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Com Camarão de volta à disputa federal, PT volta à estaca zero no MA

Às voltas com intermináveis crises internas, partido do ex-presidente Lula não tem nomes além do secretário da Educação para a disputa de governador; e dependerá de uma decisão nacional para sua política de alianças

 

Filiado recentemente ao PT, Felipe Camarão deve deixar a disputa pelo Governo do Estado

Único nome do PT com peso público para ser candidato a governador ou ser indicado a uma chapa – embora tenha pouco tempo de filiação – o secretário de Educação, Felipe Camarão, deve mesmo disputar uma vaga na Câmara Federal.

Ele vem desde ontem preparando o terreno para deixar a corrida pela sucessão do governador Flávio Dino (PSB), com postagens indicativas em suas redes sociais.

A saída de Camarão da disputa pelo Governo tira o PT da disputa majoritária.

Em eterna guerra interna entre suas diversas facções políticas, o partido tem poucas lideranças expressivas dispostas a substituir Camarão como candidato a governador – o sociólogo Paulo Romão é o único que já pôs o nome, mas para disputar o Senado.

E sem força eleitoral suficiente para entrar na mesa de negociações, vai ter que aguardar mesmo uma decisão nacional para sua formação de alianças no Maranhão.

O caminho do PT será, portanto, decidido pelo ex-presidente Lula.

Simples assim…

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Petista indica que Brandão é o candidato sarneysista em 2022

Segundo o professor Márcio Jardim, com 80% dos apoiadores advindos do grupo do ex-presidente da República José Sarney, atual vice-governador representa o caminho para a volta deste segmento político ao poder

 

O apoio de Adriano Sarney a Carlos Brandão repercutiu fortemente entre sarneysistas, ati-sarneysistas e dinistas

O ex-secretário de Esportes e Lazer do governo Flávio Dino – e atual secretário de comunicação da Prefeitura de Maricá (RJ) – professor Márcio Jardim, apontou nesta segunda-feira, 20, que o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), é o representante sarneysista nas eleições de 2022.

Comentando uma postagem do ex-deputado Joaquim Haickel, que participou do encontro com Brandão, na última quinta-feira, 16, Jardim ressaltou que os sarneysistas representam a maioria dos apoiadores de Brandão.

– Sagaz e também ferino com adversários, a frase de Joaquim Haickel, grosso modo, também pode ser lida assim: “Flávio Dino, a candidatura de Brandão não te pertence” – provocou Márcio Jardim, para completar, reinterpretando a fase de Haickel: “Flávio Dino, apenas 20% da candidatura de Brandão é sua.”

Em comentário no blog Marco Aurélio D’Eça, Joaquim Haickel disse que a leitura de Márcio Jardim sobre sua postagem “não está apenas errada, mas destorcida”.

– O que eu disse e repito, é que no evento que fui, em apoio a Brandão, meu amigo de infância, para onde quer que eu me virasse, só via pessoas que em algum momento, em graus maiores ou menores, fizeram parte do grupo Sarney. Mas isso não deveria ser de admirar! No governo de Flávio Dino, tem muitos quadros oriundos do grupo Sarney, ou será que Rubens Pereira, Felipe Camarão, duas dúzias de deputados, entre estaduais e federais, não estiveram em algum momento ligados ao grupo Sarney!?… – questionou o ex-parlamentar.

Durante o encontro de quinta-feira, Brandão recebeu o apoio público do deputado estadual Adriano Sarney, neto do ex-presidente e único representante oficial da família Sarney na política.

De fato, assim como recordou Haickel, além de Adriano, Brandão tem apoio de deputados federais, estaduais, prefeitos, vice-prefeitos e ex-prefeitos ligados ao grupo Sarney.

O próprio governador Flávio Dino tem buscado o apoio dos Sarney para sua candidatura ao Senado.

A maioria resistência ainda é da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), principal adversária de Dino no grupo.

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Pesquisas animam Simplício Araújo…

Pré-candidato do Solidariedade avalia seus índices de intenção de votos – que o colocam em segundo e até mesmo em primeiro lugar, dependendo da região do estado – para reforçar seu projeto de disputar o Governo do Estado

 

Simplício deu de ombros à escolha pessoal de Flávio Dino por Brandão e manteve candidatura, bem avaliada nas pesquisas

Bem avaliado em diversas regiões do Maranhão – a exemplo de Pedreiras, onde chega a liderar em alguns cenários – o pré-candidato do Solidariedade, Simplício Araújo, está animado com dois levantamentos recentes.

Em Timon, pesquisa do Instituto Pontuar o coloca em segundo lugar, atrás apenas do senador Weverton Rocha (PDT), que aparece com 18,50%; em Codó, com 4,81% das intenções de votos, segundo o instituto Marketing Político e Pesquisa de Opinião, Simplício aparece em terceiro lugar.

Simplício Araújo é secretário de Indústria e Comér4cio do governo Flávio Dino; e mantém sua candidatura mesmo após “escolha pessoal” de Dino por Brandão.

O candidato segue visitando as bases no interior…

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“Weverton não vai segurar essa onda”, dizem os Barroso, agora aliados de Brandão

Secretário de Cidades, Márcio Jerry – e seu irmão político Samuel – contam a amigos e jornalistas que o senador do PDT dificilmente resistirá à pressão do governo; e chegam a falar, inclusive, de ações policiais, a exemplo do que já ocorreu com Josimar Maranhãozinho

 

Convertido à candidatura de Carlos Brandão, Samuel Barroso segue os passos do irmão secretário e prega pela desistência do senador Weverton

Recém-alinhados ao projeto de candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – de quem sempre foram inimigos políticos em Colinas – os irmãos Márcio Jerry e Samuel Saraiva Barroso têm falado duro em relação ao senador Weverton Rocha (PDT).

Em rodas de conversas com políticos e jornalistas, Márcio Jerry, que é secretário de Cidades – e principalmente Samuel -, apostam claramente suas fichas no recuo da candidatura de Weverton na disputa pelo governo.

– Weverton não vai segurar essa onda! – afirmou Samuel a pelo menos cinco lideranças do interior e jornalistas ouvidos pelo blog Marco Aurélio D’Eça; a mesma afirmativa feita por Jerry a prefeitos e deputados.

Mas qual seria esta onda?!?

Na avaliação dos Barroso, a pressão que o governador  Flávio Dino (PSB) vai começar a exercer sobre o senador, com cortes de espaços de poder e demissão de indicados levará Weverton a desistir.

E ainda tem as questões policiais, lembra o Barroso menos famoso, fazendo referência ás ações do mesmo tipo, implementadas contra o deputado federal Josimar Marahãozinho (PL).

Antes adversário político, o secretário Márcio Jerry, agora, se derrama em declarações a Carlos Brandão

Tanto Márcio Jerry quanto Samuel chegaram a cogitar apoios a Weverton, por falta de afinidade com Carlos Brandão; Mas, vinculados a Dino, acabaram por sucumbir ao apoio ao tucano, o que repercutiu fortemente em Colinas e região do sertão.

Engajados na campanha tucana, os dois comunistas agora deixam claro como se dará a pressão em Weverton e seu grupo.

E quem for fraco que se arrebente…

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Apoio a Lula deve guiar alianças do MDB no Maranhão

Lideranças nacionais do partido têm se aproximado do ex-presidente e pré-candidato do PT, enquanto, no Maranhão, a legenda presidida pela ex-governadora Roseana Sarney segue sem definição de palanques

 

Alckmin e Lula deram ar público às tratativas para aliança entre os dois,  em jantar com a presença de lideranças do MDB

A presença de lideranças do MDB – incluindo o presidente nacional Baleia Rossi – no jantar entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido), deu pistas dos rumos do partido da ex-governadora Roseana Sarney as eleições de 2022.

Tudo indica que o MDB vá mesmo fechar aliança em torno de Lula, apesar do lançamento da candidatura da senadora Simone Tebet, o que influenciará diretamente a posição emedebista no Maranhão.

Tanto que o vice-presidente estadual e principal porta-voz do partido no estado, deputado estadual Roberto Costa, deixou claro no fim de semana que a decisão sobre alianças só será definida a partir de março.

Costa tem relação direta e pública com o governador Flávio Dino (PSB), mas deixou claro que a decisão de apoio do colega deputado Adriano Sarney (PV) ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB) “é pessoal e não tem influência na decisão do MDB.”

Adriano é sobrinho de Roseana, que não vê com bons olhos a aproximação com Flávio Dino, embora boa parte do grupo Sarney já esteja alinhada ao palanque tucano.

No MDB maranhense, várias lideranças torcem pela aliança em torno de Lula, como o ex-senador  Edinho Lobão, que já declarou apoio ao senador Weverton Rocha (PDT).

A propósito, Lula reuniu-se com o presidenciável pedetista Ciro Gomes no fim de semana, abrindo mais uma frente de articulações contra a extrema direita, representada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ex-juiz Sérgio Moro (Podemos).

Uma aliança com Lula não é descartada no PDT, o que também influenciaria as articulações maranhenses.

Mas esta é uma outra história…

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As conversas de bastidores entre Eduardo Braide e Weverton Rocha

Com compromissos políticos desde as eleições de 2020, o prefeito de São Luís e o senador têm interesses comuns de curto, médio e longo prazos que podem convergir para o processo eleitoral de 2022

 

Eduardo Braide apareceram publicamente em um mesmo evento pela primeira vez desde as eleições de 2020

O segundo turno das eleições de 2020 aproximou o senador Weverton Rocha (PDT) do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos).

A participação do grupo do senador foi fundamental para a vitória de Braide; e resultou, também, na reeleição do vereador Osmar Filho (PDT) à presidência da Câmara Municipal.

Desde então, Weverton e Braide conversam nos bastidores da política maranhense, culminando, na última segunda-feira, com uma aparição pública dos dois em um culto da igreja Assembleia de Deus, no qual o prefeito saudou o senador como “meu amigo pré-candidato a governador”.

A camiseta “Deserte-se”, que Weverton vestiu em 2020 ao lado do deputado Othelino Neto virou símbolo da vitória de Braide contra o governador Flávio Dino

Braide e Weverton têm interesses comuns de curto, médio e longo prazos.

Além da eleição na Câmara Municipal, já em abril, há ainda a eleição estadual de 2022 e a reeleição do próprio prefeito, em 2024, já no radar dos partidos.

Acontecimentos que tendem a fazer com que as conversas fiquem ainda mais intensas a partir de agora, tornando-se públicas em breve.

Mas esta é uma outra história…

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Família Sarney no palanque de Flávio Dino em 2022…

Adesão do deputado estadual Adriano Sarney à candidatura do vice-governador Carlos Brandão é o desfecho da aproximação que o governador Flávio Dino vem buscando com a família do ex-presidente José Sarney desde 2018 – e que culminou com sua eleição à Academia Maranhense de Letras

 

Adriano é o primeiro membro da família Sarney a aderir à escolha de Flávio Dino para o governo; mas outros membros do grupo já estavam com o governador

Uma cena inimaginável há 10 anos atrás deve ficar comum nas eleições de 2022: membros da família Sarney pedindo votos no mesmo palanque do governador  Flávio Dino (PSB),

Esta possibilidade tornou-se mais real nesta quinta-feira, 16, quando o deputado estadual Adriano Sarney (PV) anunciou apoio ao vice-governador  Carlos Brandão (PSD), “escolha pessoal” para as eleições de 2022.

A adesão de Adriano é o desfecho de uma aproximação que Flávio Dino vem fazendo da família do ex-presidente José Sarney desde 2018 – e que culminou com sua eleição, a pedido de Sarney, à Academia Maranhense de Letras.

O grupo Sarney – que inclui políticos, empresários e a força do Grupo de Comunicação Mirante – está em sua maioria alinhado a Flávio Dino há pelo menos um ano; a resistência ainda se dá pelos ex-governadores Edison Lobão e Roseana  Sarney (ambos do MDB).

A tendência é que a própria família do ex-presidente apoie a eleição de Flávio Dino ao Senado.

Inclusive com a  possibilidade de um suplente na chapa…

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2022 caminha para polarização entre Lula e Moro…

Com o presidente Jair Bolsonaro caminhando cada vez mais para o abismo político, extrema direita já começa a apostar suas fichas no ex-juiz que tirou o ex-presidente da disputa de 2018 num golpe que pode ter revanche no plano eleitoral

 

Moro e Lula devem ser os principais protagonistas das eleições de 2022

Ensaio

Duas das principais pesquisas eleitorais divulgadas nos últimos dias mostram que o ex-presidente Lula (PT) caminha para vencer a eleição de 2022 em primeiro turno.

Mas os mesmos números mostram uma tendência de crescimento do ex-juiz federal Sérgio Moro (Podemos), que já está em terceiro lugar.

O embate Lula X Moro no plano eleitoral é, portanto, uma realidade cada vez mais plausível.

Dez ente dez analistas políticos apontam que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é carta fora do baralho do jogo eleitoral de 2022; ainda pode até chegar ao segundo turno – hipótese cada vez mais remota – mas perderia para todos os adversários.

Para tentar escapar a um retorno de Lula, a extrema direita aposta suas fichas em Moro, o que reforça a tese de um novo embate entre o ex-presidente e o ex-juiz, desta vez no campo eleitoral.

E ambos os lados já começam a movimentar as peças; Lula buscando elementos de centro- direita para convencer o mercado de que pode ser bom; Moro apostando em setores de centro-esquerda para mostrar que tem pensamento progressistas.

Enquanto isso, Bolsonaro vai caminhando para o abismo político-eleitoral…

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Qualitativas são apostas do grupo de Edivaldo Júnior…

Aliados do ex-prefeito de São Luís apostam em seu potencial de crescimento apontado em avaliações internas; e minimizam sua falta de base política e de estrutura eleitoral no interior

 

Tímido e sem grupo, Edivaldo aposta em seu carisma pessoal para se dar bem nas pesquisas e chegar ao segundo turno, mesmo sem estrutura no interior

O grupo que embala a pré-candidatura do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior (PSD) ao Governo do Estado tem um argumento pronto para justificar a manutenção do seu nome na disputa.

Segundo esses aliados, as pesquisas qualitativas apontam que Edivaldo é candidato com maior potencial de crescimento, com vaga praticamente assegurada em um eventual segundo turno.

De fato, o ex-prefeito é muito forte na região metropolitana; e aparece bem nas pesquisa por que o peso da Grande São Luís é maior nos levantamentos, até para efeito de cálculos estatísticos.

Com potenciais 500 mil eleitores em sua conta, o candidato do PSD pode mesmo fazer frente a outros nomes.

Mas esbarra em problema estrutural.

Edivaldo Júnior não tem grupo político consolidado, não tem apoios de prefeitos e lideranças institucionais e não tem as garantias estruturais para uma campanha do peso da de governador.

Tanto que, em algumas regiões, onde é praticamente um desconhecido, sua performance não supera os 2% de intenção de votos.

Mesmo assim, o grupo que cerca hoje o ex-prefeito aposta exatamente no seu desempenho na capital e adjacências para fazer frente aos demais candidatos.

Se vai conseguir ou não, só a partir de agosto se saberá…

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Com maioria simples na Assembleia, Brandão pode ter dificuldade para governar

Vice-governador tem apoio de apenas 22 deputados, em um colegiado de 42, o que significa que, dependendo do momento político ou dos interesses de cada parlamentar ou partido, ele ficará sem garantias de aprovação de seus projetos

 

Brandão e seus deputados na Assembleia Legislativa; maioria perigosa para alguém às vésperas de assumir o governo

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) apresentou nesta quinta-feira, 16, um grupo de 22 deputados estaduais que deverão apoiar seu governo a partir de abril de 2022, quando ele assume a vaga de Flávio Dino (PSB).

É uma maioria simples, portanto, perigosa.

Num colegiado com 42 deputados, o vice-governador chega às vésperas de sua posse com apenas um parlamentar a mais do que a metade da Assembleia, o que mostra também o tamanho de sua força política.

Brandão não tem o apoio da cúpula da Assembleia, como o presidente Othelino Neto (PCdoB) e o vice-presidente Glalbert Cutrim (PDT), com os quais terá que negociar ponto a ponto os projetos de seu interesse.

A metade da Assembleia está hoje com o senador  Weverton Rocha (PDT), com o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) e com o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT).

E a junção destes grupos, a qualquer tempo em 2022, pode ser fatal para o tucano que assumirá o governo em abril.

Simples assim…