irmãos Brandão não abrem mão de dar as cartas a partir de abril
Uma guerra surda vem se desenhando nos bastidores do Palácio dos Leões às vésperas da renúncia do governador Flávio Dino (PSB) e consequente posse do vice, Carlos Brandão (PSDB).
O vencedor ganhará a condição de “dono do governo Brandão”.
Para manter o controle, mesmo após sua renúncia, Flávio Dino quer manter o comando de pastas consideradas chaves, como a secretarias de Governo, de Comunicação, de Educação e de Cidades, segundo revelou o blog Atual7. (Saiba mais aqui)
Dino tem como principais auxiliares neste projeto de controle do governo Brandão os atuais secretários de Cidades, Márcio Jerry, e o de Comunicação, Ricardo Capelli.
Jerry é obrigado a deixar o posto em abril, para disputar a reeleição à Câmara, mas quer manter um preposto na Secid; Capelli seria a espécie de olhos e ouvidos de Flávio Dino com o comando da Secom.
Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, como argumento para manter o controle do governo, os aliados dizem que é Dino – e não Brandão – o principal articulador da campanha; e precisará desta estrutura para viabilizar a reeleição do vice.
O próprio Brandão acata esse argumento do governador, mas seus irmãos e seus aliados mais próximos tentam bater o pé.
Para o principal padrinho político de Brandão – o ex-governador José Reinaldo Tavares – é fundamental que o novo governo tenha uma identidade própria, controlando postos chaves da administração
Além de Tavares, Brandão tem como principais aliados os ex-prefeitos Sebastião Madeira, Rubens Pereira e Luiz Fernando Silva; todos terão força na futura estrutura governamental.
É com este grupo que o vice tucano pretende controlar toda a gestão.
Além da ala política, o vice-governador tem como pontas-de-lança os irmãos Marcus e Henrique Brandão, que operam nos bastidores, viabilizando estrutura financeira e política para a campanha.
Os irmãos Brandão não toleram Ricardo Capelli e muito menos Márcio Jerry; e pretendem bater o pé pelo controle da Secom e da Secid.
Para o posto de Capelli já chegaram a cogitar o jornalista Sérgio Macedo, ligado ao Grupo Mirante, o que ajudaria na condução da campanha de mídia; Macedo já atua como marqueteiro da campanha desde meados de 2021.
A guerra por espaços de poder no futuro governo deve continuar até o dia 1º de abril, quando Brandão toma posse.
E os vencedores, como já dito, serão os donos do governo…
A família do Márcio Jerry e os brandoes são adversários ferrenhos em colinas, terra que diga se de passagem carlos Brandão tem uma rejeição enorme, talvez pq o povo de lá já conhece a figura
Para uma campanha não ter sucesso basta deixar na mão de familiares.