Por Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo
Há mais de uma contradição entre meio e mensagem nas manifestações que tomaram o país. Uma delas foi revelada por reportagem da Folha na última quinta-feira (ver “Jornalismo domina rede social em protestos“).
Nela, levantamento mostra que 80% dos links compartilhados no Twitter com “hashtags” ligadas aos protestos durante o auge do movimento tinham origem na mídia dita tradicional –quer dizer, era conteúdo produzido pela imprensa profissional, levando em conta os preceitos do bom jornalismo.
Ainda de acordo com a pesquisa, páginas ligadas à imprensa no Facebook tiveram o compartilhamento de seu conteúdo pelo menos triplicado.
Ou seja, antes e depois de sair para as ruas para criticar, entre outras centenas de bandeiras, a grande mídia, os manifestantes se informavam por ela, utilizando o trabalho produzido pelo jornalismo profissional para validar ou rejeitar os vários rumores que surgem nas redes sociais.