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Maranhão: Dilma ou Serra?

O blog publica abaixo, com grifos, texto do colega Robert Lobato sobre o segundo turno presidencial no Maranhão. Excelente reflexão:

“No Maranhão nada é fácil para as oposições, mas também elas não facilitam nada para facilitar as coisas.

O grupo Sarney acaba de sair vitorioso das urnas: elegeu a governadora, os dois senadores, a maior bancada na Câmara e na Assembleia Legislativa.

Agora temos o segundo turno das eleições presidenciais em disputa. De um lado a candidata do PT, Dilma Rousseff, que apoiou e pediu votos à Roseana Sarney junto com o presidente Lula.

Na outra ponta está o candidato do PSDB José Serra, que veio ao Maranhão no primeiro turno declarar apoio ao candidato oposicionista Jackson Lago (PDT), que por sua vez acaba de anunciar que renovará compromisso com o tucano neste segundo turno das eleições presidenciais.

Se a política no Maranhão for vista somente pelo prisma do anti-sarneísmo puro e simples, ou seja, da luta pelo equilíbrio das forças políticas do estado, já que o grupo ganhou tudo por estas terras no primeiro turno das eleições, o mais racional seria as oposições optarem pelo candidato José Serra para presidente do Brasil.

O risco dessa alternativa é o eleitor desavisado se misturar com muitos canalhas que vestem uma manta anti-Sarney para tirar proveito aqui e alhures, além de não se ter 100% de garantia de que, num eventual governo Serra, o senador José Sarney não recomporá com o tucanato nacional por conta da correlação de forças políticas no Congresso Nacional.

Por outro lado, se prevalecer o entendimento de que o que está em jogo é a disputa de dois projetos nacionais, que o importante é o Brasil continuar avançando com o PT a frente do governo central, mesmo que o Maranhão continue sendo hegemonizado pelas forças sarneístas, então a opção por Dilma é mais adequada.

Contudo, o que a população precisava saber e entender, é que por trás de uma ou outra opção orbitam interesses dos mais variados tipos e tamanhos, alguns legítimos, outros nem tanto. Não tem santo e nem besta nessa história. E muito menos “almoço” de graça.

Enfim, eis o dilema das oposições: Dilma ou Serra, Brasil ou Maranhão?

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Arnaldo Melo: o decano da Assembléia Legislativa

O deputado Arnaldo Melo (PMDB) é o único membro da história da Assembléia Legislativa a alcançar a marca de seis mandatos consecutivos.

Eleito pela primeira vez em 1990, ele repetiu o feito em 1994, 98, 2002, 2006 e agora em 2010.

Não há registro na história do Parlamento maranhense de alguém que tenha lalcançado igual façanha.

– É, sem dúvida, um feito para dar orgulho. Até porque, é algo muito difícil alcançar seis mandatos consecutivos – diz o parlamentar.

Da geração de Arnalo Melo, eleita em 1990, estão na Casa, ainda, apenas Manoel Ribeiro (PTB) e Jura Filho (PMDB). Ribeiro, porém, não conseguiu se reeleger em 2006, recuperando-se agora. Jura Filho, por sua vez, perdeu as eleições de domingo.

Com o recorde de mandatos consecutivos, Arnaldo Melo é, hoje, o decano da Assembléia Legislativa…

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Vá trabalhar, Flávio Dino!!!

Nem a derrota para o Governo do Estado – a segunda disputa majoritária consecutiva – ensinou ao deputado Flávio Dino (PCdoB) um comportamento mais transparente, menos hipócrita.

Dois dias depois de ver o sonho de governar o estado ir pras cucúias, ele continua pregando uma coisa no público e fazendo outra no privado.

Vestiu-se de príncipe na entrevista coletiva de reconhecimento da derrota – com todos os desvios de personalidade característicos das majestades. Vira um sapo no twitter, onde acha estar conversando apenas com os seus.

Os exemplos da verborragia dinista no twitter

Hoje, por exemplo, saiu-se com esta: Parece que a oligarquia ficha suja quer governar sem oposição. Desrespeitam metade do Maranhão que disse não a eles.

Foi um comentário solto e covarde.

Baseado em quê mesmo? Em nada, apenas no ressentimento e na arrogância, de se achar o único capaz de se contrapor ao governo que o derrotou – e que, a rigor, ainda nem começou.

Outra do duas-caras: a imprensa da oligarquia ficha suja continua a me aggredir e a mentir. Medo? Falta de bom senso? Tentativa de esconder a ínfima vitória?

Comportamento covarde, mas característico de quem pensa a mídia e a imprensa apenas submissa ao seus sonhos e caprichos.

Flávio Dino derramou-se em lágrimas após a derrota para João Castelo (PSDB), dois anos atrás. Agora age diferente. Não consegue esconder o despeito e vomita mágoas na internet.

Mas a eleição acabou.

A propósito, a Câmara Federal não parou os trabalhos durante o processo eleitoral, apesar da ausência de Dino. E esta semana retomou a agenda intensa de debates políticos e discussões de projetos.

 Vá trabalhar, Flávio Dino!!!

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A nulidade da ultra-esquerda maranhense…

Tradução da frase: ôh, o que fazer, o que fazer!?

Mais uma vez, os partidos da ultra-esquerda maranhense provaram sua insignificância no debate político, ideológico, social, econômico e eleitoral do estado.

Seus três candidatos – Marcos Silva (PSTU), Saulo Arcangeli (PSOL) e Josivaldo Corrêa (PCB) – tiveram, juntos, ridículos 0,90% dos votos no estado. Em outras palavras, nem 1% dos maranhenses quiseram sequer ouvir falar das baboseiras que eles pregam.

É preciso deixar claro que esta não é a realidade destes partidos nos demais estados do Brasil. Há lugares onde PSOL, PSTU e PCB têm importância política respeitável. Só não evoluiu aqui.

É claro que os “trabalhadores-unificados”, os “socialistas-libertários” e os “comunistas” continuarão a dizer que a lógica deles é outra, não a burguesa, e que foram vitoriosos em seu projeto.

Claro que foram, se olhados apenas pela lógica dos guetos do Centro Histórico de São Luís, onde se reúnem diariamente para discutir o nada.

No conjunto da sociedade, no entanto, continuarão a ser o qu sempre forma.

Simples nulidades…

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São Luís decidiu a eleição. Simples assim…

Roseana comemora em São Luís

Para aueles que ainda insistem no argumento de que a vitória de Roseana Sarney (PMDB) na capital maranhense não foi preponderante para a vitória geral, alguns dados do resultado das urnas.

Roseana recebeu 215.791 votos dos ludovicenses contra 189.436 dados a Flávio Dino (PCdoB), segundo colocado no município.

É tolice insistir na tese de que Roseana perdeu para o conjunto dos demais candidatos. A leitura não é essa. Correto é afirmar que a maioria da população de São Luís preferiu Roseana a Flávio Dino, mesmo podendo escolher entre um dos dois.

Outra prova da força de São Luís na vitória roseanista: Flávio Dino ficou em segundo lugar no resultado geral, mas venceu o pleito em apenas 14 municípios.

Nestas cidades, o comunista obteve 117.926 votos. Traduzindo: Roseana teve apenas em São Luís, o equivalente a quase duas vezes o que Dino teve nos 14 municípios em que venceu.

Outro exemplo: Em Imperatriz, Jackson Lago (PDT) impôs uma diferença de 70 mil votos sobre Roseana. Pouco importou no resultado geral.

O pedetista precisaria de três Imperatriz para fazer frente à força eleitoral de São Luís.

São números reais das eleições, fatos que não podem ser contestados…

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Portas que se fecham; luzes que se acendem…

Edivaldo Júnior: liderança que surge

O ex-governador Jackson Lago (PDT) praticamentre se despediu da vida pública com as eleições deste ano – melancolicamente, sobretudo pelo resultado obtido em São Luís, cidade da qual foi prefeito por três mandatos.

Eleito deputado federal, Edivaldo Holanda Júnior (PTC) chega ao cenário da política estadual consagrado pela população de São Luís, de onde é vereador há dois mandatos.

Jackson Lago teve medíocres 77.108 votos na capital maranhense, amargando apnas a terceira colocação entre os candidatos a governador.

Holanda Júnior alcançou volumosos 72.899 votos, garantindo a primeira colocação dentre todos os candidatos a deputado federal em São Luís.

Jackson sai de cena

É praticamente o mesmo patamar de votos, mas com significado absolutamente distinto, levando-se em conta o ânguilo pelo qual se vê.

Jackson fecha as portas de sua vvida pública sem mais a oferecer ao povo maranhense – que também demonstra não ter mais interesse em suas ofertas.

Holanda Júnior dá mais brilho às luzes de sua carrreira, com muito a oferecer à população – que se demonstra sequiosa por suas idéias.

É assim na política.

Uns saem; outros entram…

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A reeleição de Roseana foi com muita folga

Do blog de Matias Marinho

A reeleição de Roseana Sarney (PMDB), logo no primeiro turno das eleições deste ano, não foi tão apertada como andam dizendo jornalistas ligados a Oposição.

Roseana teve 1.459.792 votos, o que representa mais de 600.390 à frente do segundo colocado, Flávio Dino, com o discurso do novo e de contrário à oligarquia Sarney, e 890.380 à frente do ex-governador Jackson Lago, com o discurso de injustiçado e também de contrário à oligarquia…  Continue lendo aqui

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Os louros de Flávio Dino…

Dino agora tem cacife eleitoral...

O deputado federal Flávio Dino (PCdoB) emerge das urnas maranhenses, de fato, como um dos principais nomes da oposição.

Os quase 30% de votos no estado o credenciam a assumir este papel.

Apesar dos erros que marcaram seu início de trajetória política – e não foram poucos, alguns gravíssimos – Flávio Dino precisou de apenas quatro anos para construir um perfil político.

Sinal de que tem carisma para ampliá-lo.

Precisa superar apenas uma fogueira: as eleições municipais de São Luís, em 2012.

Será a maior tentação de sua vida, mas um erro entrar nesta disputa.

Se vencer, adiará o sonho de chegar ao governo.

Se perder, enterra definitivamente este sonho…

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Em Balsas e em Santa Inês…

A votação em Santa Inês

Foi uma espécie de “surpresa anunciada” a derrota da governadora Roseana Sarney (PMDB) em Santa Inês, cidade administrada pelo prefeito Robert Bringel (PMDB). Sobretudo por que, Roseana tinha Bringel como um de seus mais fortes aliados na região do Pindaré,

Para efeito de comparação, a votação da mulher de Bringel, Vainey, para aAssembléia Legislativa, foi bem maior que a da governadora.

Em Balsas não houve surpresa alguma. Não é de hoje que o prefeito Chico Coelho (PMDB) faz jogo duplo – e até triplo – na política do Maranhão.

Resultado da eleição em Balsas

Inconfiável, tem dado mostras de traições ao grupo da governadora desde 1994, quando chegou as er cotado para compor a vice da mesma Roseana.

Chico Coelho e seu grupo nunca mais se integraram, de fato, à base da governadora, mas não têm nem a coragem de comunicar isso oficialmente.

Estranhamente, mesmo assim continua paparicado ao longos dos anos…

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Quem vai liderar a oposição na Assembléia?

A julgar pelos eleitos de ontem para a Assembléia Legislativa, a bancada de oposição na Casa estará acéfala no início da nova legislatura.

Dos 13 parlamentares eleitos pela chamada oposição – 12 disputando pela própria oposição e mais Bira do Pindaré (PT), que concorreu em uma aliança govenista – nenhum demonstra experiência ou cacife para comandar as ações anti-governo.

Na bancada que formou com Jackson Lago, Camilo Figueriedo e Graça Paz (ambos do PDT) não têm, propriamente, perfil de oposição. Gardeninha Castelo e Carlinhos Amorim (ambos do PSDB) não têm perfil de liderança. Os demais são novatos, que precisarão de tempo para se adaptar.

Entre os eleitos pela coligação de Flávio Dino, Marcelo Tavares (PSB) é o mais experiente, mas também não tem perfil de líder oposicionista. Rubens Júnior (PCdoB) e Eliziane Gama (PPS) ainda são inexperientes, embora já no segundo mandato.

Caberia a Bira do Pindaré assumir este papel, mas ele  não tem o controle nem da própria bancada, já que os dois outros petistas eleitos – José Carlos Nunes e Francisca Primo – deverão levar o partido para a base roseanista.

O fato é que, até fevereiro, a oposição terá que descobrir um norte para fazer o contraponto na Assembléia.

E, acima de tudo, um líder que lhe conduza a este norte…