19

A tão esperada hora de comparar Castelo a Holandinha

Por Linhares Júnior

Justamente nessa mesmíssima época de 2012 João Castelo, então prefeito de São Luís, era pressionado pelo sindicato dos donos de empresa de ônibus para aumentar a passagem.

Pois quis o destino que Holandinha passasse pelo mesmo problema logo no seu primeiro ano de mandato. Em 2012 o tucano bateu o pé, enfrentou greve e empresários e não concedeu aumento de passagem. Como será em 2013?

Como se sabe, toda vez que o SET quer aumentar passagem ele aciona seus vassalos na direção do Sindicato dos Rodoviários e ameaça uma greve. Se o prefeito não ceder, a greve acontece. Antes de João Castelo os prefeitos tinham o costume de dar aumento nesse processo de chantagem.

Veio o tucano, bateu o pé, enfrentou uma greve e impediu o aumento em 2012. É óbvio que Castelo não conseguiu melhorar substancialmente o sistema de transporte público, mas ele pelo menos pôs um fim ao ciclo demoníaco criado pelos donos de empresa.

E estes senhores donos de empresa são um capítulo à parte. Reclamam diuturnamente do martírio que é ser dono de empresa de ônibus em São Luís. Pelas latas-velhas que circulam pelas ruas da cidade é até capaz de algum desavisado pensar que essa história é verdade.

Contudo, esses empresários moram em apartamentos milionários. Frequentam lugares caros e estampam as colunas sociais. As falidas empresas os ajudaram a erguer outras empresas gigantescas que com certeza dão muito dinheiro. Seus álbuns possuem fotografias pelos quatro cantos do mundo.

Seus filhos desfilam bêbados em carrões importados, matando no trânsito. E em ano eleitoral milhões e milhões são gastos no financiamento de políticos para ajudar no negócio que não vai bem. Que pobreza estranha essa dos donos de empresa de São Luís.

A chantagem baterá as portas de Holandinha como bateu na porta de Castelo ano passado. O tucano enfrentava ano eleitoral, o que tornou sua decisão de resistir muito mais complicada. E o prefeito da mudança, o que fará? Vai resistir, ou dar de ombros ao povo e cair nos braços dos pobres milionários donos de empresa?

2

Mesmo aliados reconhecem a ineficiência de Myrian Aguiar…

Depois de o vereador Honorato Fernandes (PT), quase pegar pela mão da secretária municipal de Trânsito e Trasportes, Myrian Aguiar (reveja aqui), para resolver tumultos, outros vereadores criticam veementemente a atuação – ou falta dela – da secretária na SMTT.

Agora, até quem é aliado do grupo político do prefeito Edivaldo Júnior critica a ineficiência da secretária à frente da SMTT.

Segundo publicado no jornal O Estado Maranhão, o vereador Edmilson Jansen (PTC), criticou ontem na Câmara Municipal de São Luís a gestão da secretaária e expôs a difícil relação que aliados de Holanda Júnior mantêm com Myrian Aguiar, ao falar sobre o VLT.

Ele afirma que a Myrian demonstra falta de diálogo chegando até a apatia, pois tanto o prefeito, quanto o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, já garantiram que o projeto do VLT tem sim, viabilidade.

Vou levar essas reclamações ao prefeito, pois acredito que haverá diálogo – afirmou.

Então, para quê serviria a secretária?

10

Holandinha pode promover “guerra” urbana em São Luís…

Holandinha quer fazer reordenamento jurídico em São Luís

Está na mesa do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) uma minuta de projeto de Lei, Decreto ou o equivalente, que pode gerar mais um tumulto em sua administração.

A proposta prevê nada menos que o cancelamento ou suspensão de todas as licenças, Alvarás e “Habite-se” concedidos para obras e serviços nos últimos meses da administração João Castelo (PSDB).

Licenças para obras poderão ser cassadas

Segundo apurou o blog, técnicos da prefeitura alegam ao prefeito ter detectado o que classificam de “vícios e irregularidades” na concessão destes documentos, exatamente o mesmo argumento usado para suspender o programa “Bom Peixe” – que resultou em uma CPI na Câmara de São Luís.

A suspensão de documentos pode parar grandes e pequenas construções, fechar bares, restaurantes e casas de show e impedir a realização de eventos.

Ainda segundo apurou o blog, Holandinha ainda não decidiu o que fazer com a proposta.

Mas ela descansa em cima de sua mesa…

42

“A sensação de insegurança em São Luís é artificial”

“A sensação de insegurança em São Luís é artificial”, disse o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, ontem (24) em entrevista à rádio Mirante AM.

A matéria publicada hoje (25) no jornal O Estado Maranhão vem logo abaixo de outra com o título “Agente da Polícia Civil é morto ao tentar enfrentar assaltantes”.

Ironia, ou não – por um caso não responder a todas as estatísticas – uma declaração destas causou descrédito na população, já que todos tem uma história recente de violência urbana para contar.

“Posso garantir que esse aumento registrado do número de crimes na Grande Ilha se deu apenas em virtude da elevação do percentual de crimes relacionados às drogas. Considerando isso, a sensação de insegurança é artificial, pois os homicídios envolvem desentendimentos entre grupos criminosos”, afirmou

Se de fato os crimes por tráfico de drogas não saíssem desse círculo de violência para o restante da sociedade, realmente a sensação de segurança seria artificial.

Mas não é.

Com redação de Aline Alencar

 

3

Juíza do caso Décio é transferida…

Juízes reunidos com o corregedor-geral Cleones Cunha

Os juízes removidos, com o corregedor Cleones Cunha

A juiza Ariane  Mendes, responsável pelo processo relativo ao assassinato do jornalista Décio Sá, não deverá presidir as audiências marcadas para a partir do dia 6 de maio.

Ela foi tranferida para a 13ª Vara Cível, uma das novas varas criadas pela Corregedoria-geral de Justiça.

AQ juíza deve sewr empossada na nova Vara no dia 30 de abril, seis dias antes das audiências do caso Décio.

– O planejamento é para que já no dia 2 de maio comece a distribuição de processos para as novas Varas Cíveis e a redistribuição dos processos para a Vara de Interesses Difusos e Coletivos – ressaltou o corregedor Cleones Cunha, segundo matéria produzida pela assessoria de comunicação da CGJ. (Leia aqui)

Ariane Mendes é titular da 1ª Vara do Tribunal do Juri, onde tramita o processo contra os acusados pela morte de Décio Sá.

Em janeiro, após encaminhar as intimações para as testemunhas do caso, a juíza tirou férias e foi substituída pelo juiz Márcio Brandão.

Ele ainda chegou a ouvir algumas testemunhas, mas a audiência foi suspnsa por decisão do desembargador Raimundo Nontato Sousa, depois cassada pelo também desembargador Lourival Serejo.

É provável que o mesmo juiz assuma a presidência das oitivas do caso Décio…

12

Governo e Simproessema próximo a um acordo pelo Estatuto…

Secretário Bringel discute acordo com membros do Simproessema

Representantes do governo Roseana Sarney (PMDB) e do Sindicato dos Professores estiveram reunidos até o final da noite de ontem costurando os últimos detalhes do Estatuto do Professor, a ser mandado para votação na Assembleia Legislativa.

– O Estatuto é definido em duas partes: a que chamamos escrita, onde estão os conceitos, e a dos gráficos e tabelas de progressão e promoção. A parte escrita está pronta, já na revisão. A das tabelas está sendo discutida e será definida ainda hoje – disse o líder do governo na Assembleia, deputado César Pires (DEM), ontem, por volta das 19h.

César Pires: compromisso com pedido de urgência

A previsão dele era a de que até as 23 os representantes das secretarias de Planejamento, de Administração, de Educação e do Simproessema fechassem os últimos detalhes das tabelas.

– É um esforço grande para garantir um estatuto discutido bilateralmente, entre o governo e a categoria – declarou Pires.

Caso a minuta do Estatuto seja aprovada por ambas as partes, será encaminhada até amanhã para a Casa Civil, que se encarregará de encaminhar o projeto de lei à Assembleia Legislativa até a semana que vem.

– Eu mesmo já me comprometi a pedir urgência na tramitação – disse César Pires.

Por este cronograma, o estatuto estará votado semana que vem…

26

Agiotagem e miséria no Maranhão

O organograma da agiotagem no Maranhão

É repugnante ver o estrago que era – ou é? –  feito pela agiotagem em vários municípios maranhenses.

A TV Mirante, em sua brilhante cobertura referente ao 1º ano da morte do jornalista Décio Sá, tem revelado que a quadrilha de agiotas que o eliminou tem ramificações em todos os setores do Estado.

Exatamente como o blog mostrou ainda no ano passado. (Relembre aqui e aqui).

Os prefeitos envolvidos contraíam empréstimos com a quadrilha de agiotas, que pegava dinheiro público como pagamento.

A agiotagem foi, ou é, também causa da miséria que assola o Maranhão.

mas, para cometer um crime atrás do outro, esta máfia tinha a proteção de advogados, policiais, deputados e até juízes.

O blog mostrou este organograma ainda no ano passado, em post que foi elogiado pelo deputado Domingos Dutra (PT) na tribuna da Câmara Federal (Releia aqui).

A quadrilha de agiotas encomendou a morte de um jornalista que ousou atrapalhar seus planos.

Uma parte dela está presa, mas muitos membros ainda circulam por aí…

Leia também:

“A quem recorrer???”

30

Por que Ronaldo Ribeiro ligaria para Pedro Meireles???

Pedro Meireles e Ronaldo Ribeiro (de paletó), no velório de Décio Sá

Um dos trechos das gravações telefônicas que agora estão vindo à tona no caso Décio Sá, comprova o que este blog já dizia desde o início das investigações: o então advogado de Gláucio Alencar, Ronaldo Ribeiro, ligou para o delegado de Polícia Federal, Pedro Meireles, no dia da prisão do agiota.

O diálogo travado foi este:

Ronaldo: Ei bicho.

Pedro: Oi.

Ronaldo: Acabaram de prender o Gláucio, ó.

Pedro: Quê?

Ronaldo: Acabaram de prender o Gláucio.

Pedro: Por que, cara?

Ronaldo: Rapaz. Eu to vendo aqui na televisão que foi por causa do Décio Sá, ó…

Pedro: Sério, bicho?

Ronaldo: Eu tô indo pra lá agora, qualquer coisa eu te mantenho informado tá?

Pedro: Beleza. Me liga aí qualquer coisa, cara.

Mas por que Ronaldo Ribeiro ligaria para um delegado da PF para informar que um agiota havia sido preso como mandante de assassinato?

De acordo com o relatório da polícia maranhense entregue à Justiça, suspeitava-se que Pedro Meireles fazia parte da quadrilha de agiotagem comandada por Gláucio Alencar. (Releia aqui)

Para apurar esta suspeita, a Polícia Federal abriu inquérito ainda no ano passado.

Mas nunca divulgou o resultado da investigação…

13

Greve ou aumento de passagem

Representantes dos Sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte tiveram primeira reunião ontem, mas não houve acordo

Representantes dos Sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte se reuniram ontem, sem acordo (Foto: De Jesus/O Estado do Maranhão)

Do blog de Daniel Matos

Usuários de ônibus de São Luís estão entre a cruz e a espada. Após nova alegação de falência do sistema, apresentada pelos empresários, e diante de mais um impasse na negociação entre patrões e empregados, os cidadãos que usam coletivos para se locomover na Ilha fatalmente sofrerão as consequências de mais uma greve do transporte ou arcarão com um reajuste de passagem.

Aberta ontem, a mesa de negociação entre os Sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte de Passageiros não registrou qualquer avanço. Enquanto motoristas, cobradores e fiscais reivindicam reposição salarial de 15% e reajuste de 25% no valor do tíquete-alimentação, os donos de empresas gareantem não ter condições financeira de atendê-los.

É quase certo que não haja acordo, como em anos anteriores. Intransigentes, as duas partes estão dispostas a ir até o fim. No caso dos trabalhadores, a luta é para ter direitos reconhecidos. Quanto aos empresários, estes nem cogitam em ter o seu lucro ainda mais comprometido, como vêm alegando, ano após ano.

Em meio à polêmica, ainda não se viu nenhuma manifestação do poder público município. A tendência é que a prefeitura espere até o último momento. A propósito, a lógica é que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) escale como porta-voz do seu governo na questão a secretária de Trânsito e Transportes, Myrian Aguiar, que tem larga experiência nesse tipo de negociação, mas também mantêm forte ligação com os empresários, inclusive elos familiares.

Sem entendimento entre as partes, há dois caminhos: o reajuste da tarifa, o que poderia resolver o problema, pelo menos por enquanto, ou uma greve, e todos os seus transtornos, já bastante conhecidos pela população da capital.

Mesmo com a intervenção sempre providencial da Justiça.