De como bolsonaristas usam o rebanho alienado para beneficiar Bolsonaro

Defesa sistemática de manifestantes que atuaram no 8 de janeiro tem apenas um objetivo: criar as condições para uma “anistia, ampla, geral e irrestrita” que beneficie o próprio ex-presidente

 

VEREADORA DE SÃO LUÍS NEM SE MISTUROU. Manicure tida por “coitadinha” era de causar problemas nos acampamentos bolsonaristas

Editorial

A manicure Eliene Amorim de Jesus e a cabeleireira Débora Rodrigues compartilham aspectos comuns da vida, além da profissão ligada à estética e à beleza.

  • as duas formam o rebanho bolsonarista e as duas foram presas pelo 8 de janeiro de 2023;
  • agora, as duas passaram a ser “torniquete” do bolsonarismo para emparedar o Supremo.

De uma hora para outra, tanto Débora – que já foi solta – quanto Eliene, passaram a ser “vendidas” por bolsonaristas Brasil a fora como gente “desmiolada, sem noção, desinformada e incapaz de ler a realidade concreta”; viraram “coitadinhas presas injustamente por algo que elas nem sabiam que tinha tanta gravidade”.

  • os bolsonaristas não estão nem aí para Débora Rodrigues e muito menos para Eliene Amorim;
  • elas são apenas rebanho do bolsonarismo, usadas agora para emparedar o judiciário brasileiro;
  • e o objetivo é apenas um: criar as condições paras livrar, também Bolsonaro, da cadeia por golpe.

“Tenho recebido algumas muitas mensagens, estão me marcando também, a respeito da moça que está presa aqui em Pedrinhas que estava na manifestação de 8 de janeiro em Brasília. Eu não conhecia essa moça pessoalmente, eu não lembro dela. Ela estava na Praça Duque de Caxias também, mas ela, infelizmente, andava com um grupo de pessoas que não faziam parte do nossos grupo de pessoas ordeiras”, explicou a vereadora – bolsonarista – Flávia Berthier (PL), em vídeo postado com exclusividade pelo blog Marrapá. (Veja a íntegra acima)

A COITADINHA MISSIONÁRIA DO 8 DE JANEIRO. “Sempre criando confusões, agredindo pessoas”, como definiu Flávia Berthier

Este blog Marco Aurélio d’Eça já tratou de Débora Rodrigues, no editorial intitulado “Não foi apenas pichação, estúpido!!!”; mas o fantoche bolsonarista da hora é Eliene Amorim de Jesus.

Em primeiro lugar, ao contrário da imagem traçada agora pelos bolsonaristas que querem usá-la como “torniquete” de Bolsonaro, Eliene não é uma  mera “sem noção que nem sabia do 8 de janeiro”; Ela participou ativamente de “marchas bolsonaristas” de toda sorte, entre 2021 e 2022, como revelou a própria vereadora bolsonarista.

  • Estava, inclusive, no acampamento da Praça Duque de Caxias, montado no final de 2022;
  • e seu comportamento era “mais eufórico”, eufemismo usado pela vereadora Flávia Berthier.

“Tinha um grupo mais eufórico, que estava sempre disposto; e ela fazia parte deste grupo aí que era um grupo de pessoas que estava sempre criando problemas na praça, sempre criando confusões, agrediam algumas pessoas, agrediram jovens batendo no rosto. Inclusive, eles nunca estavam envolvidos com a gente, que estava com a motivação certa”, explicou Flávia Berthier.

Se quiserem, os bolsonaristas vão encontrar dezenas, centenas, talvez milhares de “sem noção” e “coitadinhos” entre os golpistas do 8 de janeiro; mas é exatamente por ser “sem noção” que eles se tornam alvos fáceis do recrutamento bolsonarista.

São ideais para servir de torniquete!!!

Marco Aurélio D'Eça