Conjunção de fatores externos e internos devem levar o prefeito de São Luís a repensar sua presença na sucessão estadual onde ele entrou mudo e deve sair calado
EMPECILHO DOMÉSTICO. Braide lidera nas pesquisas, mas há quem diga que a vice-prefeita seria um entrave à sua candidatura ao governo
Editorial
Alguns senões já são conhecidos da classe política e da imprensa: sua dificuldade de relação com a classe política, a falta de uma aliança partidária consistente e inexistência de base aliada no interior.
O prefeito, porém, ressente-se de questões mais consistentes para fazê-lo repensar a candidatura:
- primeiro, que ele não tem garantia de apoio de sua vice, Esmênia Miranda (PSD), caso decida deixar a prefeitura em abril de 2026;
- segundo, que o governo Carlos Brandão (PSB) tem mostrado um poderio “bélico” capaz de intimidar qualquer candidato no estado.
Há quem especule uma aliança entre Braide e o chamado grupo dinista, o que levou este blog Marco Aurélio d’Eça à pergunta: “Mas Braide vai querer?!?”.
O nome de Eduardo Braide tem sido ventilado como pré-candidato a governador desde o resultado das eleições de 2024; e desde essa época, a imprensa – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – tem ouvido falar de uma certa mágoa da família da vice, que não garante o apoio à nova aventura eleitoral do prefeito.
- Braide nunca disse que é candidato, mas estimulou aliados e até adversários a mantê-lo no jogo da sucessão, o que lhe garantiu mídia e presença nas pesquisas;
- Mas, se num primeiro momento, o silêncio serviu para estimular eleitores – o que lhe pôs à frente nas pesquisas – também começou a jogar contra, diante da indefinição.
E isso começa a se refletir em queda nas pesquisas.
Faltam ainda nove meses até que Braide precise decidir se renuncia ao mandato de prefeito ou abre mão da disputa pelo Governo do Estado. Pelo andar da carruagem, porém, a tendência é que continue tudo do jeito que está hoje.
Ele entrou mudo no processo; e sairá calado…