0

Histórico antipetista fritou Capelli no governo Lula…

Sem a proteção do futuro ministro do STF Flávio Dino, seu principal assessor passou a ser confrontado com o fato de ter atuado fortemente para tirar o PT das eleições de 2022, inclusive com uma série de artigos jornalísticos em que defendia abertamente uma alternativa de centro-esquerda ao partido do presidente Lula, enquanto este estava cumprindo sentença em Curitiba

 

Dinista, não-lulista e antipetista, Capelli perde espaço no governo com a saída do aliado da política

Análise da Notícia

Com 30 anos de estrada no jornalismo, o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça acompanha a trajetória do ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, desde quando ele ainda militava na política estudantil, no final dos anos 90; militante histórico do PCdoB, ele foi forte dirigente da União Nacional dos Estudantes e se aproximou do ex-ministro da Justiça Flávio Dino quando este chegou a Brasília, como deputado federal.

Comunista, Capelli sempre atuou para diminuir a hegemonia do PT na esquerda brasileira

Nomeado por Dino chefe do Escritório de Representação do Maranhão em Brasília, passou, dali, a construir a trajetória do então governador como opção ao petismo e a Lula; após o golpe que criminalizou o PT e levou Lula à prisão, Capelli ganhou força para transformar o aliado comunista em opção de centro-esquerda.

– Da mesma forma que a direita procura um nome novo capaz de virar um pólo aglutinador, um nome que seja capaz de dialogar com o “chamado futuro” e unir forças, o mesmo poderia acontecer na esquerda – pregou o assessor de Dino, em 2018, no artigo “Para onde vai a esquerda?”, quando o PT insistia em manter o nome de Lula, mesmo ele já estando inelegível; e preso. (Leia a íntegra aqui)

Foram diversos outros artigos neste tema. Mas o PT sempre soube do antipetismo de Capelli; Lula sempre soube de sua atuação para diminuí-lo como opção da esquerda.

– Eu sei que vocês acham que entendem tudo de política, mas tentem ao menos compreender Lula. É verdade que Cappelli fez um excelente trabalho sob o comando de Dino e Lula, mas também é verdade que, há menos de cinco anos, era um militante antipetista e anti-Lula inveterado. Lula é sábio – expôs em suas redes sociais Camila Moreno, membro da executiva nacional do PT e ligada à presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

A derrota do PT em 2018 – e a busca de Flávio Dino por um protagonismo nacional – exacerbou o antipetismo de Ricardo Capelli para além dos artigos no portal Vermelho, do PCdoB; ele foi um dos articuladores da aproximação de Dino com o PSDB e, principalmente, com o capitão da indústria Jorge Paulo Lemman, história já contada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Articulação de Dino com Huck passa pelo todo poderoso da Ambev…”.

Capelli ficou ainda mais próximo de Flávio Dino – e ganhou ainda mais força para trabalha-lo como alternativa a Lula – após ser nomeado secretário de Comunicação e Articulação Política do governo comunista no Maranhão; Dino tinha tanta convicção de que Lula estaria fora da sucessão de Bolsonaro que articulou a filiação do seu então vice Carlos Brandão ao PSDB; mas deu tudo errado.

Lula foi solto por decisão do STF – que também anulou suas condenações – apenas uma semana depois de Brandão se filiar ao PSDB, já em 2021; Flávio Dino foi obrigado a rever seu plano e a defender Lula como alternativa eleitoral.

Mas seu fiel-escudeiro Capelli já estava exposto no antipetismo.

O PT e Lula até aceitaram de bom grado a presença do ex-comunista como secretário-executivo do Ministério da Justiça, onde, reconhece-se, fez um excelente trabalho.

Mas agora que seu padrinho está fora da política, os petistas começam a relembrar tudo o que foi escrito por ele.

Por isso a sua fritura no governo Lula…

0

Aliados querem manter influência de Flávio Dino na política do MA…

Senadores, deputados federais e estaduais mais próximos do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal já trabalham uma agenda eleitoral própria em 2024 e ainda o veem como “força organizadora da política” no estado

 

Márcio Jerry entre Dino e Brandão nos atos sobre o 8 de Janeiro, em Brasília; ministro do STF como “força organizadora da política no Maranhão”

O futuro ministro do Supremo tribunal Federal Flávio Dino vai passar cerca de 40 dias exercendo o mandato de senador para o qual fora eleito em 2022; ele assume o cargo no STF em 22 de fevereiro, mas seus aliados na política já têm uma agenda própria para manter sua influência no poder do Maranhão.

O papel dele como ator político muda, mas não dá para sepultar o dinismo, esquecer ou apagar o seu legado. A influência dele vai continuar super forte, viva e organizadora da política – repetiu nesta terça-feira, 9, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), um dos mais próximos de Dino.

Além de Márcio Jerry, Flávio Dino conta com outros atores na política do Maranhão para manter sua influência, ainda que indireta.

O vice-presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Lago, e o ex-presidente da Casa, Othelino Neto (ambos do PCdoB) já atuam em agenda própria, ainda que na base do governador Carlos Brandão (PSB); na mesma Assembleia ele tem ainda os deputados Carlos Lula (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB) e Leandro Bello (Podemos).

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou com exclusividade, ainda em dezembro de 2022, a agenda política que o futuro ministro iria manter no fim de ano, com reuniões pessoais com sua base, os chamados “raízes” do dinismo; foi nessa articulação que ele garantiu o apoio do governador Carlos Brandão ao seu candidato em São Luís, deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Apesar da aliança com Brandão, Flávio Dino e seu grupo pretendem manter presença política forte no Maranhão; uma fala do mesmo Márcio Jerry, que repercutiu na imprensa local e nacional, deixa bem claro este objetivo.

– Toda a história construída por Flávio Dino na política do Maranhão desde a eleição de 2006, passando por 2010, mas sobretudo a partir de 2014, deixa um legado gigantesco, com repercussões fortes na estruturação do campo político maranhense por muitos anos – acredita o parlamentar.  

Como ministro do STF, Flávio Dino não pode mais fazer campanhas políticas e participar de eventos político-eleitorais; mas isso não impede que ele possa receber a classe política, eventualmente, tanto em sua casa quanto em seu gabinete, para passar instruções e ouvir sobre o Maranhão.

No projeto de “força organizadora da política no estado”, Flávio Dino e seu grupo esperam contar também com o senador Weverton Rocha, que lidera o PDT e tem grupo próprio no Maranhão; Rocha se aproximou do futuro ministro durante o processo de sabatina no Senado, e espera tanto dele quanto do presidente Lula (PT) um reconhecimento nas eleições de 2026.

Mas esta é uma outra história…

0

Lula vai usar o 8 de janeiro para despedida de Flávio Dino do Ministério…

Presidente revelou nesta quarta-feira, 20, que o ministro da Justiça participará de uma solenidade entre os três poderes para relembrar os episódios antidemocráticos ocorridos, mas ainda não definiu o seu substituto

 

Flávio Dino sorri diante dos conselhos de Lula sobre a p0olstura no STF, durante a reunião ministerial desta quarta-feira, 20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu nesta quarta-feira, 20, o seu corpo de auxiliares para a última reunião ministerial de 2023; durante o encontro, o presidente anunciou que o ministro da Justiça Flávio Dino deixa a pasta no dia 8 de janeiro.

Oito de janeiro foi a data dos atos golpistas no início do ano, um dos primeiros desafios de Flávio Dino no ministério.

O maranhense assume a vaga no Supremo Tribunal federal em 22 de fevereiro; ele passará cerca de um mês e meio no Senado Federal, até renunciar para assumir o STF.

Durante a reunião ministerial, Lula chegou a dar a Dino conselhos de comportamento no Supremo.

– Ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica. Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, não tem que ficar dando palpite sobre voto – frisou Lula, que ressaltou a competência do auxiliar.

Uma das críticas a Dino durante seu período como ministro da Justiça era exatamente ao excesso de entrevistas que ele protagonizava.

0

Flávio Dino tem agenda política no fim de ano natalino…

Futuro ministro do Supremo Tribunal Federal vai receber os deputados estaduais do seu grupo político que ele mesmo considera “raízes” – aqueles que surgiram à vida pública por sua graça e obra – e tem agenda também com o governador Carlos Brandão, para alinhar os rumos políticos do Maranhão após sua posse no STF, marcada para 22 de fevereiro

 

Flávio Dino quer se despedir de sua fase política com os comunas-raízes, deixando as coordenadas para as eleições de 2024 e 2026

O ainda ministro da Justiça Flávio Dino vai passar as festas de fim de ano numa espécie de réquiem de sua carreira política.

Com a posse no Supremo Tribunal Federal marcada para 22 de fevereiro, ele quer deixar a política com as coordenadas definidas para o futuro sem sua influência direta.

Segundo apurou este blog Marco Aurélio d’Eça, Dino já tem agenda marcada com os deputados que chama de “raízes” do seu grupo político – aqueles cuja vida pública tem sua influência direta. Fazem parte deste grupo os estaduais Rodrigo Lago e Júlio Mendonça (ambos do PCdoB), Carlos Lula (PSB) e Leandro Bello (Podemos).

Além deles, a espécie de confraternização ex-comunista deve contar com o vice-governador Felipe Camarão (PT), os deputados federais Márcio Jerry (PCdoB), Rubens Júnior (PT) e Duarte Júnior (PSB), que são os mais orgânicos dinistas no Maranhão.

O ministro tem outros aliados de peso na política do Maranhão, mas estes já atuavam antes de seu surgimento e têm carreira própria, embora devam se alinhar ao projeto definido para a era pós-Dino. (Saiba mais aqui, aqui, aqui e aqui)

A eles, o futuro magistrado dará as coordenadas sobre os rumos políticos a partir de 2024.

Na agenda natalina do futuro ministro do STF também há um encontro pessoal com o governador Carlos Brandão (PSB); a ele, que será o principal líder político no Maranhão, Flávio Dino dirá o que espera nas eleições de 2024 e, principalmente, em 2026.

Por que, em 2030, seus discípulos já esperam a sua volta, “montado no trono soberano”, como numa profecia apocalítica. 

Flávio Dino não poderá se manifestar politicamente a partir de fevereiro de 2024, quando toma posse no Supremo, por isso quer deixar alinhavado todo o projeto político-eleitoral a ser desenvolvido pelo seu grupo, com a força do governador.

E do alto do STF ficará a observar toda a movimentação.

Com todo o poder que emana do cargo…

0

Aliados falam de volta de Flávio Dino à política já em 2030

Antes mesmo da votação em plenário, quando seu nome  já havia sido aprovado na CCJ, políticos e jornalistas ligados ao ainda ministro da Justiça falavam que ele deve ficar apenas sete anos no Supremo Tribunal Federal, período em que construirá projeto de disputar a presidência da República, caso Lula se reeleja em 2026

 

Flávio Dino deixa a política, mas seus aliados já pregam sua volta daqui a sete anos, como candidato a presidente da República

Embora o resultado de 47 votos favoráveis – apenas seis a mais que o mínimo – tenha sido abaixo do esperado pelo governo Lula (PT), aliados políticos do ainda ministro da Justiça Flávio Dino já falavam de “uma volta triunfal como presidente da República em 2030”.

Esta era a principal comemoração de políticos, advogados e jornalistas alinhados ao ex-comunista nesta quarta-feira, 13, após Dino ter sido aprovado para compor o Supremo Tribunal Federal.

Sem reservas em redes sociais e mais comedidos nas conversas pessoais, os dinistas apostam que ele será uma sumidade no STF, a ponto de se transformar em um presidenciável de peso, preparado para concorrer às eleições de 2030, caso o presidente Lula (PT) se reeleja em 2026.

Nem mesmo a votação abaixo do esperado, de apenas 47 votos – seis a mais que o mínimo exigido e quatro a menos que o piso do próprio governo Lula no Senado – intimidou os defensores de um “descanso na imagem” nesses sete anos de STF.

Mas as manifestações precoces do “volta Dino” somadas à votação abaixo do esperado reforçaram as duas perpepções básicas que marcaram esta novela da ida de Dino para o Supremo:

1 – há, de fato, muitos órfãos que ainda não superaram sua aposentadoria e vão tentar mantê-lo como “liderança”;

2 – ele foi, de fato, forçado a deixar a vida política, diante da forte resistência dos vários espectros ideológicos que gravitam em Brasília.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já mostrou que, como membro do STF, Flávio Dino está proibido de qualquer ato político e muito menos eleitoral; mas ele pode, de fato, renunciar ao cargo vitalício a qualquer tempo.

Resta saber se o ânimo para usar a Suprema Corte como trampolim para a presidência resistirá a todos esses anos fora dos palanques. 

0

Com sabatina dupla para indicados de Lula, Senado tenta minimizar pressão em Flávio Dino…

Aliados do ministro da Justiça – indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal – cercaram-se de todos os cuidados para evitar maiores desgastes durante a sessão na Comissão de Constituição e Justiça, incluindo uma inédita entrevista conjunta com Paulo Gonet, indicado à Procuradoria-Geral da República

 

A presença de Paulo Gonet na mesma sabatina de Flávio Dino visa minimizar a pressão da oposição sobre o ministro da Justiça

Mesmo com todo o já autodeclarado preparo técnico e conhecimento jurídico, o ainda ministro da Justiça Flávio Dino não quis correr nenhum risco de exposição pública durante a sabatina que vai decidir sobre sua indicação para o Supremo Tribunal Federal.

Entre as estratégias para minimizar a pressão sobre Dino, o comando e os aliados do governo Lula (PT) no Senado decidiram realizar uma inédita sabatina dupla, com a presença do procurador Paulo Gonet Branco, indicado por Lula para a Procuradoria-Geral da República.

A divisão de atenções visa preservar Dino, que deve ser bombardeado por senadores de oposição, apesar dos apelos de aliados para que “não batam acima da canela”.

Temas como aborto, união civil homoafetiva e liberação do uso recreativo da maconha devem marcar a audiência com o ministro da Justiça, que se declara cristão; apesar da teoria do estado laico, o ex-comunista teme represálias da religião.

A expectativa do relator do processo de indicação de Dino ao STF, senador  Weverton Rocha, é que ele alcance um mínimo de 60 votos.

Para ter a indicação aprovada são necessários 41 dos 81 votos de senadores…

0

Lahésio chama Flávio Dino de fraude e se declara “maior adversário” do ministro no MA…

Ex-candidato a governador diz que esperou o último momento do debate sobre a indicação do ex-governador ao STF para fazer campanha com os senadores pela não aprovação do nome do maranhense, que ele chama de perseguidor e parcial, posturas incompatíveis com a Corte Suprema

 

Lahésio grava vídeo para alertar senadores sobre Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal

O ex-candidato a governador do Maranhão Dr. Lahésio Bonfim (PSC) divulgou vídeo em suas redes sociais nesta terça-feira, 12, para falar pela primeira vez sobre a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

 Autodeclarado “maior adversário de Dino no Maranhão”, Lahésio chama o ministro de fraude e perseguidor, e diz que esta perseguição durante o governo do ex-comunista o transformou de prefeito da menor cidade do Maranhão em segundo lugar na disputa pelo Governo do Estado.

– Quando o Lula indicou o Flávio Dino ao STF meus amigos ligaram e pediram: “Lahésio fica pianinho, não fala nada, cara, não diz nada”; mas eles sabem da minha essência e sabem que eu não iria ficar calado. Esperei o último segundo para falar com você senador que vai sabatinar esse homem – comentou Lahésio.

O ex-candidato a governador classificou Dino de fraude, e disse que ele tem perfil perseguidor e parcial, o que não condiz com a postura de um ministro do STF.

O ex-candidato a governador se autodeclarou o maior adversário de Flávio Dino no Maranhão

No vídeo, Lahésio lembra que o ministro pregou o extermínio dos Sarney no Maranhão, mas seu governo trouxe de volta o grupo do ex-presidente ao poder.

– Hoje a Roseana dança de alegria com Flávio Dino; o Sarney faz lobby com vocês [senadores]; hoje o adversário dele aqui sou eu – afirmou o ex-candidato, referindo-se ao vídeo da ex-governadora que virou meme nas redes sociais.

Além de questionar a imparcialidade de Flávio Dino, Lahésio também mostrou o fracasso do ex-comunista como governador, destacando o aumento da miséria no Maranhão nos quase oito anos de mandato.

O vídeo de Lahésio Bonfim foi encaminhado aos senadores e a membros da imprensa que cobrem Brasília.

a sabatina de Flávio Dino acontece nesta quarta-feira, 13…

0

Auxiliares de Flávio Dino ainda sem destino no Ministério de Lula…

Jornalista Ricardo Capelli, delegado de polícia civil Jefferson Portela e advogado Diego Galdino são alguns dos maranhenses levados para o governo Lula pelo ministro  Justiça e que agora enfrentam resistência para permanecer na pasta

 

Ricardo Capelli é o principal auxiliar de Flávio Dino no Ministério da Justiça, mas há outros dois maranhense no alto comando da pasta ainda sem rumo definido

O  ainda ministro da Justiça Flávio Dino tem pelo menos três auxiliares levados do Maranhão para postos de alto coturno no Ministério da Justiça.

Além do secretário-executivo do ministério, jornalista Ricardo Capelli, que chegou a ser cotado para substituir Dino – em caso de aprovação do seu nome no Senado para o Supremo Tribunal Federal – também ocupam postos ligados diretamente ao ex-governador o advogado Diego Galdino e o delegado de Polícia Civil Jefferson Portela.

A Justiça deve ser comandada pelo ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, que tem dito exigir autonomia para montar sua equipe, embora mostre muito boa relação com o próprio Dino.

O atual titular da pasta pode tanto articular a manutenção dos seus aliados com Lewandowski como também levar alguns deles para compor seu corpo de auxiliares, caso se torne ministro do Supremo.

No STF, Flávio Dino terá direito entre 25 e 30 assessores diretos, dentre os quais o chefe de gabinete, oito assessores jurídicos e dois assistentes judiciários, além dos cargos comissionados de outras áreas; do total de servidores à disposição do gabinete, apenas três precisam ser do corpo técnico do próprio Supremo.

Flávio Dino pode levar com ele qualquer servidor cedido por outros setores da administração pública.

Ou mesmo auxiliares sem vínculos com o serviço público…

0

A era pós-Dino: o peso de Eduardo Braide em 2026…

Favorito nas eleições de 2024, prefeito de São Luís pode se consolidar como liderança popular na capital maranhense, mas ainda carece de grupo político, de partidos fortes e de relação mais próxima com a classe política se quiser ter influência na sucessão do governador Carlos Brandão

 

Com a saída de Dino, Braide se torna a figura mais importante do estado depois de Brandão; mas não parecer ter a mesma disposição do governador para agregar

Perfil

A aposentadoria política do ainda ministro da Justiça Flávio Dino vai fazer surgir novas lideranças em todos os níveis no Maranhão. Uma delas, sem dúvida, é o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD).

Favorito para ser reeleito em 2024, Braide já esteve cotado para disputar o Governo do Estado em 2022, mas acabou sem qualquer influência direta no processo eleitoral que resultou na vitória do governador Carlos Brandão (PSB). 

O prefeito tem uma forte relação com a população da capital maranhense, o que lhe garante popularidade nas alturas; este perfil já foi analisado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Um Eduardo Braide da classe política, outro Eduardo Braide da população…”.

A falta de relação mais próxima com a classe política, o desprezo por partidos, parlamentares e lideranças, a difícil relação com a imprensa alimenta o perfil de outsider ainda pretendido pelo prefeito, embora este perfil – de sucesso a virada da década – já tenha se perdeu no timming político nacional.

Braide lidera uma gestão efetiva do ponto de vista administrativo; o resultados de suas ações são vistas em toda a cidade, das áreas chamadas mais nobres à periferia, com foco na zona rural. É um secretariado de técnicos desconhecidos, sem nenhum auxiliar que se mostre tão destacado do ponto de vista político quanto o próprio prefeito.

O próprio Eduardo Braide alimenta este traço de sua gestão.

Este modelo político, na verdade, é o mesmo do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), com a diferença de que o atual prefeito tem menos carisma pessoal; de difícil acesso, embora afável no trato, pouco afeito a reuniões sociais ou eventos políticos, Edivaldo não construiu base política necessária para a pós-gestão, e o resultado está aí, na atualidade.

O ex-prefeito foi esquecido pelo mesmo povo com quem convivia em suas andanças, deu as costas para o grupo político que o elegeu duas vezes e amargou um retumbante fracasso nas eleições de 2022; hoje, sua popularidade é só um arremedo do que era há três anos atrás e é rejeitado por partidos.

Ainda em 2018, após importante desempenho nas eleições municipais de 2016 – que o alçou ao patamar de liderança política em São Luís – o atual prefeito foi analisado por este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Os caminhos de Eduardo Braide…”.

– Alçado à condição de pré-candidato a governador por conta do recall das eleições de 2016, Braide tem a situação considerada difícil por que não tem partido com tempo na propaganda e com bancada para assegurar sua participação em eventuais debates – analisava o blog, já naquela época.

Eduardo Braide também deve ter pretensões de voos mais altos em política, seja em 2026 ou mais para frente.

Para isso, no entanto, é fundamental que construa uma base política sólida e um grupo que esteja disposto a quebrar lanças por ele no pós-prefeitura.

Caso contrário, pode se transformar no que são hoje Conceição Andrade, Tadeu Palácio e o próprio Edivaldo Júnior.

Simples assim…

0

Flávio Dino trabalha por, no mínimo, 2/3 dos votos do Senado

Ao menos 54 senadores devem votar a favor da indicação do ainda ministro da Justiça para o Supremo Tribunal Federal. Para isso, o maranhense conta com uma rede de apoio que envolve desde os colegas da bancada estadual – Weverton Rocha, Eliziane Gama e Ana Paula Lobato – até lideranças de peso nacional, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e  José Sarney

 

Indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino montou uma rede de apoio interna e externa ao Senado para quebrar a resistência ao seu nome

Os aliados do ministro da Justiça Flávio Dino querem superar a casa dos 60 votos no Senado para garantir sua aprovação para o Supremo Tribunal Federal; a um dia da sabatina que irá definir seu futuro, Dino já conta com 2/3 dos votos, o que representa o apoio de 54 senadores.

Para alcançar uma quantidade significativa de votos, Dino conta com a articulação direta da bancada maranhense, capitaneada pelos senadores Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PSD) e Ana Paula Lobato (PSB); mas ele conta também com o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Dino mobilizou um verdadeiro batalhão de apoiadores interna e externamente ao Senado; gente do peso dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso.

Seu objetivo até esta quarta-feira, 13, é mitigar ao máximo as resistências e superar a casa dos 60 votos, o que seria uma vitória pessoal diante da resistência inicial ao seu nome.

A sabatina de Dino na CCJ foi marcada no mesmo dia e horário da que vai analisar a indicação de Paulo Gonet Brando para a procuradoria-Geral da República, também como estratégia para minimizar o impacto da audiência.

A votação no plenário deve ocorrer logo após a sabatina na CCJ…