Governadora em 2014, atual deputada federal teve que ficar no mandato até o final, depois que o seu candidato, Luiz Fernando Silva, desistiu às vésperas das convenções, no ato mais covarde da história política do Maranhão

INIMIGO ÍNTIMO. Roseana acreditou que Luiz Fernando tivesse coragem de disputar contra Dino; ele arregou e hoje convive com os ex-adversários da ex-governadora
Teve forte repercussão nos meios políticos o post deste blog Marco Aurélio d’Eça, intitulado “De como dois governadores maranhenses mergulharam a carreira no ocaso…”.
Mas houve um lapso histórico no texto, alertado por algumas lideranças e colegas jornalistas:
- em 2014, a então governadora Roseana Sarney (MDB) também foi obrigada a manter-se no cargo para tentar salvar o seu grupo político;
- à época, foi preciso criar um candidato alternativo por que seu preferido Luiz Fernando Silva, desistiu da disputa em cima da hora;
- o resultado foi a vitória de Flávio Dino, em primeiro turno, e a ida de Roseana para o ostracismo, que durou até as eleições de 2022.
A então governadora deu a ele [Luiz Fernando] todas as condições para viabilizar o próprio nome à sua sucessão, transformando-o em uma espécie de governador informal. Fez todos acreditarem, inclusive este blog, que, de fato, encararia as urnas contra o comunismo. Mas, às vésperas da convenção de 2014, o então “melhor prefeito do Maranhão” arregou e desistiu da campanha, num gesto visto por muitos como uma traição a tudo o que Roseana fez por ele”, analisou este blog Marco Aurélio d’Eça, ainda em 2018, no post “O triste ocaso de Luiz Fernando Silva..” .
A atitude de Luiz Fernando é apontado até hoje como o gesto mais covarde da história política do Maranhão, e quase tira Roseana definitivamente da política; ela abriu mão de disputar o Senado e ficou no cargo até o final, na tentativa de evitar a vitória comunista.
- para tentar fazer frente à candidatura de Flávio Dino, Roseana buscou a alternativa Lobão Filho (PMDB), que estava até internado;
- mesmo em condições adversas, Edinho ainda conseguiu polarizar a disputa com Dino, e chegou a alcançar quase 35% dos votos;
- sem mandato, Roseana ainda tentou um confronto com Dino em 2018, mas também foi derrotada, elegendo-se apenas em 22.
Assim como os casos de Luiz Rocha, em 1986, e José Reinaldo Tavares, em 2014, o gesto de Roseana também resultou em derrotas pessoais e políticas que repercutem até hoje.
Luiz Fernando continuou sua trajetória claudicante.
Elegeu-se novamente a prefeito de Ribamar, em 2016, mas renunciou, de novo, em 2017, aliando-se ao mesmo Flávio Dino de quem correu de enfrentar em 2014; hoje, ocupa cargo irrelevante no governo Carlos Brandão (PSB) e é cogitado para o comando da Seduc.
Mas esta é uma outra história…