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Naquele tempo, eram sushis e prossecos…

O blog republica abaixo, matéria de Veja do dia 31 de março de 2004. Era o governo José Reinaldo Tavares (hoje no PSB), controlado com mão de ferro por sua ex-mulher, Alexandra Tavares. É apenas uma mostra de que é praxe nos governos a compra de iguarias para atender a despensa dos palácios. Se hoje falam-se de lagostas, naquele tempo eram sushis e sashimis – e os indefectíveis prossecos armazenados na banheira da suíte governamental, usada como boite aos domingos. Época em que os aliados dos Tavares – entre eles o chefão comunsita Flávio Dino, eu candidato a deputado – se regozijavam nos salões. Os mesmos que hoje criticam as compras do Palácio dos Leões. Quanta hiporcrisia

 

Edição 1847 . 31 de março de 2004

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A imperatriz do Maranhão
Ex-aeromoça, neófita na política e festeira de
arromba, a primeira-dama Alexandra Tavares
tem tirado o sono do clã Sarney

Daniela Pinheiro, de São Luís

Oscar Cabral
Alexandra � paisana e de mulher-gato com o governador: “Estamos fazendo a nossa pol�tica”

Quem dá as cartas no governo do Maranhão é a primeira-dama Alexandra Tavares, 31 anos, ex-aeromoça da TransBrasil, mulher do governador José Reinaldo Tavares, 34 anos mais velho. É ela quem despacha com secretários, recebe vereadores e prefeitos, escuta lideranças comunitárias e, recentemente, passou até mesmo a controlar o caixa do Estado. Enquanto a agenda de compromissos do governador se encerra às 7 da noite, a de Alexandra costuma varar a madrugada. Nomeada secretária de Solidariedade Humana, mas com o aval do marido para mandar e desmandar no resto do governo, ela ficou conhecida como “A Grande” em referência a “Alexandre, o Grande”, o jovem déspota macedônio, o maior líder militar da Antiguidade. Fã incondicional de música tecno, aquela tocada em raves, Alexandra também é notória organizadora de animadas festas no suntuoso Palácio dos Leões, a residência oficial do governador, nas quais costuma dançar até as 5 da manhã. “Eu amo me divertir, a-mo. Como não saio para boates, faço as coisas aqui mesmo. Aqui é a minha casa. Tenho esse direito”, afirma. Tanta personalidade acabou por reverberar numa seara até então imaculada da vida maranhense: o poder e a tradição da família Sarney, que há quatro décadas domina a política local e, como era de esperar, torce o nariz para tanta independência.

A relação dos Sarney com o casal é antiga. José Reinaldo escreveu sua biografia política pelas mãos de José Sarney. Ocupou grandes cargos da burocracia pública sempre apadrinhado pelo ex-presidente. Até 2002, era o vice da então governadora Roseana Sarney. De temperamento calmo, discreto e conciliador, José Reinaldo era considerado o vice perfeito: não se metia se não fosse chamado, era fidelíssimo à família e jamais deu um passo sem consultar o padrinho. Por essas razões, foi cogitado como o nome ideal para substituir Roseana. Para os Sarney, José Reinaldo no governo significava a continuidade de poder. Era para ser assim. Mas, nos últimos meses, a ligação tão estreita se abalou por atitudes de Alexandra que irritaram os Sarney. Ela resolveu demitir funcionários nomeados por Roseana, suspender pagamentos de contratos com empreiteiras para redefinir prioridades e anunciou mudanças significativas no quadro de secretários. O estopim da crise ocorreu há três semanas, depois de ela ter declarado não apoiar o cunhado de Roseana, Ricardo Murad, à prefeitura de São Luís, contrariando um acordo partidário fechado com as lideranças locais e com o próprio governador. “Não apóio. Ele não merece a prefeitura. E não vou me calar. Ninguém enfia nada na minha goela. Não admito que me mandem fazer isso, pensar aquilo”, afirmou. Foi o caos. José Sarney pediu ao marido para acalmá-la. Ele não conseguiu. “Chega de falarem que Zé Reinaldo é banana, que é pau-mandado. As brigas que eu compro são para ele se impor. Ele é o governador. Foi legitimamente eleito”, disse ela a VEJA na quarta-feira passada. “Não estamos roubando, não estamos matando. Estamos fazendo a nossa política. Estamos nos impondo, não tenho medo de cara feia.”

Apesar de nunca ter havido uma desavença pública, a tensão entre os Sarney e Alexandra é evidente. Eles a consideram “sob controle”, mas ousada demais para alguém que só “existe” até as próximas eleições, em 2006. O candidato ao governo é Zequinha Sarney, irmão de Roseana. Apesar de não admitir um futuro político, Alexandra sabe que poderia tentar uma candidatura própria � já que até a oposição, depois das críticas à turma sarneyzista, parece ter ficado a seu lado. De fato, a desenvoltura de Alexandra na vida pública é um espanto para quem há onze anos mal sabia citar o nome de um ministro. Nascida em Brasília, numa família de classe média baixa, ela jamais teve contato com o mundo político. Aos 19 anos, era comissária de bordo. Foi durante um vôo que ela conheceu o então deputado José Reinaldo. Mantiveram um romance secreto (ele era casado) por quase um ano. Casaram-se, ela entrou na faculdade de direito e tiveram três filhas. Em 2000, o casal se separou por um ano depois de uma onda de boatos pessoais publicados em toda a imprensa local. “Foi ali que eu amadureci. Inventaram o que quiseram de mim. Hoje vejo que era para liquidar Zé Reinaldo, que tem uma reputação ilibada. Por isso, não admito mais nenhum controle sobre a nossa vida”, diz. O casal se reconciliou e Alexandra abraçou firme a campanha do marido. Ela chegou a reunir 15.000 mulheres em uma praça de São Luís. “Ali, passei a fazer política, mas a minha política. Não essa que está aí: dissimulada e corrupta”, diz.

Alta, magra, bonita, 215 mililitros de silicone em cada seio, barriga lipada, Alexandra não abandonou o gosto das mulheres de sua idade: o pendor para festas. Só para comemorar seu aniversário e o do governador, há duas semanas, promoveu três eventos: um almoço em família, uma festinha para vinte amigos íntimos em um dos quartos de hóspedes do palácio (a banheira da suíte fez as vezes de balde de gelo e foi preenchida com garrafas de prosecco para que os convidados se servissem à vontade) e uma festa para 600 pessoas. Em outubro, parou a cidade com seu baile de Halloween, no qual se vestiu de mulher-gato e colocou uma gravata estampada com caveiras no governador. Os desafetos afirmam que a festança é sempre paga com dinheiro público. Pelo Diário Oficial do Estado, entre outubro e janeiro deste ano o governo gastou 196.000 reais somente com bufês de comida japonesa. “Só nas comemorações oficiais, como o aniversário do governador, o réveillon e o Natal, por exemplo, usamos a dotação orçamentária”, diz. Para as demais, como o batizado de bonecas das filhas, o Dia das Bruxas ou o aniversário da melhor amiga, ela mostra as notas fiscais. “Tenho tudo numa pasta. Quero ver o engraçadinho que vem dizer que gasto dinheiro público com isso”, diz. Mas avião oficial usa, sim. Recentemente, o casal foi para o Rio de Janeiro assistir ao show do DJ inglês Fatboy Slim no jatinho do governo. “Zé Reinaldo tinha uma reunião no Rio na sexta-feira. Por isso fomos com o jato”, diz. O show foi no domingo.

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Imagem do dia: dia mundial da troca…

troca-troca

Consumidores foram às lojas, hoje, para exercer o direito no Dia Internacional da Troca, após festa dos presentes do Natal. Apesar de não serem obrigadas, as lojas acabam trocando os produtos mesmo se for apenas por questões de gosto. Cada um apresenta os argumentos para a troca. A imagem é de Biné Morais (O EstadoMaranhão)

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César Pires desconfia de Cartel do cimento no MA…

Entre agosto e dezembro, preço do produto subiu apenas R$ 0,40 na fábrica, mas foi de R$ 24,00 para até R$ 38,00 no mesmo período. Deputado desconfia que atravessadores estejam comprando a produção e escondendo, forçando uma alta artificial

 

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Pires: desconfiado com alta do cimento (Foto: Felipe Klamt)

(Foto: Felipe Klamt)

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado César Pires (DEM) pretende levar à Casa a discussão sobre um possível cartel do cimento no Maranhão.

O preço do produto subiu quase 100% nos postos de venda, quando nas fábricas o aumento não passou de R$ 0,40 entre agosto e dezembro.

– Desde agosto, tenho sido procurado por consumidores que reclamaram do preço do cimento e da escassez do produto, mesmo com uma fábrica no Maranhão. Investiguei e descobri que os preços ao consumidor final não têm razão de ser – afirmou o parlamentar, que pretende levar o caso também ao Ministério Público.

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Algumas das marcas à venda: alta de quase 100% 

César Pires conta que foi até Codó, na fábrica de cimento Nassau, o mais consumido no estado. Lá, foi informado que, entre dezembro e agosto, o preço do produto subiu de R$ 21,79 para R$ 22,20.

– Como pode? O cimento subiu na fábrica apenas 41 centavos em quatro meses; mas no comércio, subiu de R$ 24,00, em agosto, para até R$ 38,00. É quase o dobro do preço – ponderou o deputado.

O líder governista desconfia que esteja havendo um cartel, com atravessadores comprando a produção nas fábricas e escondendo o produto para forçar uma lata artificial dos preços.

O deputado pretende articular uma investigação da Comissão de defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa.

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Em nota, Unimed reconhece problemas com segurados e diz que “busca readequação de sua rede”…

unimedA Cooperativa de Trabalhos Médicos de São Luís (Unimed), reconheceu hoje os problemas gerados em sua rede credenciada e afirmou que não se esquivará da solução.

– A Unimed São Luís sabe dos problemas gerados na sua rede de beneficiários e em nenhum momento se esquivou ou se esquivará das responsabilidades inerentes, mas afirma que nunca deixou de buscar a solução para os problemas existentes – disse a Unimed, em nota divulgada agora à tarde.

A promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, instaurou inquérito para apurar irregularidades no atendimento do plano de saúde, e classificou a situação de “gravíssima”.

A cooperativa anuncia a inauguração de um hospital próprio, nos próximos dias, além de readequar toda a sua rede de credenciados.

Abaixo, a íntegra da nota da Unimed:

A Cooperativa de Trabalho Médico de São Luís – UNIMED São Luis, vem informar que tem ciência dos fatos noticiados pela imprensa local, que sabe dos problemas gerados na sua rede de beneficiários e que em nenhum momento se esquivou ou se esquivará das responsabilidades inerentes, mas afirma que nunca deixou de buscar a solução para os problemas existentes.

            A operadora de saúde busca a readequação de sua rede de cooperados, o que vem sendo feito já há algum tempo, pois o número de beneficiários e o número de médicos da rede já reduziu consideravelmente, o que implica na segmentação dos atendimentos dos beneficiários, que invariavelmente podem ficar sem o retorno imediato de suas pretensões como a marcação de consultas e realização de exames.

            Contudo, a Unimed São Luís tem procurado resolver de imediato os problemas que surgem na seara administrativa visando atender a sua rede de beneficiários, assim como, atendendo as ordens judiciais porventura existentes.

            De cunho prático, deve ser frisado que a Unimed São Luís arrendou um Hospital no centro da cidade, tendo reformado toda a estrutura hoteleira, adquirindo maquinário e equipamento hospitalar novo, sempre visando o atendimento emergencial e internações, com o fim de trazer o melhor aos beneficiários do plano de saúde. Cumpre ressaltar que referido hospital, denominado Hospital Ludovicense, está atendendo por segmento, cuja data para inauguração integral depende da adequação de alguns setores às regras e normas do segmento hospitalar.

            Com o investimento feito junto ao Hospital aliado à redução da receita decorrente da perda de beneficiários, a situação financeira do plano de saúde está fragilizada, mas, em nenhum momento, a mesma deixou de buscar a regularização da situação com a adequação dos pagamentos à atual realidade financeira da Unimed São Luís.  

            No tocante ao inquérito movido pela Promotoria do Consumidor, o plano de saúde ainda não foi cientificado do mesmo, momento em que buscará levar à autoridade competente as informações que lhe forem solicitadas para os esclarecimentos necessários.

            E quanto ao procedimento existente junto à Agência Reguladora, a operadora de saúde encontra-se em regime de Direção Fiscal, instaurada pela própria ANS com fim de averiguar eventuais anormalidades econômico-financeiras ou administrativas que impliquem em prejuízo na qualidade de atendimento dos beneficiários. E dentro do referido procedimento administrativo a Unimed São Luís vem procurando atender a todas as instruções normativas determinadas pelo Diretor Fiscal, visando a regularização das anomalias apontadas pela ANS. 

            Atenciosamente.

Unimed São Luís

Diretoria

 

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Grifes exploram mão-de-obra; no Brasil e na China…

Fiscal da Receita vistoria oficina em que bolivianos trabalham em São Paulo

Uma série de reportagens do jornal Folha de S. Paulo – com repercussão também na TV Folha, programa que o grupo mantém na TV Cultura (SP) – gerou forte mal-estar na São Paulo Fashion Week, semana de moda que aconteceu no último final de semana.

A reportagem da Folha descobriu um grupo de bolivianos que viviam ilegalmente em São Paulo, trabalhando para grifes com presença na SPFW em troca de comida e gorjetas por peças prontas.

Modelos desfilam peças da Lacoste em uma das feiras de moda

A Folha entrevistou um dos chefes destas famílias bolivianas – aliciadas em La Paz –  que contou receber R$ 1,20 pela costura de uma calça simples.

Em São Paulo, eles contraíam dívidas com as oficinas, responsáveis pela produção das grifes de luxo.

Essas dívidas – com passagens e vales – eram descontadas integralmente do miserável salário. (Leia uma das matérias aqui)

Na reportagem exibida na TV Folha, um estilista mostra-se exultante ao ser elogiado por usar roupa da GEP, mas perde o rebolado ao ser perguntado se sabia que a roupa é produzida por mão-de-obra explorada em países miseráveis.

É comum o uso de mão-de-obra barata – no Brasil, Vietnam, Taiwan, Peru, Bolívia e China – pelas grifes internacionais do mercado de luxo.

Até a Apple, gigante dos computadores, se rendeu ao baixo custo da mão-de-obra chinesa, como revela reportagem “Por que a Apple fabrica IPhone na China”

As italianas Prada e Gucci, e as francesas Louis Vuitton e Lacoste são outras das exploradoras.

Que pagam misérias a quem fabrica e cobram altíssimo de quem as usa.

E todo mundo usa…

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Comércio de São Luís é preguiçoso

Caso você precise de algo com urgência entre os horários das 12h e 14h, são poucos os comércios de São Luís que estarão abertos neste espaço de tempo para atendê-los.

Os poucos você encontra no Centro da cidade e nos shoppings. Nos demais bairros quase que é inexistente encontrar sequer um armarinho aberto.

Uma situação difícil de encontrar em outros bairros onde a maioria dos comerciantes tem suas casas próximas ao negócio: o dono vai almoçar, tira um cochilo e depois volta para reabrir a loja.

Atitude um tanto quanto preguiçosa se comparada aos comércios de outras capitais como São Paulo que ficam 24h abertos independentes de qualquer coisa.

Mesmo com a violência que lá é sem dúvida mais alarmante do que aqui.

Um prejuízo para a economia local.

 

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ANP diz que gasolina no Maranhão aumentou só 2,19%

Segundo nova pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Maranhão foi um dos estados que registrou menor aumento na gasolina.

O levantamento realizado por semana em cerca de 8,6 mil postos no Brasil, mostrou que registrou porcentagem totalmente abaixo do que o ministro Guido Mantega havia previsto de aumento ao consumidor, no caso 4%. O Estado registrou apenas 2,19% de aumento nas bombas.

Mesmo com o preço ainda menor que o estado do mapá, por exemplo, que mantém a maior média do país, cerca de 7,18%, o movimento nacional online Na Mesma Moeda não cessou as reivindicações em prol da diminuição da cobrança pelos combustíveis no país.

Está marcado outro protesto, dessa vez para o dia 02 de março, às 12h, em São Luís, da mesma forma do que foi realizado anteriormente (reveja aqui) no mês passado.

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Folder da campanha

 

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Greve no Mateus…

Do blog de Itevaldo Júnior

Cerca de mil trabalhadores do Grupo Mateus (entre as empresas o Supermercado Mateus) pararam as atividades na manhã desta quinta-feira (dia 20), na sede da indústria Mateus – Bumba Meu Pão, no Distrito Industrial (BR 135), por tempo indeterminado.

Os trabalhadores parados produzem para as 14 padarias de São Luís e para cidades do interior do Estado.

Os funcionários reivindicam o fechamento do Acordo Coletivo 2013, cuja data-base é 1° de janeiro, além de melhorias nas condições de trabalho.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores com Produtos Alimentícios de São Luís (Sindpanip), Boaventura Maia, o Mateus foi procurado para tentar um entendimento, sendo que já aconteceram três reuniões de negociação, mas a gerência do Mateus dificulta e demonstra descaso com a categoria. Continue lendo aqui…