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Bancos viram foco de risco para o coronavírus no Maranhão…

Aglomerações nas portas das agências bancárias aumentam ameaça de proliferação do coronavírus, situação que tende a aumentar ainda mais com o pagamento dos recursos liberados pelo governo Jair Bolsonaro

 

Em meio à pandemia do coronavírus e ao isolamento social, as agências bancárias estão se transformando no principal foco de proliferação da CoVID-19. 

As longas filas e aglomerações nas portas de bancos – sobretudo os bancos oficiais, como Caixa Econômica e Banco do Brasil – põem em risco todo o trabalho feito para conter a pandemia.

Desde o início das regras de isolamento social os bancos se tornaram uma espécie de foco do coronavírus, sobretudo pela incapacidade, e desinteresse, de controle das pessoas que vão às agências.

Mas a situação piorou muito com a liberação do coronavoucher, o abono de R$ 600,00 distribuídos pelo governo a trabalhadores informações. (Veja os vídeos que ilustram este post)

Além das filas quilométricas em agências da Caixa Econômica, as pessoas se aglomeram em grupos,a traídos por vendedores de lanches e ambulantes de toda sorte.

A situação pode levar à proliferação mais rápida da CoVID-19.

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Bolsonaro agora tenta isolar Mandetta para forçar saída do ministro

Titular da pasta da saúde foi excluído de grupos de trabalho para enfrentamento da crise econômica resultante da pandemia de coronavírus e passou a ser criticado abertamente por colegas de ministério

 

Ministro Mandetta deve enfrentar clima hostil no próprio ministério de Bolsonaro, com objetivo de forçar sua saída

Temendo a repercussão negativa de uma eventual demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro agora utiliza outra estratégia: forçar o ministro a pedir para sair.

Para constranger Mandetta, colegas de ministério passaram a criticá-lo abertamente na imprensa, sobretudo após entrevista de domingo, no programa Fantástico, da Rede Globo.

Bolsonaro quer esvaziar o ministro e criar um ambiente insuportável para ele no governo.

Numa ação mais efetiva, o chefe da Casa Civil, general Braga Netto, decidiu excluir o Ministério da Saúde do grupo de trabalho criado para projetar a recuperação econômica do país durante a pandemia de coronavírus.

Isolado, sem participação efetiva no governo e com clima ruim entre os ministros, Bolsonaro entende que Mandetta será obrigado a pedir demissão, o que isentaria o governo de desgaste.

Resta saber se o ministro irá resistir no cargo até o fim da pandemia…

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Governo Bolsonaro conspira contra governadores..

Conversas entre o ministro Onyx Lorenzoni e o deputado Osmar Terra mostram que o núcleo mais próximo do presidente detesta as ações de Henrique Mandetta, tenta conspirar para afrouxar o isolamento nos estados e até faz estimativas sobre mortes no Brasil

 

Bolsonaro entre Onyx Lorenzoni e Osmar Terra: conspiração contra o isolamento social e estimativa de mortos no Brasil pela CoVID-19

A conversa vazada em reportagem da rede CNN Brasil – que mostrou diálogo entre o ministro Onyx Lorenzoni e o líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, Osmar Terra – é o exemplo acabado da conspiração que o presidente lidera contra as ações de combate ao coronavírus no Brasil.

Na conversa, captada pelo jornalista Caio Junqueira, Lorenzoni revela aspectos do que ocorreu na reunião em que o colega da Saúde, Luiz Henrique Mandetta seria exonerado, e ouve deboches de Terra contra Mandetta.

– Ele [Mandetta] não tem compromisso com nada que o Bolsonaro está fazendo. Eu acho que (Bolsonaro) deveria ter arcado [com as consequências de uma demissão]… – diz Lorenzoni.

– Ele se acha – respondeu Terra.

 O mais grave, no entanto, é a conspiração que o governo tenta, usando governadores, para afrouxar as regras de isolamento social impostas nos estados.

Segundo Osmar Terra, Bolsonaro aposta no governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para o afrouxamento das regras. Na avaliação de  Terra – que almeja o cargo de Mandetta – se Rocha afrouxar, a tendencia é que os demais governadores também afrouxem.

Na conversa, eles calculam, inclusive, que as mortes no Brasil fiquem entre 3 mil e 4 mil.

Para o núcleo duro do governo, portanto, é fundamental derrotar a ideia de isolamento social para salvar o próprio presidente.

Pouco importa quantas pessoas morram por causa disso…

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Em deboche contra o país, Bolsonaro quebra regras em Brasília..

Presidente sai mais uma vez às ruas causando aglomerações, cumprimenta idosa após limpara o nariz e come em plena padaria, todos atos proibidos pelas regras do isolamento social impostas pelo seu próprio governo

 

Bolsonaro esfrega o nariz e depois cumprimenta, criminosamente, uma idosa em Brasília, me plena pandemia do coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro voltou nesta sexta-feira, 10, a agredir o país com suas ações contra as determinações de isolamento criadas pelo seu próprio governo.

Ele voltou a andar pelas comunidades de Brasília, gerando aglomerações, e cometeu num ato gravíssimo do ponto de vista das regras sanitárias impostas ao país neste período de pandemia de coronavírus: cumprimentou uma idosa mesmo depois de limpara o nariz.

As regras impostas pelo seu próprio governo proíbe aglomerações; e proíbe muito mais o contato físico, sobretudo com idosos.

Após cometer o crime contra a saúde pública, o presidente voltou a afrontar as regras da quarentena, ao lanchar em plena padaria mesmo com a proibição de venda para consumo interno nos comércios.

As atitudes de Bolsonaro são recorrentes e mostram cada vez mais suas intenções de desmoralizar o combate ao coronavírus no Brasil.

Em outro crime contra o país…

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O triste destino do ministro Henrique Mandetta…

Eficiente nas ações contra o coronavírus no Brasil, ministro da Saúde ganhou a antipatia do tresloucado presidente Jair Bolsonaro que já acenou, em pelo menos duas oportunidades, substituí-lo, o que pode ocorrer antes mesmo de a pandemia passar

 

Bolsonaro começou a fritar Mandetta assim que percebeu ele se destacar mais à frente da crise do coronavírus

Se o presidente Jair Bolsonaro agir como Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, está com os dias contados à frente da pasta.

E seu único erro foi ser eficiente e  efetivo no combate à pandemia do coronavírus.

Enciumado com o sucesso do ministro – e diante da decadência da própria imagem como líder do país – o tresloucado Bolsonaro já acenou em pelo menos duas oportunidades que deve substituir Mandetta ao fim da pandemia.

Pior: essa demissão pode ocorrer antes mesmo de a crise do coronavírus passar.

Bolsonaro viu sua imagem virar caricatura no Brasil e no mundo com a defesa de ações arriscadas e de posições até perigosas diante da crise, enquanto Madetta se manteve firme na defesa das restrições sociais.

Desde que perdeu a guerra para o ex-ministro, tendo que recolher suas bobagens e aceitar o isolamento, o presidente passou a ter o ministro como alvo.

e sua vingança será demiti-lo da Saúde mais cedo ou mais tarde.

É Bolsonaro sendo Bolsonaro…

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Bolsonaro já prepara expulsão de quilombolas de Alcântara…

Resolução do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro reafirma as “áreas de interesse do Estado” e orienta a Aeronáutica sobre a remoção das famílias quilombolas do seu território ancestral, com objetivo de abrigar projetos militares dos Estados Unidos

 

Famílias de quilombolas que deverão ser remanejadas de suas áreas ancestrais para atender a interesses dos Estados Unidos em Alcântara

O governo Jair Bolsonaro aproveitou o foco da população brasileira na pandemia do coronavírus para impor ações já previstas no projeto que cedeu a base de Alcântara aos Estados Unidos.

Editada em 26 de março – em plena convulsão social sobre o isolamento por causa da CoVID-19 – a Resolução nº 11 do comitê, assinada pelo chefe do Gabinete Institucional da presidência, general Augusto Heleno, estabelece no inciso I do seu artigo 6º:

– A execução das mudanças das famílias realocadas, a partir do local onde hoje residem e até o local de suas novas habitações.

A resolução prevê, inclusive, controle militar aos corredores que serão disponibilizados à população para acesso à faixa de litoral da “área de interesse do Estado na Consolidação do Centro Espacial de Alcântara”. (Leia aqui a íntegra da Resolução)  

Os interesses dos EUA em Alcântara imporá às comunidades e demais maranhenses restrições ao acesso ás faixas de litoral do município

O documento do CDPEB fere a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho, que estabelece a realização de consulta prévia às comunidades para qualquer alteração social ou geográfica na área quilombola de Alcântara.

Embora admita a consulta pública em seu artigo 4º, a Resolução do Governo Federal aponta tratar-se de mera formalidade, uma vez que a remoção já está decidida no artigo 6º, inclusive com determinação à Aeronáutica para a remoção das comunidades.

O acordo de salvaguardas entre Brasil e Estados Unidos para exploração da base de Alcântara dá liberdade aos americanos para controlar totalmente a área.

E pelo que se vê na Resolução nº 11, fará da cidade uma zona restrita para ações militares yankees…

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O BBB pós-ascensão do bolsonarismo no Brasil…

Num país em que ganhou força política a defesa de noções e conceitos abjetos – como racismo, machismo e a homofobia – até a votação do popular reality show da Rede Globo se transforma em um intenso debate ideológico

 

Disputa entre Felipe Prior e Manu Gavassi ganha ares de batalha ideológica entre bolsomínions e militantes de esquerda

Editorial

O programa Big Brother Brasil apresenta nesta terça-feira, 31, mais um paredão entre seus participantes, o que não seria nada demais para quem não é fã da atração da Rede Globo.

Mas, em tempos de ascensão do bolsonarismo, a disputa entre o arquiteto Felipe Prior e a cantora e escritora Manu Gavassi se transformou em mais uma batalha ideológica entre militantes da direita e da esquerda brasileiras.

Tanto que a outra emparedada, a digital influencer Mari Gonzalez, passa praticamente despercebida.

Manu Gavassi é a típica feminista empoderada e de posições sociais estridentes contra posturas consideradas fora da ordem mundial. Seu posicionamento despertou a atenção de militantes de esquerda e artistas, entre elas a atriz Bruna Marquezine.

Tanto que ganhou comentário atribuído à popstar americana Taylor Swift, apontando que o seu adversário não representaria os valores reais do povo brasileiro.

– Eu sou definitivamente #ForaPrior pois não posso apoiar alguém como ele, e acho que os valores dele não refletem os valores brasileiros – diz o texto, em inglês, atribuído a Taylor Swift, depois desmentido pelos próprios fãs de Gavassi.

Típico representante das classes mais caraterísticas da base dos bolsomínions, Prior é apontado pelos próprios bolsonaristas como “politicamente incorreto”.

Seus valores incluem de atitudes abertamente machistas, racistas e homofóbicas até a relativização de práticas bizarras, como a pedofilia e a zoofilia. (Saiba mais aqui)

Ele recebe nas redes sociais apoios igualmente típicos do bolsonarismo, como de jogadores de futebol e de astros sertanejos.

Manifestação de Eduardo Bolsonaro sobre BBB 20: defesa dos valores típicos do bolsonarismo representados em Prior

Mas o que chamou atenção foi o comentário de ninguém menos que Eduardo Bolsonaro – logo ele, que chama a Globo de Lixo?!? – em defesa do arquiteto.

– Tem uma militante de esquerda concorrendo com um cara que é politicamente incorreto e ganhou apoio de quem odeia mimimi, muitos jogadores de futebol, por exemplo – ressaltou o 03 do presidente Jair Bolsonaro, logicamente orgulhoso com mais esta pérola do pensamento bolsomínion.

Prior já havia recebido apoio de figuras como Neymar e Felipe Melo.

Mas a manifestação de um dos Bolsonaro-filhos é que pode ter definido o seu futuro no Big Brother Brasil.

Para o bem ou para o mal…

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Sem quarentena, contaminação por CoVID-19 mais que dobraria no MA…

Prognóstico da Secretaria de Saúde aponta também que o número de contaminados atualmente pode ser 10 vezes maior  que o total de casos registrados, o que seria muito pior sem o isolamento social no estado

 

Com as medidas de isolamento social adotadas pelo governo, Maranhão tem número reduzido de contaminação pelo coronavírus

A Secretaria de Saúde e as autoridades do Governo do Estado apresentaram ontem uma nova metodologia de estudo sobre a proliferação do coronavírus no Maranhão.

Além dos números oficiais de contaminados pela CoVID-19 – e agora também o de mortes – são mostrados ainda novos prognósticos.

O primeiro, mostra como estaria a situação no estado caso não tivessem sido adotadas as medidas de restrição contra o coronavírus; a outra aponta para o total de casos não registrados para cada caso diagnosticado pelas autoridades de saúde.

Nesta segunda-feira, 30, por exemplo, quando o número de contaminados chegou a 22, o governador Flávio Dino (PCdoB) usou pela primeira vez o prognóstico para uma situação hipotética, sem barreiras sociais.

– Se não tivéssemos adotado o isolamento social, este total de 22 já seriam, hoje, 58 contaminados – afirmou Dino, durante entrevista coletiva no Palácio do Leões, mostrando a projeção da curva dos casos nas duas situações, com e sem isolamento.

Flávio Dino e seus auxiliares para a área da Saúde atualizaram ontem os números da CoVID-19 no Maranhão

Nesta terça-feira, 31, quando os contaminados já passam dos 30, o prognóstico leva a crer que os maranhenses com CoVID-19 já somariam quase 70 sem o isolamento social.

Flávio Dino apontou também que nesta fase da contaminação – em que o contágio já se dá na própria comunidade e não mais por viagem ou contato com viajantes – existe uma possibilidade de haver 10 contaminados para cada caso registrado oficialmente,

Pela avaliação do governador, é possível que o número de contaminados, hoje, no Maranhão chegue a 310. Há, portanto, um grupo de pessoas sem teste e sem sintomas espalhando o vírus – grupo que somaria mais de 600 casos, não tivessem sido adotadas as medidas de quarentena.

O Governo do Estado desqualifica a defesa do tal isolamento vertical, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro; para Flávio Dino, o termo não existe, representando apenas uma “expressão meramente ideológica”.

O números oficiais do Maranhão mostram que, neste caso, o comunista parece ter razão…

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“Bolsonaro precisa ser contido”, dizem presidenciáveis…

Em documento conjunto divulgado nesta segunda-feira 30, o governador Flávio Dino e os ex-candidatos a presidente Ciro Gomes, Guilherme Boulos e Fernando Haddad pregaram a necessidade de renúncia do presidente

Para os quatro presidenciáveis, Bolsonaro precisa ser contido em seus crimes contra o povo brasileiro

Os pré-candidatos a presidente da República Flávio Dino (PCdoB), Guilherme Boulos (PSOL), Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) emitiram nota nesta segunda-feira, 30, em que pregam a necessidade de de o presidente Jair Bolsonaro ser contido e,m suia ações contra a população do país.

– Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo – afirmam os presidenciáveis.

Na avaliação de Dino, Haddad, Boulos e Gomes, Bolsonaro atrapalha todas as ações no Brasil contra o coronavírus.

– Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países – afirmaram.

Irresponsável, Bolsonaro circulou por Brasília, desrespeitando determinação de quarentena e estimulando bolsomínions à desobediência civil

Para os quatro presidenciáveis, as ações de Bolsonaro forçam o Congresso Nacional a legislar em meio á emergência. Ele pregam também ações conjuntas e coordenadas dos governadores para evitar o caos gerado pela irresponsabilidade do presidente, criticado no mundo inteiro.

Abaixo, a íntegra da nota dos quatro presidenciáveis:

O BRASIL NÃO PODE SER DESTRUÍDO POR BOLSONARO

O Brasil e o mundo enfrentam uma emergência sem precedentes na história moderna, a pandemia do coronavírus, de gravíssimas consequências para a vida humana, a saúde pública e a atividade econômica. Em nosso país a emergência é agravada por um presidente da República irresponsável. Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas.

Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países. Antes mesmo da chegada do vírus, os serviços públicos e a economia brasileira já estavam dramaticamente debilitados pela agenda neoliberal que vem sendo imposta ao país. Neste momento é preciso mobilizar, sem limites, todos os recursos públicos necessários para salvar vidas.

Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo.

Ao mesmo tempo, ao contrário de seu governo – que anuncia medidas tardias e erráticas – temos compromisso com o Brasil. Por isso chamamos a unidade das forças políticas populares e democráticas em torno de um Plano de Emergência Nacional para implantar as seguintes ações:

– Manter e qualificar as medidas de redução do contato social enquanto forem necessárias, de acordo com critérios científicos;

– Criação de leitos de UTI provisórios e importação massiva de testes e equipamentos de proteção para profissionais e para a população;

– Implementação urgente da Renda Básica permanente para desempregados e trabalhadores informais, de acordo com o PL aprovado pela Câmara dos Deputados, e com olhar especial aos povos indígenas, quilombolas e aos sem-teto, que estão em maior vulnerabilidade;

– Suspensão da cobrança das tarifas de serviços básicos para os mais pobres enquanto dure a crise;

– Proibição de demissões, com auxílio do Estado no pagamento do salário aos setores mais afetados e socorro em forma de financiamento subsidiado, aos médios, pequenos e micro empresários;

– Regulamentação imediata de tributos sobre grandes fortunas, lucros e dividendos; empréstimo compulsório a ser pago pelos bancos privados e utilização do Tesouro Nacional para arcar com os gastos de saúde e seguro social, além da previsão de revisão seletiva e criteriosa das renunciais fiscais, quando a economia for normalizada.

Frente a um governo que aposta irresponsavelmente no caos social, econômico e político, é obrigação do Congresso Nacional legislar na emergência, para proteger o povo e o país da pandemia. É dever de governadores e prefeitos zelarem pela saúde pública, atuando de forma coordenada, como muitos têm feito de forma louvável. É também obrigação do Ministério Público e do Judiciário deter prontamente as iniciativas criminosas de um Executivo que transgride as garantias constitucionais à vida humana. É dever de todos atuar com responsabilidade e patriotismo. 

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O exemplo da Itália para Bolsonaro e bolsomínions…

Presidente brasileiro estimula campanha que se espalha nas redes sociais pela liberação da circulação de pessoas nas ruas do Brasil, mesmo diante da pandemia de coronavírus; o erro foi cometido no país europeu, que já supera os 8 mil mortos

 

Itália já não consegue controlar a gestão de mortes no país, após achar que a CoVID-19 seria rechaçada mesmo sem controle social

Editorial

Desde que resolveu fazer campanha contra o isolamento social no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro tem levado uma horda de bolsomínions ensandecidos a também pressionar pela liberação da circulação normal de pessoas país a fora.

São empresários, religiosos, jornalistas e gente comum do povo – muitos sem a mínima informação sobre a Covid-19 – que resolveram emparedar governadores e prefeitos a afrouxar a quarentena.

É um erro, que já foi cometido também na Itália.

O país europeu, que virou epicentro da crise do coronavírus na Europa – e hoje já registra mais mortes do que na China – também minimizou os riscos da Covid-19, relativizando o isolamento social.

E pagou um preço altíssimo por isso.

No final de fevereiro, foi lançada em Milão a campanha “#Milãonãopára”, que ganhou as redes sociais e levou milhares a deixar o isolamento em nome da economia. 

Na época, o país europeu tinha 17 casos registrados.  Após o “liberou geral”, viu o número de novos casos chegar a 4,5 mil em apenas um dia. (Saiba mais aqui)

– Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o título #MilãoNãoPara. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado – reconheceu o prefeito de Milão, Giuseppe Sala.

Irresponsavelmente, presidente brasileiro estimula uma onda de pressão pelo ‘libera geral”, incluindo até mesmo deboches à imprensa

A pressão de empresários, jornalistas e até alguns médicos brasileiros tem levado governadores – incluindo o maranhense Flávio Dino (PCdoB) – a cogitar o afrouxamento do isolamento, numa tentativa de resposta mais política do que sanitária. 

Os italianos ensinam a todo mundo:

– Ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus, e aquele era o espírito. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas – lamenta, hoje, o prefeito de Milão.

Esperar entendimento de Bolsonaro e bolsomínions é perda de tempo.

Mas as lições do mundo estão aí para quem quiser ver…