Author: Marco Aurélio D'Eça

No início desta semana, o blog publicou fotos das ruas do bairro da Areinha que precisavam ser restauradas.

As equipes da prefeitura foram até o local para resolver o problema, mas o moradores não quiseram a operação tapa-buraco.

Sinal de que a população já começa a se tocar de que só isso não resolve o problema.

E que mudanças não são paliativas.

A gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PTC) está chegando ao seu nono mês, praticamente uma gestação.

E complicada, pois em nove meses, a população começa a se irritar.

Se irrita, pois não acreditam que em nove meses não há nada efetivo para se comemorar.

Ações foram feitas, isto há de se reconhecer.

Mas aquela grande mudança que todos ainda esperam não se vislumbra nem ao horizonte.

A mudança na educação, saúde, infraestrutura e transporte. Estes dois últimos um verdadeiro caos.

Cada dia piorando mais.

A cidade não tem o básico; é um filho mal cuidado mesmo antes de nascer…

Paulo Braide (à esquerda, de paletó), em recente visita aos diretores da Pró-Saúde, noticiada no próprio site da empresa

O empresário Paulo Braide, dono da Mercúrio, praticamente controla o sistema de saúde em municípios do interior maranhense – e atua também no controle do Hospital do Servidor, do estado.

Sua empresa participa de todo e qualquer tipo de licitação na área da Saúde, tenha ou não os produtos para fornecer.

Em 2012, a Mercúrio foi proibida pela Comissão Permanente de Licitação do município a participar de concorrências, mas ganhou na Justiça o direito a entrar nos certames.

Esta é outra vertente da Mercúrio, as fortes ligações no Judiciário.

Esta relação garantiu, recentemente, a suspensão de uma licitação na Semus para fornecimento de medicamentos, como revelado no blog de Gilberto Léda (Leia aqui)

Mas recentemente, a empresa foi notificada pelo Hospital Djalma Marques por não entregar o material de hemodiálise que prometera. Foi um deus-nos-acuda.

Paulo Braide tem forte ligação com o pai do prefeito, o ex-deputado Edivaldo Holanda.

Agora, pode ganhar o controle de todo o sistema de saúde municipal, controlando desde hospitais até a contratação de médicos, enfermeiros e auxiliares, por meio de Serviços Prestados.

É aguardar e conferir…

Batista, com pais de alunos e a secretária: pressão…

Após cobrança de uma comissão de pais de alunos por intermédio do jornal O EstadoMaranhão e deste blog, a Secretaria de Segurança Alimentar do Município informou ontem que o programa Leite na Escola poderá ser reeditado já a partir de setembro.

A informação foi dada a comissão pela secretária Fátima Ribeiro.

– A previsão que nos deram é que após a licitação na próxima quarta-feira (28), não havendo contestação de nenhuma empresa, o leite volte a ser distribuído ainda em setembro, beneficiando cerca de 130 mil alunos e mais moradores de rua cadastrados pelo Centro de Referencia de Assistência Social (Cras) – disse o jornalista e suplente de vereador Batista Matos, que lidera a comissão.

 – É muito importante que este programa volte logo, pois ajuda na alimentação das crianças e também na economia de casa – disse Eliane Amaral dos Reis, mãe de seis filhos, sendo que quatro eram beneficiados pelo programa até o ano passado.

Em nota enviada a este blog ainda na terça-feira, a secretária informou que o programa não havia sido editado este ano devido a briga jurídica de empresas no processo licitatório.

– O município não pode ficar refém destas empresas. A secretária disse que não pode fazer dispensa de licitação, mas a lei de licitação 8.666 prevê contratos emergenciais temporários para casos excepcionais e este é um, pois tem crianças que precisam deste leite pra garantir sua primeira refeição do dia. Esta briguinha jurídica não pode continuar prejudicando milhares de crianças – observou Batista Matos.

A prefeitura de São Luís vai realizar uma espécie de auditagem na chamada folha SUS da Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo oficial é checar informações de sindicatos da área para saber se os pagamentos estão seguindo os padrões.

– É uma ação de ordem preventiva. Uma “auditagem”. Desde o início se constatou o que se chama de esquizofrenia na folha SUS, o que sugere a necessidade de uma checagem – disse ao blog o secretário de Comunicação, jornalista Márcio Jerry.

Ele fez questão de garantir que a medida é meramente preventiva e lembrou que nem mesmo o recadastramento do início do ano teve objetivo de demitir – embora tenha resultado na demissão de milhares de Serviços Prestados.

Segundo apurou o blog, a folha SUS e todo o setor de Saúde já haviam passado, em março, por uma auditoria da conceituada Price Withehouse Coopers, uma das maiores empresas de investigação do mundo.

Durante dois meses, a empresa investigou contratos, pagamentos e movimentação de recursos na Saúde.

Não faz sentido que, agora, portanto, a prefeitura resolva auditar novamente a chamada Folha SUS, gerando pânico entre servidores com o zunzunzum diário de que haverá demissão em massa no setor.

A menos que haja outro objetivo por trás.

Segundo também apurou o blog, há suspeitas de que a real finalidade da “auditagem” é checar dados de carga horária e condições de trabalho de médicos, enfermeiros e auxiliares, analisando, principalmente, a situação dos SPs.

Desta forma, criaria-se as condições para a privatização da saúde municipal, denúncia já feita e refeita neste blog.

Mas esta é uma outra história…