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Jornalista não é super-herói

Por Luiz Martins da Silva, do Observatório da Imprensa

A todo momento, em algum lugar do planeta, e não estou falando Planeta Diário, o jornal do Clark Kent, um jornalista é morto, amordaçado, preso ou intimidado, mas nem por isso patrões e empregados chegaram em algum lugar a negociar o óbvio: um seguro de valor significativo, e não apenas simbólico, para o profissional no exercício da profissão ou para a família, em caso de morte. Afinal, jornalismo é uma profissão de permanente risco, e não só em se tratando de situações limítrofes, guerras, áreas dominadas pelo crime etc.

O jornalismo padece de uma espécie de “espiral do silêncio”, por mais que existam relatórios de instituições, nacionais e internacionais. De maneira geral, a memória curta é inerente ao noticiário: a manchete de hoje é o esquecimento de alguns dias logo depois, mesmo que a notícia do dia seja a morte do repórter. Exceções: os que viram heróis e mártires, que passam a fazer parte de um panteão de mortos históricos, como o foram Joseph Fucik, na antiga Checoslováquia (torturado e morto pelos nazistas), Vladimir Herzog (torturado e morto pelo regime militar brasileiro pós-64) e Tim Lopes, no Brasil (torturado e morto por narcotraficantes, no Rio de Janeiro).

Definitivamente, jornalista não é super-herói, por mais que as lendas o digam. E, no Brasil, era de se supor que depois do martírio de Tim Lopes, da TV Globo, a lição estivesse aprendida, mas não foi o que aconteceu, pois as baixas se sucedem, das metrópoles aos sertões e, o que é lamentável, sempre caindo no esquecimento – como foi aquele obscuro caso do Décio Sá, no Maranhão, para ficarmos num exemplo mais recente. Mas, em Brasília, quem se lembrará de Mário Eugênio, o radialista que foi executado por policiais, por ter-se tornado desafeto do chefe deles?

(Continue lendo aqui)

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O que teme Evilson Almeida???

Evilson Almeida: marqueteiro “imobiliário” (imagem: Robert Lobato)

São dois textos quilométricos. Os dois tratando do mesmo assunto. Os dois escritos praticamente da mesma forma, com o mesmo conteúdo, mesmos dados técnicos e mesmas informações de bastidores.

Em suma, é o mesmo texto, assinado como produção própria por dois blogueiros de peso na capital maranhense. E o dois textos tentando fazer desagravo ao publicitário Evilson Almeida, que reclama a posse do terreno no Calhau onde a prefeitura iria construir o hospital de urgência e emergência.

Trata-se de uma resposta à denúncia do deputado Neto Evangelista (PSDB) – publicada aqui neste blog – segundo a qual o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) estaria disposto a devolver o terreno a Evilson, como pagamento pela produção de sua campanha publicitária – sem prejuízo de uma de suas empresas ganhar a conta da prefeitura, cujo processo de licitação já está em andamento.

Quem primeiro publicou o texto-defesa do publicitário foi o blogueiro Robert Lobato, no último dia 15, com a seguinte afirmação: “resolvemos, em nome do jornalismo equilibrado, pesquisar e ouvir a outra parte envolvida, advogados, políticos e comunitários sobre o assunto, o que me levou às seguintes conclusões”. 

Dias depois, em 18 de abril, Luis Cardoso também vem com o mesmo texto. E com o mesmo espírito jornalístico incorporado: “Em nome do bom jornalismo, resolvi investigar o assunto, ouvir depoimentos e colher informações que merecem ser conhecidas”.

É impressionante que os dois blogueiros tenham investigado tudo em tão pouco tempo e tenham conseguido exatamente as mesmas informações. E desenvolvido, a partir delas, o mesmo raciocínio.

Coisa de gênio (do jornalismo ou da publicidade?)

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O terreno que o publicitário quer de volta: ora mais valorizado

Os dois blogueiros foram iguais até no relato dos mesmos fatos, desenvolveram o mesmo raciocínio e até na citação do mesmo número de ações sobre o terreno em tramitação na justiça.

Veja um trecho da “investigação” desenvolvida por Robert Lobato: Teimoso, e ainda movido pela “ressaca” da campanha de 2008, o então prefeito João Castelo resolve ordenar a desapropriação, no Altos do Calhau, de duas áreas num total de 10 hectares para implantar um projeto que ocuparia, segundo o projeto, no máximo 2,8 hectares. Em torno de 65% dessa área pertencia a Enter Propaganda, e 35% ao empresário Manoel Dias e Skema Engenharia. (Leia a íntegra aqui)

Agora veja como Luis Cardoso “escreveu” o mesmo enfoque:  As duas áreas desapropriadas pela Prefeitura pertencem, a maior parte à Enter Propaganda e, a outra parte, ao empresário Manoel Dias e Skema Engenharia totalizando quase 10 hectares. Mas o projeto do Hospital de Castelo não pretendia ocupar a área do Sr Manoel Dias/Skema Engenharia. “A Prefeitura ocuparia 16 hectares de área nobre para implantar um projeto de apenas 2,8 hectares”, afirma Almeida. (Leia a íntegra aqui)

Repare que o produtor do texto dos blogueiros teve o cuidado de modificar o texto-base. O que vem como texto corrido em Robert Lobato, é posto como declaração no texto de Cardoso. É comum no jornalismo a modificação de press-releases para que o leitor não fique com a impressão de estar lendo a mesma coisa em vários lugares.

Mas o fato é que o publicitário Evilson Almeida parece com medo.

Se existia um acordo com Holandinha para ele receber de volta o terreno que diz ser seu – agora valorizado pela terraplanagem e obras iniciais realizadas pela prefeitura – ele teme que a opinião pública possa se voltar contra esta possibilidade.

E se existe outro acordo, para que ele “vença” a licitação da Secretaria de Comunicação na Prefeitura de São Luís – já turbinada com mais R$ 5,4 milhões – ele também teme que os setores de fiscalização (Ministério Público, TCE e Polícia)  possam estragar o esquema.

Mas não precisava chegar ao ponto de plantar um texto para tentar se explicar, como se fosse fruto de produção jornalística isenta.

E nem precisava expor os blogueiros a tanto…

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Jornalista por vários dias

Hoje, 07 de abril, comemora-se o dia do jornalista no Brasil. A data refere-se a uma homenagem ao jornalista João Batista Líbero Badaró que, em 22 de novembro de 1830, foi assassinado por inimigos políticos.

Então a Associação Brasileira de Imprensa resolveu instituir o dia 07 de abril como o “Dia do Jornalista”, pois o movimento popular gerado após a morte de Badaró levou Dom Pedro I a reivindicar no dia 07 de abril do ano seguinte.

Mas existem também outras datas que homenageiam todos estes profissionais que muitas das vezes arriscam a vida para trazer a verdade dos fatos à tona.

Dia 24 de Janeiro: dia de São Francisco Sales, padroeiro da profissão de jornalista;

Dia 29 de Janeiro: várias histórias culminam nesta data como homenagem ao jornalista. Uma delas é a data ser homenagem ao jornalista e abolicionista José do Patrocínio, falecido em 1905.

Dia 03 de maio: também pode ser considerado o Dia do Jornalista por ser a data da Liberdade de Imprensa, decretada pela ONU em 1993.

Vários dias para se comemorar. Datas que surgiram devido à luta pela liberdade de informação e, muitas vezes, foi preciso sangue derramado para isso.

Parabéns a todos que seguem este ofício com orgulho e sem medo. Em todas as datas.

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Jornal Estadão enfrenta crise e pode fechar, dizem jornalistas

Capa de uma das edições de O Estadão

Dois dos principais jornalistas alinhados ao projeto de poder do PT, e consequentemente antagonistas à mídia paulista-quatrocentona-e-anti-nordestina, trazem informações neste fim de semana que dão conta de um possível fechamento do jornal O Estado de S. Paulo.

Paulo Henrique Amorim provoca em seu blog “Conversa Afiada”: “jornal Estadão prepara fechamento. E já vai tarde”. (Leia aqui)

O jornalista Mino Carta, editor da revista Carta Capital, é mais abrangente, e fala de uma reunião ocorrida ontem. E publica um “Comunicado Interno”, em que a direção fala de reformulação editorial.

Segundo Carta, há a informação ainda não -oficial de que o grupo poderá demitir 50 jornalistas.

O grupo Estadão já havia demitido jornalistas há um tempo, após fechamento do jornal A Tarde.

Leia aqui a íntegra do comunicado interno do Estadão.

 

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Imagine se eleito

ditadura-militarAgora, de fato se instalou no Estado a divisão entre as chamadas boa e má mídia maranhense. Como disse o blogueiro Luís Cardoso, a análise quando favorece o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), é boa, justa e digna, quando não…

Quando atitudes um tanto quanto controversas do comunista são denunciadas pela imprensa, ela é considerada por ele e seus aliados indignada de confiança e duvidosa.

Um erro, para não dizer uma tolice, daqueles que não sabem conviver com críticas, pois ninguém é imaculado. Ainda mais no meio político.

Viver em uma democracia é isso: gostando ou não, alguém irá criticá-lo exercendo seu direito à liberdade de expressão. E caberá tão somente o poder de refutar, ao invés de querer silenciar.

Mas para um político que ainda vive sob a sombra de um partido, simpatizante com a ditadura, isso seria inadmissível. Refutar argumentos e notícias contrárias não significa atribuir conceitos tolos de imprensa boa ou má.

Isto é, apenas, querer silenciar aqueles que são contrários.

Imaginem como ficará a liberdade de questionamentos caso Dino seja governador. Estaria instalada a Cuba brasileira no Estado do Maranhão.

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Linhares Júnior agora compõe top-list deste blog…

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Linhares Jr.: polemista afiado e provocador leal…

O jornalista Linhares Júnior é o mais novo integrante do top-list deste blog – a relação dos links que ficam no topo da página.

Polemista e provocador por excelência, Linhares tem perfil parecido ao usado neste blog. Vai compor o top-list com nomes como os de Gilberto Léda, Jorge Aragão e Robert Lobato, outros analistas da cena política maranhense.

Este blog tem um critério para definir que links destaca no topo de sua pasta.

Em primeiro lugar, é necessário que o blog tenha posição política clara e definida, além de visão de mundo e valores consolidados – independente de qual setor do espectro político esteja.

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O top-list do blog, já com Linhares Jr.

Este é o conceito filosófico do blog: o de que, para formar opinião, o jornalista precisa ter opinião clara e indisfarçável. 

Também compõem o top-list os blogueiros Caio Hostílio, André Martins e Zeca Soares, que, além da política, abordam outros temas do cotidiano – com a mesma visão de mundo e posicionamentos claros, como exige o perfil do blog.

O link de Linhares Júnior já está disponível desde ontem à noite…

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O jornalismo fundamentalista

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A âncora do telejornal SBT Brasil, Raquel Sherazade, ficou famosa entre os usuários do senso comum, com suas visões de mundo conservadoras

Por Aline Alencar

Manchete: “Casal gay estupra filho adotivo”, veiculada pela Rede Record.

Onde está o erro na frase? No estupro? Também. Ato bárbaro que, cometido por qualquer pessoa, deve ser condenado, afinal é crime.

E por ser por qualquer pessoa que tal crime possa ser cometido que a designação na matéria “casal gay” é mais do que tendenciosa, é absurda.

A mídia de uns tempos para cá, coincidentemente após o deputado federal Marco Feliciano (PSC) ter assumido a Comissão de Direitos Humanos no Congresso Nacional, vem desvirtuando questões como os direitos dos homossexuais.

Afinal, héteros estupram, matam, arrastam crianças nos carros e as jogam de janelas de altos prédios e nem por isso a manchete: “Casal hétero mata criança” ou algo do tipo.

Vídeos com esta e outras manchetes que “endemonizam” a causa gay e demais religiões afros tomaram conta das redes sociais e muitos tomam como a mais absoluta verdade. Deixando de lado a verdadeira discussão dos fatos.

Parece que o fundamentalismo cada vez mais se enraíza na sociedade brasileira e de forma desenfreada, pelas entrelinhas. Quem não para pra pensar no sentido real do título se deixa levar pela superficialidade do assunto.

Discutir opiniões e respeitá-las é algo totalmente diferente de inverter a situação e “endemonizar” aqueles que pensam o contrário e, por configurar minorias, são massacrados por buscar um lugar ao sol.

E não tomar privilégios daqueles que já possuem até demais. Mas ainda assim reclamam.

O problema não está em essa mídia fundamentalista expressar seus pontos de vista, por mais infelizes que a maioria deles seja, afinal, estamos em um estado democrático de direito.

O problema é reforçar estereótipos e para atacar princípios constitucionais usando o maior poder que a mídia tem: o de formar opiniões.

E que Deus tenha piedade.

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Debilóides e esquerdóides na trincheira contra blogueira cubana…

Os tolos esquerdóides, lá atrás, gritando as mesmas palavras de sempre

O perfil é sempre o mesmo.

Jovens alienados, maltrapilhos e sem qualquer capacidade de articulação serena, aliciados por partidos, sindicatos e associações esquerdóides, prontos para protestar e gritar contra não sabem nem o quê.

Verdadeiros debilóides a serviço de quem consegue controlar-lhes a mente.

São exatamente as mesmas figuras que agora são tangidas como gado para gritar palavras-de-ordem contra a jornalista cubana Yoani Sánchez, que faz visita ao Brasil para denunciar a falta de liberdade de expressão em Cuba.

São estes – maltrapilhos e alienados – os mesmos que gritam nas manifestações da USP, nas ilegais greves militares, nas rodas anti-Renan Calheiros e em tudo mais pra onde sejam levados como gado, sem capacidade de pensar por si só e sem ao menos compreender a realidade em que vivem.

Para os retardados maltrapilhos, a melhor resposta foi dada justamente pela propria Yoani Sánchez.

– É esta democracia que eu gostaria de ter em meu país – disse a jornalista.

Mais uma prova de que os debilóides nem sabem pelo que lutam…

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De como PT e PCdoB usam a internet para constranger adversários…

Yoany: crítica de Fidel é vista como inimiga do PT e do PCdoB

A reportagem da revista Veja sobre a operação cubano-brasileira para constranger a jornalista Yoani Sánchez, mostra apenas mais um exemplo de como os partidos de esquerda usam as redes sociais de internet para perseguir, atacar ou constranger adversários políticos.

A matéria fala de um encontro organizado pelo embaixador cubano no Brasil, Carlos Zamora Rodriguez, com membros da CUT, do PT e até do PCdoB, para montar a estratégia de desmoralização de Sánchez, principal opositora da ditadura dos irmãos Castro, que tornou Cuba uma ilha cercada de miséria por todos o lados – mas adorados por esquerdóides e debilóides no Brasil.

– Os militantes de esquerda estavam ali, segundo ele [o próprio embaixador], para colocar nas ruas uma ofensiva de “contrainformação” para “desmascarar” Yonai Sánchez – diz o texto de Veja.

Ainda segundo a revista, o embaixador deixou claro que “a operação só seria bem-sucedida se contasse com apoio das redes sociais ligadas aos partidos e dos blogs comandados pelos petistas e jornalitas amigos do regime”.

É exatamente assim que agem petistas, socialistas, cutistas e comunistas no Maranhão.

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Márcio Jerry: sempre colado ao prefeito. E na internet até em locais sagrados

Este blog denunciou, ainda no período de transição em São Luís, uma operação de governo para criar um programa de direcionamento de informações favoráveis à gestão holandina.

Denominada PROCAS pelo próprio secretário de Comunicação, Márcio Jerry (Programa de Comunicação Anti-Sarney, na tradução de internet), o projeto tinha o objetivo de contrapor eventuais informações divulgadas em veículos ligados ao Sistema Mirante de Comunicação e evitar que estes veículos pudessem ter acesso a informações da prefeitura. (Releia aqui)

O programa de contra-informação em São Luís também tem como foco as redes sociais (Twitter e Facebook), além de blogs e jornalistas aliciados e alinhados à gestão municipal – nos mesmos moldes da contra-ofensiva a Yoani Sánchez.

E já foi posta em prática em pelo menos duas ocasiões.

Há duas semanas, o jornal O EstadoMaranhão produzia reportagem sobre denúncias de vendas de leitos no hospital Socorrão I, e solicitou resposta do diretor da unidade de saúde. A princípio, a prefeitura tentou negar o fato, chegando a afirmar em Nota que a história não passava de boatos.

Sem ter como negar a denúncia de O Estado, o secretário Márcio Jerry partiu para uma operação de constrangimento ao jornal: espalhou nas redes sociais, covardemente, que a matéria estaria protegendo uma suposta quadrilha, mesmo depois de a própria prefeitura ter negado a existência. (Relembre a história aqui)

E acionou a rede de blogs, facebook e twitter para disseminar as informações de seu interesse.

O episódio mais recente do Procas aconteceu sábado passado. O jornalista Joge Aragão divulgou em seu blog a informação de que o prefeito Edivaldo Júnior havia escolhido o vereador Honorato Fernandes (PT) para líder de seu governo na Câmara Municipal.

Irritado com o vazamento – e não sabendo que a informaçãod e Jorge tinha ido dada pelo próprio Holandinha – Márcio Jerry reclamou do “vazamento de informações aos blogs sarneyzistas”. Só recuou quando o prefeito disse ter sidom ele próprio o autor da informação. (Reveja aqui)

Este blog soube da reclamação de Jerry e publicou. Sem saída, ele ligou para Jorge Aragão, pedindo desculpas e negando o episódio com o prefeito.

Também voltou a usar Twitter e facebook para tentar desmoralizar este blog.

Mas todos já sabiam o que havia acontecido.

E é assim, como mostra Veja, que agem os esquerdistas de PT e PCdoB…