Flávio Dino, com Castelo, em debate de 2008
Tenho lido e ouvido tantas besteiras (e muitas safadezas) a respeito da eleição em São Luís que, sinceramente, não pensava em fazer um texto sobre. Mas, como sempre digo, alguém precisa pôr os pingos nos ii. Vamos lá, que seja eu. Afinal, nunca me neguei a uma boa luta.
A primeira. A turma de Flávio Dino (PCdoB), petistas que o seguem no meio, resolveu espalhar nas redes sociais que o candidato a vereador do PRTB que tentou impugnar a candidatura de Tadeu Palácio (PP) é castelista. Meus leitores, que são todos inteligentes, podem rir à vontade. A coisa é para rir mesmo.
Por favor, todo o mundo sabe que o PRTB é ligado ao PCdoB e a Flávio Dino. E tem mais: o candidato a prefeito de São Luís do PRTB declarou em entrevista que o candidato em questão apoia Edivaldo Holanda Júnior (PTC), candidato de Flávio Dino. Por aí já se tira a tática vagabunda da esquerda.
A segunda. Flávio Dino não esconde de amigos e aliados que considera Tadeu Palácio candidato apoiado pela família Sarney. Precisa explicar, então, por que chamou Tadeu Palácio para ser um dos quatro pré-candidatos de seu grupo a prefeito de São Luís.
A terceira. Que Castelo não é antissarney. Motivo: em 2010 Castelo cruzou os braços e deixou os vereadores de São Luís apoiarem a candidatura de Roseana Sarney. É mesmo! Bom, em 2006, quando havia a Frente de Libertação, de que lado estavam Edivaldo Holanda pai e Edivaldo Holanda Filho? Simples, do lado de Roseana. E Tadeu? Apoiou Jackson Lago levando-o ao segundo turno. Impossível que Flávio Dino e acólitos não saibam disso. Ou será que preciso dizer o que Edivaldo Holanda pai pediu ao então governador José Reinaldo Tavares para participar da Frente?
Flávio com José Reinaldo, que hoje está com Castelo
A quarta. Se Castelo cruzou os braços, sem apoiar as candidaturas de oposição, Flávio Dino e sua turma precisam explicar por que continuaram a apoiar o Governo Lula e o PT depois que Lula fez campanha para Roseana Sarney. Mais: tomou o PT de Flávio Dino para entregar a Roseana Sarney. Pior: Flávio Dino aceitou ser presidente da Embratur no Governo Dilma, Dilma que apoiou e foi apoiada por Roseana Sarney. Contra quem? Isso mesmo, Flávio Dino.
A quinta. Como Flávio Dino foi até o governador e presidente do PSB, Eduardo Campos, e trabalhou para Roberto Rocha, então no PSDB, ir para o PSB? Flávio Dino estava com surto de amnésia, esquecido do que Roberto Rocha fez em 2010 para evitar a eleição ao Senado de José Reinaldo Tavares? Fui o único a dizer as razões, que depois se comprovaram. Basta que Flávio Dino e sua turma – os desmemoriados de hoje – busquem nos arquivos do blog. Se é que não sabem – pasmem! – que Roberto Rocha de repente voltou a ser sócio da televisão de que nem podia passar na porta.
Poderia continuar a enumerar coisas cabeludas da gente a qual Flávio Dino e sua turma estão hoje ligados. Mas ainda é cedo. Devagar vou alertando os leitores incautos.
Só uma coisa: não aceito pilantragem. Sobretudo de quem tenta usar o antissarneísmo como atestado de bons antecedentes. O antissarneísmo, sincero ou não, não limpa a ficha de ninguém.
