Ao finalmente quebrar o silêncio no escândalo de mais de R$ 1,1 milhão, prefeito de São Luís não consegue explicar pontos ainda nebulosos na relação com o irmão, Tonho Braide, com ex-assessores e até com o FIT preto, que expõe o nome da mãe há 14 anos em todo tipo de operação, no trânsito e nos bastidores da política
Comentário
O prefeito Eduardo Braide (PSD) deixou mais perguntas do que deu respostas ao tentar quebrar o silêncio sobre o escândalo do carro deixado abandonado com mais de R$ 1,1 milhão no porta-malas.
Culpou o irmão, Tonho Braide, mostrou indignação com o uso do nome da mãe, mas não explicou a relação com os dois ex-assessores flagrados no caso, o que gerou ainda mais dúvidas sobre sua integridade.
- 1 – por que Braide rompeu com o irmão, a ponto de “nem ter mais relacionamento com ele há quase três anos”?!?
- 2 – qual a gravidade do que fez Tonho Braide, seu operador desde sempre, a ponto de o prefeito se afastar dele?!?
- 3 – por que o prefeito se afastou do irmão, mas deixou que dois se seus assessores continuassem a operar com ele?!?
- 4 – indignado com o uso do nome da mãe falecida, por que Braide deixou que o carro dela fosse usado por 14 anos ?!?
- 5 – se soube do caso pela mídia, por que o prefeito demitiu seu assessor Makilas apenas 24h depois do caso vir à tona?!?
O prefeito Eduardo Braide (PSD) sempre se manteve distante da classe política, da imprensa e de partidos, a ponto de esnobar todos esses setores, como já havia revelado este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Eduardo Braide paga o preço do seu desprezo pela Comunicação”.
Por isso sua fala sobre o carro do milhão repercutiu tanto; mostrou que o prefeito está acuado, sentiu o golpe, desceu do pedestal, está sentindo falta do chão.
O problema é que, sem amigos na política e sem relação com a imprensa, resta-lhe apenas o apoio popular.
Mas este já começa a se diluir com o escândalo dos mais de R$ 1,1 milhão….