Em nova peça juntada ao processo que questiona a vitória de Iracema Vale na Assembleia, partido tenta diminuir o papel da mulher na Mesa Diretora
O Partido Comunista do Brasil apresentou nova peça ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação movida pelo Solidariedade, relatada pela ministra Cármen Lúcia. Desta vez, o partido alegou que mulheres teriam sido preteridas na eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
A narrativa, no entanto, ignora que o então vice-presidente da Casa, deputado Rodrigo Lago, filiado ao PCdoB, renunciou ao cargo, o que levou à eleição da deputada Andréia Rezende (PSB) como nova vice-presidente. Além disso, na nova eleição a deputada Fabiana Vilar (PL) foi promovida a um posto mais elevado na hierarquia da Mesa.
Na ação, o PCdoB sugeriu que a deputada Andréia teria sido desvalorizada durante o processo eleitoral, quando, na verdade, ela permaneceu na Mesa Diretora, enquanto a presidência continua com uma mulher.
A polêmica gerou críticas, inclusive de uma professora da UFMA, que rebateu o argumento apresentado pelo partido
“Letras evidentemente machistas, elaboradas por homens que tentam culpar uma mulher por ter sido eleita presidente. É a típica tese machista que busca ditar como a mulher deve agir, se comportar e que não aceita quando ela tenta disputar o espaço político de igual para igual.”
A situação continua a gerar debates acalorados nos bastidores da política maranhense e promete novos desdobramentos.