Author: Marco Aurélio D'Eça

– Em circunstância nenhuma vi qualquer um deles falar em projeto para o município, o estado. Essa política anti-sarney é simplesmente abusar de nossa inteligência e da boa fé do povo.

Declaração da professora Miosótis Lúcio, ex-candidata do PPS a vice-governadora na chapa do comunista Flávio Dino, nas eleições de 2010, dada ao blogueiro Caio Hostílio, em 3 de março de 2013.

– Entendo que ele [Flávio Dino] precisa se aproximar mais da classe política. Vejo que o discurso não é o mais importante, é necessário mais que isso, um programa de governo consistente, competitivo, que conquiste a sociedade e seja discutido com ela.

Declaração do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), criador da carreira política do comunista Flávio Dino, em entrevista ao jornalista Chico Viana, em 2 de abril de 2013.

Brandão: acordo tem que passar pela garantia de reeleição

O presidente regional  do PSDB maranhense, deptuado federal Carlos Brandão, revelou hoje, ao blog do jornalsita Clodoaldo Corrêa, a prioridade do partido nas eleições estaduais de 2014.

E é exatamente aquela já revelada por este blog, no texto “PSDB começa a discutir o seu futuro no Maranhão…”

Na análise, após declaração pública do prefeito Sebastião Madeira, de que preferia apoiar o candidato do PMDB nas eleições de 2014, este blog foi na veia:

– Os quatro deputados do partido – federais Carlos Brandão e Pinto Itamaraty; e estaduais Gardeninha Castelo e Neto Evangelista – querem, em primeiro lugar, garantir a própria reeleição.  E acham que isso tem que ser posto na mesa de negociação com os candidatos.

Hoje, na entrevista a Clodoaldo Corrêa, Brandão disse praticamente a mesma coisa:

– O principal objetivo é não sairmos da eleição um partido menor. Às vezes um membro quer resolver seu interesse expondo o partido a ficar menor. Não podemos agradar o interesse de um colega deixando o partido menor.

A posição de Brandão é a mesma dos deputados Pinto Itamaraty, Gardênia Castelo e Neto Evangelista.

E a tradução é uma só: eles temem entrar numa aliança que inviabilize as eleições de pelo menos um deles – o que tornaria o “partido menor”. Por isso, vão trabalhar para garantir uma coligação em que todos eles tenham chance de se reeleger.

E quem der esta garantia de forma mais consistente, certamente terá o apoio do partido.

É simples assim…

Ex-governador admite em entrevista ao jornalista Chico Viana aquilo que a professora Miosótis Lúcio já havia afirmado: Falta ao chefão do comunismo “um projeto de governo consistente, competitivo”. Sincero, José Reinaldo revela outras falhas do aliado, como a dificuldade de se aproximar da classe política

O homem por trás de Flávio Dino reconehce: falta projeto às suas pretensões

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) confirmou ontem, em entrevista ao jornalista Chico Viana (TV Guará), um fato que já vem sendo mostrado neste blog há pelo menos cinco anos.

– O Flávio encarna o sentimento de renovação e mudança. Não obstante, entendo que ele precisa se aproximar mais da classe política, vejo que o discurso não é o mais importante, é necessário mais que isso, um programa de governo consistente, competitivo, que conquiste a sociedade e seja discutido o texto com ela – afirmou José Reinaldo.

O ex-governador só não quis dizer os motivos que dificultam esta aproximação do chefão do comunismo com a classe política: autoritarismo, arrogância, antipatia e empáfia.

Leia também:

A oposição… de Jackson a Flávio Dino

Mas José Reinaldo é preciso também ao reconhecer o que chama de “falhas que precisam ser corrigidas”.

Ele reconhce, por exemplo, a dificuldade de apoio do PSB e do PPS à candidatura de Dino, fato condicionado à eleição presidencial. E apontou mais um erro da arrogância comunista: a hostilização ao ex-prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB).

– O Castelo tem que ser tratado com carinho, ele tem toda uma história ao lado da oposição, em 2006 teve um papel importantíssimo. Da mesma forma também a deputada Eliziane Gama, o ex-prefeito Tadeu Palácio e outros atores importantes – ensinou o ex-governador.

O problema é que, como professor de Deus, o chefão do comunista acha que já sabe tudo.

Aprender com José Reinaldo, porquê, então???