Fala de Weverton sobre Lula divide opiniões entre dinistas e brandonistas…

Aliados do governador Carlos Brandão e do vice-governador Felipe Camarão se dividem em dois grupos: os que ainda acreditam em uma aliança e os que não veem chances de reconciliação

 

CLOSE SÓ PARA FOTO. A junção de dinistas e brandonistas em palanque do governo Lula não significa, necessariamente, realiança política

Este blogo Marco Aurélio d’Eça trouxe nesta quinta-feira, 11, um recorte da entrevista do senador Weverton rocha (PDT) ao jornalista Rogério Silva, publicado no post “‘Lula vai reunir Brandão e Camarão’, revela Weverton…”.

A fala do senador sobre uma reconciliação entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o vice-governador Felipe Camarão (PT) – patrocinada pelo presidente Lula (PT) – teve forte repercussão entre lideranças brandonistas e dinistas, que, hoje, se dividem em dois grupos distintos, independentemente do lado em que estão:

  • no primeiro grupo estão os que ainda acreditam em uma reconciliação entre Brandão e os remanescentes do governo Flávio Dino;
  • no outro grupo, bem maior, os que não veem mais nenhuma possibilidade de unidade na base do presidente Lula no0 Maranhão.

Este blog Marco Aurélio d’Eça buscou ouvir as senadoras Ana Paula Lobato (PSB) e Eliziane Gama (PSD), os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB) e Rubens Jr. (PT), os presidentes da Assembleia, Iracema Vale (PSB), e da Famem, Roberto Costa (MDB), os deputados estaduais Rodrigo Lago (PCdoB), Carlos Lula (PSB), Othelino Neto (PSB) e Leandro Bello (Podemos), além dos secretários Rubens Pereira (Articulação Política) e Sebastião Madeira (Casa Civil).

Nem todos responderam ao blog, mas dentre os que falaram sobre o tema, é possível montar um painel claro de opiniões sobre um eventual palanque único de Lula no Maranhão.

  • Grupo dos que receberam a proposta de Weverton com simpatia

“Um grupo unido em que todos trabalham juntos é sempre melhor para o Maranhão; e isso o governador Carlos Brnadão já vem fazendo. Por isso parabenizo o senador Weverton pelo seu discurso”, disse Roberto Costa, ainda durante a “Caravana Federativa”, na quinta-feira, 11.

“Na política, diálogo sempre é possível. Lula liderará a discussão política no Maranhão. Esse é nosso maior ponto de convergência, entre todos nós”, reforçou Rubens Júnior, diretamente a este blog Marco Aurélio d’Eça.

“Sobre chances de diálogo, com vistas a um entendimento do campo amplo que o apoia, é preciso considerar que há um vazio de liderança nesse diálogo, já que, quem naturalmente deveria conduzi-lo, se afastou desse processo que o fez governador”, disse Márcio Jerry, não fechando portas, mas com fortes críticas ao governador Carlos Brandão.

“O que precisamos reconhecer é que a atual conjuntura política do estado está em desalinho com aquilo que elegeu Lula em 2022; o campo progressista maranhense não pode ser confundido com a cúpula política que hoje ocupa o Palácio dos Leões”, Ponderou Carlos Lula.

  • Grupo dos que não veem mais nenhuma chance de reconciliação

“eu não vejo rumo algum [de reaproximação]”, disse, lacônico, o deputado Leandro Bello.

“Infelizmente, Brandão mudou a rota e instalou um governo patrimonialista e que desmontou os principais serviços públicos e programas sociais; diante disso, não há caminho para reaproximação”, afirmou a senadora Ana Paula Lobato; o marido dela, Othelino Neto, vai na mesma linha, ainda mais duro:

“de minha parte, não existe hipótese de diálogo com Brandão. Apoiarei a reeleição do presidente Lula e me dedicarei a derrotar o cadidato apoiado pelo atual governador”, decretou Neto.

“Gradativamente, vimos o governador se afastar dos compromissos sociais assumidos com o povo, descontinuando o governo anterior. Nesse cenário, insustentável dar apoio a esse governo e seus sucessivos erros. Não acredito em diálogo algum. penso que o senador Weverton manifesta apenas seu desejo pessoal, sem aderência”, manifestou-se Rodrigo Lago.

O painel está bem claro:

  • alguns dinistas mostram-se ainda abertos, mas com críticas ao outro lado;
  • alguns brandonistas falam de unidade, mas sob a égide do próprio governo;
  • há também dinistas já mais radicais, fechados para qualquer outra conversa;
  • e os que preferem nem se manifestar mais sobre o tema neste momento.

Todos porém, mostram-se alinhados ao projeto do presidente Lula; e é dentro deste objetivo, que Weverton Rocha pretende buscar a interferência direta de Lula.

Mas esta é uma outra história…

Marco Aurélio D'Eça