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Eliziane Gama critica desserviço de militares à democracia

Líder do Cidadania no Senado criticou a declaração do ministro da Secretaria de Governo, general de Exército Luiz Eduardo Ramos, e viu como ameaça institucional as declarações do militar dadas em entrevista à revista Veja

 

Eliziane Gama vê riscos à democracia com o insistentes “recados” dos generais às instituições democráticas do Brasil

A senadora Eliziane Gama, líder do Cidadania no Senado, viu com preocupação a entrevista do ministro da Secretaria de Governo, general de Exército Luiz Eduardo Ramos à revista Veja.

Na entrevista, o militar fez veladas ameaças à democracia, mantendo o discurso já usado por outros generais ligado ao governo Jair Bolsonaro.

Para Eliziane, Ramos “mantém o nível de provação institucional característico desse governo”.

– Mais uma vez um militar se presta a um desserviço ao fazer declarações ofensivas e em tom de ameaça – ressaltou a senadora maranhense.

Na entrevista, o general Luiz Eduardo Ramos – que ainda está na ativa no Exército – fez questão de ver os que defendem as instituições democráticas e fazem oposição ao governo Bolsonaro como “o outro lado”; e fez um alerta: “não estiquem a corda”.

Além disso, o ministro ressaltou que os seus comandados “têm a tropa nas mãos” e todos o conhecem e ele conhece a todos.

E garantiu: “Estão prontos a agir se houver ‘necessidade’”, alertando “o outro lado” a “não esticar a corda”.

Apesar de ministro de pasta civil no governo Bolsonaro, general Ramos ainda continua na ativa no Exército, o que torna mais grave às suas declarações à Veja

Para Eliziane Gama, o general do Exército atentou contra a democracia.

– O termo “esticar a corda” é atentar contra a democracia. Não é o general Ramos que vai dizer como a oposição e os freios e contrapesos do Estado democrático terão que funcionar. Para isso, já há regras e estão na constituição – afirmou a parlamentar.

A entrevista do general repercutiu negativamente entre os próprios militares, na classe política e nas instituições que atuam na defesa da democracia.

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Filhos de Bolsonaro vão manipular comunicações, diz Gastão Vieira…

Deputado federal maranhense avalia que o colega Fábio Farias, escolhido para comandar a nova pasta criada pelo presidente, será uma mera peça a ser movida por 01, 02 e 03 no chamado “gabinete do ódio”, agora com sede própria

 

O deputado federal Gastão Vieira (PROS) comentou, nas redes sociais, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de recriar o Ministério das Comunicações.

Segundo Gastão, a medida tem um objetivo claro que é tirar do Palácio do Planalto o “escritório do crime”e evitar uma busca a apreensão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Gastão garante que o ministro escolhido Fábio Farias (PSD-RN) será uma peça movida pelos filhos de Jair Bolsonaro.

“A recriação do Ministério da Comunicação tem um objetivo claro: tirar do Palácio o escritório do crime, e evitar uma busca e apreensão do STF, no lugar de trabalho do presidente da República. O deputado Fabio Farias nada fará será uma peça a ser movida pelos filhos do presidente da República”, disse.

“Conhecido por ser namorado da Adriana Galisteu agora é genro do Silvio Santos. Vai administrar uma baba de dinheiro do Fust e Fistel, dinheiro que serve para levar internet para as escolas. Dinheiro que a educação nunca conseguiu usar”, finalizou.

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Gastão Vieira e Gil Cutrim assinam sugestões econômicas a Bolsonaro

Grupo Câmara Viva é formado por 18 deputados federais e encaminhou ao governo Bolsonaro 20 sugestões para aperfeiçoar as medidas econômicas de combate à pandemia de coronavírus

 

Gastão Vieira acompanha virtualmente reunião o grupo Câmara Viva

O grupo Câmara Viva, formado por 18 deputados federais, encaminhou ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, uma carta com 20 sugestões para aperfeiçoar as medidas econômicas de combate à pandemia de covid-19. O documento analisa as seis principais medidas apresentadas pelo governo federal, lista os entraves encontrados durante sua execução e elabora sugestões técnicas.

Os deputados maranhenses Gil Cutrim (PDT) e Gastão Vieira (MDB) compõem o grupo.

Formado por parlamentares de diferentes matizes ideológicas, o grupo se debruçou sobre as seguintes medidas: Auxílio Emergencial; Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE); Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); MPV 927 (flexibilização das relações trabalhistas); MPV 936 (suspensão de contrato e redução salarial); e as medidas do Banco Central.

Para o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), é preciso dar mais agilidade às medidas para alcançar um número maior de trabalhadores e empreendedores. “O longo prazo para análise dos pedidos de auxílio emergencial e a burocracia para acesso ao crédito destinado a microempreendedores são alguns dos exemplos de boas iniciativas que travaram no momento da execução”, pondera o parlamentar.

Um dos trechos da carta ressalta que o intuito do grupo Câmara Viva é “contribuir para o sucesso das ações propostas”. “Elaboradas em parceria com especialistas e envolvendo 18 parlamentares de diferentes partidos e ideologias, as propostas de aperfeiçoamento têm como único objetivo a busca por soluções para os entraves que afetam a vida de milhões de brasileiros”, continua o documento.

Assinam a carta os seguintes parlamentares: Christino Aureo (PP-RJ), Eduardo Cury (PSDB-SP), Enrico Misasi (PV-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES), Flávia Arruda (PR-DF), Gastão Vieira (PROS-MA), Gil Cutrim (PDT-MA), João H. Campos (PSB-PE), Lafayette Andrada (Republicanos-MG), Marcelo Calero (Cidadania-RJ), Marcelo Ramos (PL-AM), Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), Pedro Paulo (DEM-RJ), Professor Israel (PV-DF), Raul Henry (MDB-PE), Rubens Bueno (Cidadania-PR), Tabata Amaral (PDT-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG).

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Como viver em um país assim…

Com ministro do Meio Ambiente que prega a destruição do Meio Ambiente, ignorante no comando da Educação e auxiliar negro que odeia negro o clima no Brasil é cada vez mais beligerante; e o afastamento da oposição pelo medo abre espaço para o absolutismo

 

Os generais estão diariamente no pé-de-ouvido de Bolsonaro, embora mantenham um discurso diferente no trato com a opinião pública

Editorial

O país vive o pior momento cultural de sua história, com retrocessos a passos rápidos em todos os setores da sociedade.

É ministro do Meio Ambiente que prega a destruição do meio ambiente, um ignorante no comando da Educação e negro que odeia negro.

Diante deste paradoxo institucional, o Brasil virou uma praça de guerra ideológica e a redes sociais se transformaram em um campo de lutas intelectuais sobre costumes, religião, sociedade…

Mas pelo que se vê da reação de líderes da oposição e de pensadores da esquerda – de pregar o afastamento da oposição das ruas – o bolsonarismo parece ter vencido a batalha.

Gerar medo na oposição, fazendo-a recuar, e impondo o açoite aos que insistissem em gritar contra os desmandos e absurdos, foi o primeiro passo da ditadura militar para se implantar no país.

Sem contraponto nas ruas, os militares venderam a ideia de que tinham o apoio das massas, passo fundamental para a cassação do Congresso e extinção do Judiciário, que, para não sucumbir, acabou também apoiando o golpe.

Os boçais nomeados por Bolsonaro têm o objetivo de gerar raiva na população, criando o clima de divisão desejado pelo governo

Nomear boçais escolhidos a dedo em seu ministério foi a forma que Bolsonaro encontrou para provocar reações, que gerariam, mais ações absurdas, até criar o clima de guerra civil nas ruas.

Como viver em um país assim? Impossível.

E o recuo da oposição, por medo, resultará em um país pior ainda…

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Sobre fascismo, totalitarismo e bolsonarismo…

Debate – ainda que pueril – sobre características do presidente brasileiro supostamente alinhadas ao movimento surgido na Itália de Benito Mussolini ganhou as ruas e as redes sociais de forma mais intensa nas últimas semanas, embora boa parte dos que se declaram “antifas” sequer saiba explicar o contexto histórico daquilo que combatem

 

As ações, o gestual, as falas e as ideias do presidente Jair Bolsonaro são cada vez mais alinhadas ao movimento fascista que dominou a Europa na primeira metade do século XX

Ensaio

Os termos “antifas” e “antifascistas” viraram memes de internet no Brasil nas últimas semanas, com banners, flyer’s  e templates usados em profusão por políticos, intelectuais, artistas, jornalistas e uma massa de seguidores nas principais redes sociais do Brasil.

O movimento – que tem como alvo principal o governo Jair Bolsonaro – é forte, embora pueril e reducionista na discussão sobre o conceito do fascismo histórico e sua influência no mundo na primeira metade do século XX.

Mesmo com seu aparente vazio ideológico, Jair  Bolsonaro vem sendo taxado de fascista desde as eleições de 2018. Mas, se há vazio ideológico em Bolsonaro, como ele pode ser apontado como fascista?

Em “Liderança Democrática e manipulação de Massas”, o sociólogo alemão Teodore Adorno (1903/1969) inicia essa resposta.

Basta relacionar seu pensamento à eleição do presidente, em 2018.  

– Consideremos a surpreendente ingenuidade política de um grande número de pessoas – de nenhum modo apenas as sem-educação. Os programas, plataformas e slogans [autoritários] são aceitos pelo seu valor de face; julgados pelo que parece ser seu mérito imediato – afirma Adorno. (Saiba mais aqui) 

A visão do intelectual alemão – que também tratou dos regimes totalitários na primeira metade do século XX, responderia uma primeira questão, também já abordada em diversos artigos neste blog: a vitória eleitoral proto-democrática de Bolsonaro.

Mas continuaria a dúvida: os aspectos de sua vitória em 2018 faz de Bolsonaro um fascista? 

Essa dúvida se dá por causa da banalização da própria palavra “fascista”.

– Por exemplo, tornou-se banal chamar de fascistas pessoas que cometeram atos machistas, racistas, e até mesmo moral, política e economicamente ilícitos, todavia não menos criticáveis. Como podemos ver, o atual e indevido uso do conceito fascismo implica injustiça – critica o filósofo e pesquisador em economia política da Universidade federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Rafael Silva. (Leia mais aqui)

Bolsonaro é machista, racista, politica e moralmente ilícito.

Mas seria ele fascista?

Apesar de subestimado em sua força de expansão internacional pelos observadores da época, Benito Mussolini influenciou o nacional socialismo de Hitler

Melhor do que qualquer outro, é deixar a filósofa alemã Hannah Arendt (1906/1975), que sofreu, conviveu e combateu o totalitarismo, sintetizar a definição de um fascista.

– Num dado sistema governamental o qual uma minoria lunática se instala, ocupando-se tanto de cargos políticos quanto tomando conta das referências morais e intelectuais, juízos morais tomam interpretações irrefletidas e disformes. (…) diligenciando-se a fixar seus próprios métodos, teses e pensamentos, supostamente superiores intelectualmente. Desta forma, desfigura-se as noções de valores morais, delimita-se o pensamento vigente, depaupera-se a cultura e deforma-se o caráter dos indivíduos em tropel – escreveu Arendt, em “A Condição Humana”. 

Detalhe: Arendt nem considerava o fascismo italiano como totalitarista, mas apenas o nazismo alemão e o stalinismo russo. (Entenda aqui)

Diante do exposto, se dúvida houver quanto ao fascismo de Bolsonaro, responde-se com a atual e moderna conceituação acadêmica.

 – O Fascismo é uma ideologia de culto à violência, anticomunista, contrária aos movimentos de modernização e democratização dos costumes e da sociedade – explica o professor Titular de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas, Armando Boito Júnior. (Leia a íntegra aqui)

Bolsonaro é anticomunista, resiste à democratização e modernização da sociedade brasileira, prega a violência, buscando armar a população, pregando o ódio.

Não há dúvida, portanto, de que Bolsonaro seja um fascista…

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Sinais de nazismo cada vez mais claros entre os bolsomínions

Da referência ao copo de leite do presidente, na quinta-feira, 28, passando pela marcha das tochas, liderada por Sara Winter até o desfile a cavalo na manhã de domingo, ficam cada vez mais fortes as referências a Hitler e a Mussolini nas ações do presidente e de seus aliados

 

A live com o copo de leite – no mesmo dia em que eclodiram manifestações anti-racistas nos EUA – foi simbólico para as pretensões bolsonaristas

De uma hora para outra – e em meio à guerra civil nos Estados Unidos fruto do assassinato de um negro por um policial branco – o presidente Jair Bolsonaro aparece, na quinta-feira, 8, em transmissão na internet segurando um copo de leite.

A reação foi imediata, mas seus apoiadores trataram de negar as referências simbólicas à supremacia branca, o que caiu por terra no dia seguinte, quando o blogueiro Allan dos Santos fez o mesmo gesto com o copo de leite seguido da expressão “entendedores entenderão”.

No mundo inteiro, apologia ao nazismo ou uso de seus símbolos é considerado crime; para fugir às punições legais, os neonazistas trataram de criar uma simbologia cifrada, perceptível apenas aos que seguem os postulados de Hitler. (Saiba mais aqui)

A marcha das tochas de Sara Winter, que usa o nome, coincidentemente, de uma das maiores defensoras do nazismo na história

Na noite de sábado foi a vez da militante Sara Winter desfilar por Brasília acompanhada de um grupo com tochas, nos moldes dos nazistas.

E na manhã de domingo o próprio Bolsonaro volta à cena, agora montado em um cavalo, outra referência clara aos desfiles nazistas, fascistas e imperais.

São sinais, muitos sinais.

Bolsonaro a cavalo saudando os seus “súditos” na manhã de domingo, em Brasília; referências subliminares aos impérios

As mensagens cifradas e subliminares do fascismo e do nazismo em terras tupiniquins levou a uma mensagem do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, aos seus pares, no fim de semana. 

– É preciso resistir à destruição da ordem democrática para evitar o que ocorreu na República de Weimar, quando Hitler, após eleito por voto popular (…) não hesitou em romper e em nulificar (…) a Constituição, impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição, em março de 1933, da Lei (nazista) de Concessão de Plenos Poderes (ou Lei Habilitante) que lhe permitiu legislar sem a intervenção do Parlamento germânico! – alertou Mello.

O próprio ministro fez referência à defesa de uma intervenção militar por grupos bosonaristas como risco claro da vola de uma ditadura militar ao Brasil. 

– “Intervenção militar”, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, nada mais significa, na novilíngua bolsonarista, senão a instauração, no Brasil, de uma desprezível e abjeta diradura militar – desabafou o ministro. 

São sinais; muitos sinais…

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Deputado pede investigação de suposto ato neonazista em São Luís…

Dr. Yglésio encaminhou ofício à Procuradoria-geral de Justiça denunciando o blogueiro de direita que usou símbolos cifrados e fez gesto de saudação`a Adolf Hitler, numa brincadeira sem graça nas redes sociais

 

Ricardo Santos e sua tentativa de fazer gracinha na internet pode custar-lhes uma dor de cabeça na Justiça

O deputado estadual Dr. Yglésio encaminhou à Procuradoria-Geral de Justiça Ofício em que pede abertura de investigação contra o blogueiro Ricardo Santos, por apologia ao nazismo, crime previsto em Lei Federal.

Ex-radical comunista, ex-punk, Santos é hoje um dos radicais de direita alinhados ao projeto de poder de Jair Bolsonaro, embora nenhuma relação tenha com o presidente ou sua família.

Diante do forte debate nacional sobre o uso cifrado de símbolos neonazistas por apoiadores de Bolsonaro, o blogueiro tentou fazer gracinha em seu perfil no Twitter, posando com caixa de leite e fazendo o gesto de saudação a Hitler.

Os gestos – ainda que inocentes, por sátira, ironia ou deboche – estão previstos nos Artigos 20 e 287 da Lei Federal 7.716/89.

Pela gracinha, Ricardo Santos foi ridicularizado até por bolsomínions.

E ainda vai ter que se explicar ao Ministério Público…

Veja abaixo a representação do deputado Dr. Yglésio:

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Os passos do golpe que resultou em Jair Bolsonaro…

Resultado direto da ruptura democrática de 2013, o momento político do Brasil foi construído também por culpa das instituições democráticas – entre elas o próprio Supremo Tribunal Federal; e pode culminar em nova ruptura, desta feita com o presidente à frente, ao lado da família e de seus militares

Antes mais comedidos, os generais aliados a Bolsonaro estão cada vez mais soltos para dar opinião e fazer ameaças abertas às instituições democráticas

Editorial

Ainda em junho de 2013, quando as manifestações contra o então governo Dilma Rousseff (PT) eclodiam pelo país, o blog Marco Aurélio D’Eça publicava o post “Protestos e golpe militar…”.

O texto lembrava que a turba tinha como parâmetro nos protestos o canto do hino nacional e a extinção dos partidos políticos; e lembrava também a crescente criação de grupos paramilitares e abertamente anticomunistas nas redes sociais.

– A cada dia que as movimentações acontecem, misturam-se cada vez mais as ideologias. E quem não está preparado, acaba se deixando levar por qualquer letra que lê, sem entender a real intenção – ponderou o blog, à época.

Foi assim em 2013: com apoio da mídia, de empresários e até de setores do Judiciário, a massa popular foi levada à rua pelo impeachment de Dilma

Como já se sabe, o movimento cresceu, ganhou o Congresso e Dilma foi cassada, em uma ruptura democrática envolvendo também o Supremo Tribunal Federal, contada neste blog em dois momentos distintos da história recente:

Primeiro, em 2016, com o post “O risco iminente de um golpe do Judiciário…”

Depois, já em janeiro de 2018 – após cassação de Dilma e condenação de Lula – com o post “A mãe de todos os golpes…”, em que sentencia, já em seu enunciado:

– Numa orquestração envolvendo o capital, altas instâncias do Judiciário e o imperialismo ianque, com a complacente anuência do rebanho tangido pela mídia quatrocentona, o ex-presidente Lula senta no banco dos réus em um julgamento onde a única condenação desejada é a ausência dele das eleições de outubro.

Quatro meses depois, em abril de 2018 – com Lula já preso – o blog Marco Aurélio D’Eça voltou ao tema, com o post “As três fases do golpe no Brasil…”, em que fazia o levantamento histórico da crise desde 2013 e apontava para uma ruptura, que acabou levando Jair Bolsonaro e sua família ao poder.

A prisão de Lula e seu afastamento das eleições consolidou o golpe de 2013, mas algo deu errado, o projeto não vingou e resultou em Jair Bolsonaro, que agora ensaia novo golpe

De lá para cá, este blog tem alertado que o golpe orquestrado em 2013 para apear a esquerda do poder resultará fatalmente em um novo golpe, este com resultados ainda mais duros – e de difícil reversão em curto prazo.

Isto ficou claro por todo o ano de 2019, com o presidente Jair Bolsonaro insuflando as massas contra as instituições democráticas; fatos que foram condensados pelo blog no dia 31 de outubro, no post “Riscos de golpe cada vez mais acentuados no Brasil…”

– Desde o início do governo, agentes bolsonaristas, como Olavo de Carvalho, e os próprios filhos do presidente, pregam o que chamam de “ruptura” com as instituições, ameaçam fechar o Congresso e banir partidos de esquerda – afirmou o blog.

Jair Bolsonaro e o filho, Eduardo, têm falado cada vez mais em ruptura e ameaçado adversários, imprensa e instituições, que parecem assustadas

No mesmo dia, outro texto do blog Marco Aurélio D’Eça reforçava a ideia de ruptura – agora com a fala do filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro – sob o título “Eduardo Bolsonaro confirma intenção de golpe de estado…”

A fala de Eduardo Bolsonaro defendendo um novo AI-5, gerou um alerta do ex-presidente José Sarney, que percebeu o risco iminente de golpe.

– Presidi a Transição Democrática, que convocou a Constituinte e fez a Constituição de 1988. Sua primeira cláusula pétrea é o regime democrático. Lamento que um parlamentar, que começa seu mandato jurando a Constituição, sugira, em algum momento, tentar violá-la – posicionou-se o ex-presidente.

Mas os Bolsonaro não pararam.

em 2020, a pandemia de coronavírus expôs o despreparo do presidente na condução do país, mas trouxe também o esgarçamento na relação entre os poderes.

E ontem, o deputado Eduardo Bolsonaro voltou a falar em ruptura.

– Não é mais uma opinião de “se”, mas de “quando” isso vai ocorrer. Essas reuniões aqui que o Allan está falando de altas autoridades, até mesmo de dentro de setores políticos, a gente discute esse tipo de coisa – afirmou.  (Entenda aqui)

Copartícipe do golpe de 2013, por ação ou por omissão, STF agora se vê acuado, diante de ameaças cada vez maiores às suas prerrogativas

E este risco de ruptura ficou ainda mais claro, não na fala autoritária de Bolsonaro, mas no Habeas Corpus do ministro da Justiça, André Mendonça, em favor de outros ministros e de aliados investigados na operação Fake News. (Entenda aqui)

O HC governista tem um objetivo:  encurralar os ministros do Supremo Tribunal Federal, que fatalmente tendem a negar o inconstitucional pedido.

Negando, justificarão a reação de Bolsonaro e seu governo.

E a reação é o golpe; ou ruptura, como chamam os bolsonaristas.

Simples assim…

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Abatido, William Bonner traçou cenário pessimista para o jornalismo

 justamente na noite anterior à ação da Polícia Federal para combater as fake news – das quais o jornalista é uma das principais vítimas no país – editor e apresentador do Jornal Nacional mostrou-se extremamente cansado e sem perspectiva na entrevista ao colega Pedro Bial,

 

O abatimento de William Bonner contagiou o entrevistador Pedro Bial, diante do difícil momento em que atravessa o Jornalismo neste período histórico brasileiro

Poucas horas antes do início da operação da Polícia Federal que pilhou um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro envolvidos na disseminação de fake news, a imprensa brasileira viveu um momento de desilusão.

Âncora do principal programa jornalístico do país, o editor e apresentador do Jornal Nacional, William Bonrer, mostrou-se abatido, desiludido e pessimista quanto ao futuro da relação entre imprensa e população.

Entrevistado pelo colega Pedro Bial, Bonner deu sinais de cansaço e expressou um abatimento nunca visto em seu perfil.

– Minha quarentena, eu diria, começou no último ano eleitoral, em 2018. Em 2018, a polarização política chegou a um ponto em que a minha presença em determinados locais públicos era motivadora de tensões. Percebi isso de uma maneira muito ruim, era dentro de farmácias, livrarias, ou mesmo na rua, na calçada. Dentro de padaria, de cinema… – lamentou o jornalista.

Curiosamente, a entrevista de Bonner a Bial se deu na madrugada anterior à ação da Polícia Federal contra as fake news. O apresentador do Jornal Nacional é uma das principais vítimas de pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro, muitas delas alvos da operação desta quarta-feira, 27. (Saiba mais aqui)

Para Bonner, o jornalismo vive um dos seus piores momentos, vítima da intolerância político-ideológica e religiosa que se implantou no país.

Mas ele entende que isso ocorre em sua vida por representar um símbolo.

– Eu não falo só de mim, falo de toda uma categoria profissional. Óbvio que eu tenho consciência de que eu sou um símbolo. O que para nós foi o Cid Moreira, eu sou hoje para alguns tantos milhões de brasileiros. Se eu sou o JN, eu sou o jornalismo da Globo, sou a Globo, sou o jornalismo, sou a mídia. Eu simbolizo muitas coisas para muitas pessoas que não me conhecem. Não sabem quem eu sou – desabafou.

A crise entre a política e a imprensa – que se reflete nas ruas, com antagonistas ideológicos indo às visa de fato – levou alguns dos principais veículos, entre eles, a própria Rede Globo, a retirar seus profissionais da cobertura diária do Palácio do Planalto, onde  turbas bolsonaristas os hostilizam diariamente.

Ao ser apresentado por Bial a uma reportagem – de 2006 – em que gravou o JN ao lado do povo, em Juazeiro do Norte, e perguntado pelo colega se achava que isso seria possível novamente, o jornalista da Globo foi direto:

– Acho que não…

Sobretudo em ambiente de extremo fascismo em que o Brasil está mergulhado, completa o blog Marco Aurélio D’Eça.

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Eliziane cobra urgência no auxílio contra pandemia a estados e municípios

Senadora maranhense diz que o presidente Jair Bolsonaro demora demais para liberar esses recursos, enquanto a doença vai se alastrando pelo interior, ameaçando de colapso no sistema de saúde

 

Eliziane tem atuado junto ás bancadas para pressionar pela sanção do presidente ao projeto de auxílio emergencial a estados e municípios

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) voltou a cobrar em suas redes sociais, nesta terça-feira, 26, urgência na liberação de recursos para estados e municípios usarem no combate à pandemia de coronavírus.

– O presidente está demorando demais para liberar esses recursos. A doença já se alastrou pelo interior do país e a demora na sanção deixa milhares de brasileiros vulneráveis – ressaltou a parlamentar.

O auxílio para estados e municípios oi aprovado ainda em abril, mas o presidente Jair Bolsonaro nunca sancionou a proposta.

– Lá na base, os prefeitos estão fazendo um gigante esforço pra evitar o colapso do sistema – ressaltou a senadora.

No Maranhão, é cada vez maior o número de contaminados pela coVID-19.

E falta recursos nas prefeituras…