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Agiotagem: só cortina de fumaça…

Editorial

A prisão de empresários e prefeitos ligados à agiotagem, hoje, no Maranhão, foi mais uma etapa das operações da polícia que, parecem programadas para atingir apenas adversários do governo Flávio Dino (PCdoB).

E é por isso que, tanto esta quanto a primeira – que levou para a cadeia o empresário Eduardo Barros, o Imperador – são vistas pelo blog como meras cortinas de fumaça para encobrir problemas na gestão da “mudança”.

E por tal desconfiança ignoradas no noticiário desta página.

A operação de hoje pode ter o condão de abafar problemas bem maiores, mais graves do ponto de vista social, e que ao governo interessa serem jogados para debaixo do tapete.

São ações típicas de “gabinetes de crise” de “guerra de guerrilha”, em que uma ação positiva – em um estado aparelhado ideologicamente – tem o objetivo de encobrir casos negativos.

Casos como a execução do presidente da Câmara de Santa Luzia, filiado ao próprio PCdoB do governador, sinal de que a pistolagem volta a agir com força no “governo da mudança”.

Casos como a morte do estudante Rondinely Ferreira, vítima de um assalto a ônibus, que também parecem ter retornado com força no “governo da mudança”.

Casos como a fuga de menores infratores de um centro de reabilitação no Turu, sinais de que o “governo da mudança” não consegue operar o sistema.

E casos como as mortes em série no Hospital de Coroatá, negadas pelo “governo da mudança” e agora confirmadas em relatório funcional do próprio hospital.

Repetição

E a ação de hoje parece seguir uma orientação orientação política, da mesma forma que parece ter ocorrido na ação do final de março.

Naquela época, o governo sofria desgaste pela fraude descoberta em um projeto de lei, no qual Dino tentou alterar a situação dos oficiais da polícia Militar enxertando em uma Medida Provisória artigo sobre outro assunto.

Flávio Dino também sofria desgaste pelo reajuste da passagem de ônibus em São Luís, que atingia seu principal afilhado político, o prefeito Edivaldo Júnior (PTC).

Na época, a prisão dos agiotas tiraram de foco os temas polêmicos, exatamente como ocorre agora.

Este blog sempre defendeu a investigação séria e rigorosa contra a agiotagem no Maranhão – contra todos os agiotas, não apenas aqueles apontados a dedo.

Mas não aceita que o tema seja usado de forma política para atender a interesses do “governo da mudança”…

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De volta à questão da agiotagem no Maranhão…

Ao todo, 41 prefeituras no Maranhão estão envolvidas com agiotagem, segundo informou a polícia do Estado nesta manhã.

Novamente, o caso será posto em discussão e a expectativa é de que novas evidências sejam encontradas.

Além dos prefeitos, empresários e ex-prefeitos entrarão na lista das investigações. A quadrilha acusada de executar Decio Sá, há dois anos, também será investigada.

É aguardar, conferir e torcer por resultados eficazes…

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Polícia vai reabrir inquérito da agiotagem no MA…

Engavetada desde a gestão anterior, investigação envolve prefeitos, deputados, empresários e até agentes da própria segurança pública

 

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Portela: determinação é para reabrir o caso

O secretário de Segurança Pública Jefferson Portela confirmou ontem ao titular do blog que o caso envolvendo agiotagem no Maranhão será reaberto pela polícia.

– Já houve uma determinação minha. O inquérito será reaberto – informou Portela, após visita ontem à Assembleia Legislativa.

O inquérito da agiotagem foi aberto em 2012, como consequência das investigações pela morte do jornalista Décio Sá. Mas o inquérito nunca chegou a ser concluído, e está parado desde então.

As investigações apontam prefeitos, ex-prefeitos, deputados, empresários e até policiais envolvidos no esquema de agiotagem que lesa prefeituras em todo o Maranhão.

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Jefferson Portela ponderou também em relação ao caso Décio Sá.

Segundo ele, é impossível reabri-lo pelo fato de que já está na fase de processo e não mais em inquérito.

– Neste caso, só se houver nova denúncia ou o Ministério Público sentir a necessidade de pedir novas investigações – explicou Portela.

Em todo o caso, a questão da agiotagem pode ter desdobramentos na morte do jornalista…

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Merenda escolar, agiotagem, política e Décio Sá…

A polêmica envolvendo a Prefeitura de Bom Jardim, denunciada no programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, denunciada por falta de merenda escolar, tem, obrigatoriamente, que passar pelo caso Décio Sá – jornalista assassinado em abril de 2012 – e pelo esquema http://2.bp.blogspot.com/-ANlWxKqfMas/TlbrfFJDrMI/AAAAAAAABc0/wDafMEjYm0Y/s400/Merenda-escolar-de-qualidade.jpgde agiotagem que domina, ainda hoje, as prefeituras maranhenses.

Décio foi morto, segundo a polícia e o Ministério Público, por um grupo de agiotas especializado em  extorquir políticos.

Mas esta mesma polícia sentou em cima das investigações sobre a agiotagem no Maranhão.

Este esquema envolve centenas de prefeitos, alguns deputados, vereadores da capital e do interior, e até policiais – estaduais e federais – em uma quadrilha que movimentou milhões de reais nos últimos anos.

Estão presos Gláucio Alencar, José Miranda e Júnior Bolinha, braços desta agiotagem.

Mas seus agentes – na Justiça, na Polícia e na Advocacia – continuam soltos, atuando tranquilamente, inclusive  cobrando aos que ainda são considerados devedores dos próprio Gláucio.

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O tripé da agiotagem…

Há muito mais agiotas no Maranhão, encastelados em todos os setores da sociedade, financiando políticos e campanhas eleitorais, dinheiroocupando espaços públicos de poder, indicando aliados a cargos públicos.

A polícia maranhense chegou a abrir o inquérito da agiotagem, abafado por causa da campanha eleitoral. Campanha que elegeu o ex-secretário de Segurança Aluísio Mendes, o mesmo que prometeu desbaratar as quadrilhas de agiotas.

Mendes será deputado federal, outros se elegeram para outros mandatos, muitos vão ocupar espaços de poder nos próximos anos e os prefeitos continuarão a usar dinheiro público em agiotagem.

E as crianças continuarão sem merenda escolar; com ou sem mudança no Maranhão.

É simples assim…

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Assessor de Holandinha aparece em investigação da Polícia Federal contra o delegado Pedro Meireles…

Auxiliar do prefeito que atua na área de licitação em São Luís é citado em crime eleitoral pelo qual Meireles já foi condenado; e apareceu em triangulação financeira de apartamento com delegado, que envolve, também, advogado Ronaldo Ribeiro

 

exclusivoA investigação que a Superintendência da Polícia Federal leva a cabo contra delegado Pedro Meireles, há quase dois anos – por suspeita de envolvimento com os mesmos agiotas acusados pela morte do jornalista Décio Sá – acabou interceptando também um assessor do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

O nome do assessor é preservado por que ainda não comprovação de que ele possa ter ligações com os mesmos agiotas investigados juntamente com o delgado. Mas serve para mostrar que a rede de agiotagem alcançou também a capital maranhense.

O relatório final da investigação contra Pedro Meireles já deveria ter sido concluído, mas a Superintendência da Polícia Federal mantém-se fechada em copas sobre o assunto.

De acordo com a investigação, o auxiliar de Holandinha agiu ao lado de Meireles em pelo menos duas ocasiões.

Na primeira, na campanha eleitoral.

O assessor aparece citado pela PF no caso em que Meireles foi acionado no bojo de uma investigação eleitoral ainda referente à eleição de 2008, determinada pelo então juiz da propaganda eleitoral Jesus Guanaré.

Por este caso, o delegado já tem até condenação na Justiça, por obstrução à Justiça, notícia que chegou a ser divulgada por este blog. (Releia aqui)

Em outra ocasião, os responsáveis pela investigação contra o delegado federal descobriram a negociação de um apartamento entre o assessor de Holandinha e Pedro Meireles, que acabou envolvendo também o advogado Ronaldo Ribeiro.

Ribeiro foi indiciado pela polícia maranhense como envolvido na morte do jornalista Décio Sá, mas teve o caso desmembrado pela Justiça e ainda aguarda o desenrolar das acusações.

Ele seria o o elo entre Pedro Meireles e o agiota Gláucio Alencar, acusado de ser o mandante da morte do jornalista.

A polícia maranhense já havia descoberto indícios de que agiotas agiram durante a gestão do ex-prefeito João Castelo (PSDB) em São Luís (Releia aqui, aqui e também aqui).

A descoberta de que um assessor do atual prefeito também teve envolvimento com algumas das figuras investigadas, traz o caso também para a gestão de Holandinha.

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Agiotas cobram R$ 5 milhões de Gláucio Alencar em plena cadeia…

Cobradores mandados por um membro do Judiciário foram à cela do agiota acusado pela morte do jornalista Décio Sá para forçá-lo a pagar dívida milionária. E tudo dentro do presídio onde ele se encontra

 

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Alencar deve muito e os cobradores começam a aparecer

https://marcoaureliodeca.com.br/wp-content/uploads/2013/06/exclusivo.jpgEmissários de um membro do Judiciário maranhense com atuação na região dos Caixas estiveram há duas semanas em visita ao agiota Gláucio Alencar, no presídio militar de São Luís.

Motivo: cobrar uma dívida de R$ 5 milhões que ele teria com um membro do Judiciário maranhense.

Alencar está preso desde junho de 2012, sob acusação e ser o mandante da morte do jornalista Décio Sá. A relação com o membro do Judiciário é antiga.

Os cobradores foram até a cela do preso e fizeram ameaças para rceber o dinheiro devido. Segundo apurou o blog, o agiota teria dito que, preso, não tem como levantar o dinheiro devido.

No início das investigações do caso Décio, surgiram informações de que Gláucio Alencar levantava dinheiro com pessoas acima dele para emprestar a prefeitos e políticos maranhenses. E ganhava na cotação dos juros.

Um destes financiadores seria este membro do judiciário.

Que agora cobra nada menos que R$ 5 milhões do agiota…

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Nada muda com mudança em Alto Alegre do Pindaré…

Edésio: cercado de gente de olho na eleição

Quem apostou em uma mudança com a cassação do prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Atemir Botelho, enganou-se redondamente.

O prefeito eleito em 2012 está afastado, mas as práticas que seus adversários usaram como argumento para derrotá-lo na Justiça parecem ter se multiplicado.

O vice-prefeito Francisco Gomes, o Edésio, parece até se esforçar para manter o clima de caos.

Os salários estão atrasados e os serviços básicos, como limpeza pública, calçamento e iluminação não são realizados há meses.

Mas o que não falta é político ao lado de Edésio.

Além do ex-prefeito Fufuca Dantas, de quem o vice se aproximou a pós a posse, Edésio é cercado por outros políticos, como o ex-deputado Penaldon Jorge e o deputado Edilázio Júnior (PV).

Nenhum deles aponta diretrizes para Edésio melhorar a cidade, mas todos oferecem as mais estapafúrdias promessas de sua manutenção no cargo – pela via judicial – em troca de apoio eleitoral no próximo pleito.

E assim é que o vice que assumiu a prefeitura via se mantendo no poder em Alto Alegre do Pindaré.,

E o povo do município que se dane…

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Um cheque, um deputado, uma empreiteira, a Câmara e o Bradesco…

http://i1.wp.com/www.portaldomunim.com.br/wp-content/uploads/AGIOTAGEM.jpgComo os vereadores de São Luís explicariam um cheque – no valor de R$ 1 milhão – em poder de uma empreiteira que não tem contrato algum com a Câmara Municipal?

E por que este cheque estava em poder de um deputado estadual, que o repassou a empresa por não ter recebido o valor nominal do próprio Pereirinha?

E em que circunstâncias este deputado estadual teria dinheiro a receber da Câmara?

Estas perguntas, que certamente serão feitas pela polícia maranhense à ex-gerente do Bradesco Raimunda Célia de Abreu, poderão esclarecer como funcionava o esquema de agiotagem e empréstimos irregularidades envolvendo a Câmara e o banco onde ela trabalhava.

O cheque em questão é o fio da meada para se chegar ao escândalo.

Mas se quiser esclarecer mesmo toda a história – e não apenas encontrar um bode expiatório para o caso – a polícia maranhense precisa ouvir não só a ex-gerente, mas também o deputado, a empreiteira e o presidente da Câmara Municipal.

E certamente descobrirá o grau de irresponsabilidade que os gestores públicos – e aqueles que deveriam fiscalizá-los – têm com o dinheiro do contribuinte.

Dinheiro usado abertamente em mesas de agiotagem em casas legislativas, prefeituras e até tribunais.

É esperar pra ver…

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Esquema de agiotagem da Câmara/Bradesco alcança também a AL…

http://robertlobato.com.br/wp-content/uploads/2012/07/agiotagem.jpgNão ficou restrito à Câmara Municipal o esquema de agiotagem e empréstimos irregulares envolvendo vereadores e a gerente do Bradesco Raimunda Célia de Abreu.

O esquema envolve pelo menos dois deputados estaduais.

Foi a partir de um deles, inclusive, que o esquema veio à tona, e a polícia passou a investigá-lo.

http://www.mestrejuridico.com.br/arquivos/imp122-6101119.jpgRaimunda Célia usava dinheiro público da Câmara depositado no Bradesco para fazer empréstimos orientados a vereadores e servidores públicos – de todos os níveis, estaduais, federais e municipais; dos três poderes.

Mas algo deu errado em um destes empréstimos e ela não teve como cobri-lo.

O dinheiro partia de um destes deputados, numa triangulação envolvendo até outros poderes.

E tudo veio abaixo.

Um dos cheques do esquema acabou vazando e chegando às mãos de quem nada tinha a ver com a história.

E deu no que deu.

O resultado é que a gerente Raimunda Célia já tem prisão decretada, vereadores estão apavorados com a possibilidade de ir pra cadeia e os deputados começam a se preocupar.

E este é apenas o começo da história…