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De como Flávio Dino usou e abandonou o eleitorado evangélico

Usado pelo ex-governador comunista em duas eleições seguidas – em troca de espaço no governo para pastores e familiares – eleitorado crente se aproximou do governo Jair Bolsonaro desde 2018; hoje é antipático ao projeto de poder do Palácio dos Leões – o que prejudica, principalmente, o candidato dinista Carlos Brandão – e tem dois candidatos do segmento na disputa pelo governo e um para o Senado

 

Era assim, de bíblia na mão e ciceroneado por pastores, que o comunista Flávio Dino chegava às igrejas evangélicas em busca de votos até as eleições de 2018

Ensaio

De bíblia na mão e contrito como um verdadeiro “irmão em Cristo”, o ex-governador comunista Flávio Dino (PSB) era figura carimbada nas igrejas evangélicas entre os anos de 2010 e 2018, quando buscava o poder político no Maranhão.

Eleito duas vezes governador, loteou o governo com cargos ilegais para pastores e familiares de pastores, em troca de apoio nas igrejas, que veio tanto nas eleições de 2014 quanto na de 2018.

Mas eis que surge o presidente Jair Bolsonaro (PL) no caminho do comunismo maranhense.

A partir de 2018, quando pastores já começavam a questionar a relação com o comunista Dino, Bolsonaro passou a capitanear o eleitorado evangélico no Brasil, o que se refletiu também no Maranhão; além disso, vieram as ações questionando os cargos de capelães com os quais Flávio Dino presenteava pastores.

O rompimento era iminente.

Hoje, Flávio Dino e os evangélicos agem como se nunca tivessem se conhecido, cada um para o seu lado, como revelado já em 2022 pelo blog Marco Aurélio D’Eça, no post “Flávio Dino se afasta de evangélicos”.

No Maranhão, este segmento do eleitorado divide-se, principalmente, entre as candidaturas dos ex-prefeitos Lahésio Bonfim (PSC) e Edivaldo Júnior (PSD), ambos evangélicos militantes; Lahésio ainda leva a vantagem de ter o Pastor Bel como candidato a senador. 

Uma parcela menor é disputada pelo senador Weverton Rocha (PDT), que lidera as pesquisas, e pelo governador-tampão Carlos Brandão (PSB), mas ambos enfrentam resistências pela ligação com a esquerda e – principalmente no caso de Brandão – com o comunismo de Flávio Dino.

Se terá influência para levar um dos candidatos do segmento ao segundo turno, só o tempo dirá.

Mas que o peso dos evangélicos ainda é grande no Maranhão, não há como negar…

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