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Flávio Dino vive uma obsessão: ter mais votos que os 2 milhões de Weverton em 2018

Ex-governador nunca se conformou com a histórica votação do senador pedetista – maior que a dele naquelas eleições – e trabalha com a ideia de superá-la em 2022, o que fica cada vez mais difícil, sobretudo com o rompimento do grupo do pedetista e com a possibilidade de palanques múltiplos para Roberto Rocha

A histórica votação de Weverton em 2018, superando a colega Eliziane Gama e derrotando as elites políticas tradicionais do estado

O ex-governador Flávio Dino convive há quatro anos com uma obsessão, fruto de uma estranha inveja: ele nunca superou o fato de o senador Weverton Rocha (PDT) ter tido mais votos do que ele nas eleições de 2018.

Weverton teve quase 2 milhões de votos, a maior votação da história do Maranhão; para ser mais preciso foram 1.997.443 votos.

Obcecado também em ser um líder hegemônico no estado, Dino nunca superou esta expressiva votação do ex-aliado pedetista; e trabalha desde então para ter mais votos nas eleições de 2022.

Mais do que ser eleito senador, Dino quer ter mais de 2 milhões de votos.

Mas este objetivo do comunista parece cada dia mais distante, sobretudo após o rompimento com o grupo do senador e o do deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), que, juntos, lideram quase 70% dos prefeitos maranhenses.

O sonho de bater o recorde de Weverton Rocha também fica ainda mais difícil para Flávio Dino diante da possibilidade de o senador Roberto Rocha (PTB) receber o apoio de todos os candidatos a governador da oposição, garantindo os palanques múltiplos que o próprio Dino sonhou.

Weverton construiu agenda própria, independente de Flávio Dino, e construiu sólida base no interior maranhense, que pode garantir-lhe bater o próprio recorde em 2022

Autoritário e personalista, o ex-governador comunista não admite sombras de lideranças ao seu redor; tanto que quer fazer o governador, o senador e o vice de sua própria indicação nas eleições de outubro, sobrepujando líderes partidários e aliados.

Mas nunca conseguiu “controlar” a agenda de Weverton Rocha, que construiu trajetória própria desde 2006, quando ajudou a eleger Jackson Lago (PDT) governador, na mesma eleição em que Dino surgiu para a vida política.

Os 2 milhões de votos de Weverton estão presos na garganta de Flávio Dino desde 2018.

Mas é o próprio Weverton, e não Dino, quem pode superar esta marca nas eleições de outubro…

 

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