Author: Marco Aurélio D'Eça

Luis Fernando em palestra: amplo conhecimento

Técnico dos mais competentes do Maranhão, profundo conhecedor de todos os setores do estado e gestor de incontestável e comprovada solidez, o secretário de Infraestrutura Luís Fernando Silva (PMDB) tem se demonstrado também um exímio articulador político.

Desde que recebeu o aval político do ministro Edison Lobão para representar o PMDB na disputa pelo Governo do Estado, Luís Fernando caiu em campo e demonstra, em pouco tempo, a forte capacidade de atrair, inclusive os contrários.

O pré-candidato peemedebista ao governo tem em sua base de apoio todos os partidos que compõem a base do governo Roseana Sarney (PMDB), mas vai além.

Com ele, já estão prefeitos importantes do PSDB, do PDT, do PPS, do PSB e até do PCdoB.

Com lideranças, em meio ao povo: articulação

Lideranças como o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB) – totalmente engajado na campanha – seguem Luís  Fernando por acreditar em sua capacidade e confiar na sua integridade.

Outros, como Luciano Leitoa (PSB), de Timon, se ainda não se posicionaram favorável ao projeto peemedebista, também demonstram clara admiração pelo seu trabalho.

É desta forma que Luís Fernando segue sua pré-campanha, numa articulação que tem surpreendido politicamente pelos resultados – e isso sem que o grupo da governadora tenha entrado efetivamente em campo.

Imagina em 2014…

Roberto Rocha, na comemoração do seu aniversário: difícil convivência na oposição

Eleição após eleição, o vice-prefeito de São Luís Roberto Rocha (PSB) é visto sempre com desconfiança pela oposição maranhense.

A falta de credibilidade  do socialista entre seus pares oposicionistas parece superar qualquer estrutura de campanha ou força política e eleitoral que ele possa demonstrar ter.

Às vésperas da campanha de 2014, Rocha continua a enfrentar esta desconfiança.

Com relação apenas formal com o chefão comunista Flávio Dino, Rocha também não se dá bem com o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), vive uma espécie de isolamento na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e não consegue abrir diálogo com membros do PSDB e do PDT.

Mas há razão para isso.

Filho do ex-governador Luiz Rocha, Roberto nasceu nas entranhas do grupo Sarney, por onde se elegeu deputado estadual. Rompeu com os Sarney em 1993, quando tentou ser presidente da Assembleia Legislativa e foi preterido.

A partir de então, passou a compor na oposição, mas nunca conquistou o nível de confiança necessário para se tornar um líder de fato.

Em 2002, decidiu sair candidato a governador, mesmo contra a vontade de Jackson Lago (PDT), que tinha a esperança de vencer no primeiro turno. A dois dias da eleição, renunciou a candidatura.

Resultado: José Reinaldo venceu no primeiro turno.

Em 2006 ele já estava com José Reinaldo, elegendo-se deputado federal no grupo que elegeu Jackson Lago. Mas manteve-se distante das articulações até a cassação de Jackson.

Em 2008, articulador da campanha de João Castelo – e enciumado com a ascensão de Flávio Dino (PCdoB) – tentou enquadrar o comunista dizendo que “política tem fila, que deve ser respeitada” .

Em 2011, já havia rompido com Castelo e estava no grupo do mesmo Flávio Dino que não respeitou a fila.  Conseguiu eleger-se vice-prefeito em 2012.

De lá para cá, tem buscado apoio de outras correntes políticas à sua candidatura a senador – e se mostra cada vez mais afastado do comunista e seus aliados.

As idas e vindas de Roberto Rocha na oposição repercutiu ontem na Assembleia Legislativa.

Ao explicar uma fala ao deputado Marcelo Tavares (PSB), o também deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) deu uma definição do perfil de Rocha:

– Ele é o nosso Cavalo de Troia na oposição.

Quem acompanhou o périplo do chefão do comunismo no interior, semana passada, viu que ele chegou a São Domingos do Maranhão no meio da tarde de sexta-feira.

Ele desembarcou em Teresina (PI) por volta do meio-dia e seguiu de carro para o município maranhense, onde participaria de mais uma de suas ações de campanha fora de época.

Neste horário, o chefão comunista deveria estar dando expediente na Embratur, empresa da qual é presidente.

Dino, em campanha durante o expediente, em junho

Há dois meses, Flávio Dino foi desmoralizado após descoberto que ele fraudava a agenda de trabalho na Embratur para esconder que estava fazendo campanha no interior maranhense.

Na época, blogs e jornais denunciaram que a agenda informada pela empresa ao Portal da Transparência escondia as passagens de Dino pelo interior do Maranhão – pondo no lugar supostos expedientes na própria empresa.

Desmascarado, o comunista atacou adversários, tentou se explicar, mas teve que reconhecer a fraude, acusando os assessores de erro.

E decidiu reduzir sua campanha fora de época no interior. (Relembre aqui)

Agora, sentada a poeira, ele volta a enforcar as sextas-feiras na empresa. E quando deveria estar trabalhando, faz campanha no interior.

Como ele mesmo confessa no twitter acima…

Os capítulos da novela A Cambada continuam cada vez mais intensos e comprovam o fato: quanto mais se debatem, pior.

Cada um com seu projeto pessoal, torna-se impossível formar um palanque homogêneo para as eleições de 2014.

Partidos como PPS, PSB e PSDB vão para o lado oposto do grupo formado por PCdoB e PDT.

Pelo simples motivo que caracteriza uma cambada: estão juntos, porém se batendo a todo momento.

Não há unidade, muito menos um consenso.

Deputado maranhense Jota Pinto quer Marina Silva no PEN

PPS, PDT e PEN são os partidos que, atualmente, querem filiar a ex-ministra Marina Silva.

Marina ainda não conseguiu oficializar o registro da Rede Sustentável e sente morosidade no processo por parte da Justiça Eleitoral.

Sabendo disto, os partidos discutem a filiação da pré-candidata.

Resta saber qual deste Marina prefere ir, caso a Rede não saia do papel.

É aguardar e conferir…

O Panorama Político abordou o estado sob signo do Mensalão no qual ficou o PT.

A cúpula do partido decidiu não realizar nenhuma pesquisa presidencial durante o julgamento do mensalão no STF.

Os petistas avaliam que estas pesquisas seriam inevitavelmente contaminadas pelo escândalo que sacudiu o governo Lula.

Só esperando a poeira baixar, mirando em 2014…