Partido deixará candidato à vontade na sucessão estadual, tanto entre eleitores de direita quanto da esquerda, sem precisar se envolver no debate da corrida presidencial

FECHADO TOTAL. Braide recebeu aval de Kassab para disputar o governo, pouco importando seu candidato a presidente
Em primeira mão
Se depender do PSD nacional, o prefeito de São Luís Eduardo Braide não sofrerá qualquer cobrança ideológica nas eleições de 2026, quando deve disputar o Governo do Estado. Como candidato a governador, o prefeito poderá buscar votos tanto entre eleitores de direita como também entre os de esquerda, sem precisar defender candidatos presidenciais de um lado ou de outro.
- Braide foi cobrado pelo pré-candidato do Novo, Lahésio Bonfim, que questionou a ideia de que ele seria de direita;
- a posição de Lahésio gerou neste blog Marco Aurélio d’Eça o post “Braide vai pela esquerda ou pela direita?!?”.
“Não há nenhuma exigência do PSD de que ele [Braide] apoie o presidente Lula (PT) ou Bolsonaro (PL); ou mesmo outros nomes da direita ou da esquerda. O PSD é liberal nesse aspecto”, disse o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, em conversa com pessedistas maranhenses, segundo apurou este blog Marco Aurélio d’Eça.
Os maranhenses filiados ao PSD são exemplos desta pluralidade ideológica no partido.
- senadora Eliziane Gama, por exemplo, é ligada ideologicamente a Lula;
- já o deputado federal Josivaldo JP é Bolsonarista de quatro costados;
- essa pluralidde se repete nas bancadas do partido em todos os estados.
Em 2022, após perder o apoio de Lula, o senador Weverton Rocha (PDT), historicamente de esquerda, decidiu assumir uma postura ambígua em relação às eleições presidenciais, o que, na visão de analistas custou-lhe o segundo lugar e um possível segundo turno, que acabou nem ocorrendo; essa história foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O reposicionamento de Weverton Rocha…”.
Ao contrário de Weverton, Braide nunca se definiu ideologicamente, embora tenha postura sócio-cultural claramente cristã-conservadora, o que nunca incomodou eleitores da esquerda ou da direita; ele pode, portanto, manter-se ao largo do debate presidencial
Mas resta saber se, em uma disputa que parece polarizada nacionalmente, o eleitor compreenderá sua postura “nem aí”…