Que tipo de articulação partidária pode levar um deputado a abrir mão de quatro meses do mandato, fazer três suplentes também recusarem-se a assumir e levar um quarto suplente a tomar posse para não participar das sessões da Casa?!?

AGRESSOR DE MULHER. Dalton Arruda e PMs durante homenagem ao quarto suplente, que assumiu e não comparece às sessões por constrangimento
Editorial
A Assembleia Legislativa vive um clima de constrangimento desde o carnaval, com a presença do advogado Dalton Arruda (PSD) no mandato de deputado estadual; Denunciado por agressão doméstica e ameaça de morte contra a ex-esposa, o suplente que assumiu em lugar do deputado Eric Costa sequer vai ao plenário, diante do clima com a bancada feminina.
Mas o que levou o PSD maranhense aceitar que três suplentes do partido abram mão de assumir mandato na Casa para dar vaga a um quarto suplente, que teve apenas 7.189 votos e carrega consigo todo este histórico?!?
- o primeiro suplente do partido é César Pires, que abriu mão de assumir; (Entenda aqui)
- o segundo e o terceiro suplentes – Pedro Neres e Ricardo Seidel – fizeram o mesmo;
- sobrou exatamente Dalton Arruda, mesmo diante de toda a polêmica em torno de si.
“Como procuradora, a gente já pediu para presidente da Casa para ver essa situação. Essa semana ele não estava presente na Casa, em nenhuma sessão. Eu acredito que providências já estão tomadas porque até agora eu não o vi na Casa esta semana. Apenas no dia que estava lá na posse, mas…de nada adianta fazermos as Leis se elas não forem cumpridas”, lamentou a procuradora da Mulher da Assembleia Legislativa, deputada Drª Viviane (PDT).
O mais grave é que Dalton Arruda recebeu da Polícia Militar do Maranhão uma homenagem por “apoio constante à modernização da PMMA”; a outorga foi dada pela Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas);
É a Rotam que auxilia a Patrulha Maria da Penha nas necessidades de apoio nos casos envolvendo violência contra a mulher.
Simples assim…