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30 anos de jornalismo…

2023 marca três décadas de atuação do titular do blog Marco Aurélio d’Eça na comunicação maranhense, em que praticamente sempre atuou no jornalismo político e praticamente pelo mesmo veículo, o jornal O EstadoMaranhão, extinto em 2020

 

Marco d’Eça e colegas com a ex-governadora Roseana na sala de sabatina do jornal O Estado, veículo que marcou toda a sua carreira

Desde que iniciou como aprendiz de repórter, na rádio Esperança FM, o jornalista Marco Aurélio d’Eça nunca mais parou de escrever no jornalismo maranhense.

Na emissora foi também redator, editor e apresentador do programa Redator 100, entrevistador do Ponto 100 e repórter do Clube da Notícia, até chegar ao posto de Diretor de Jornalismo.

Tudo isso antes mesmo de chegar à faculdade de Jornalismo, curso que iniciou em 1994, na Universidade Federal do Maranhão.

Na rádio Esperança FM ganhou o Prêmio Unicef de melhor programa de rádiojornalismo, com o Redator 100.

Mas foi no jornal O EstadoMaranhão, onde entrou em 1995, por intermédio de um seletivo público, que o jornalista passou toda a carreira.

Seu teste – uma reportagem sobre o ainda projeto dos terminais da integração – foi a manchete da edição do dia 12 de julho daquele ano.

No EMA, Marco Aurélio d’Eça passou seis meses entre as editorias de Cidades e de Polícia, pelas quais recebeu o Prêmio BEM de Jornalismo pela reportagem “Criaturas da Noite”, uma experiência com quem vive na noite de São Luís.

Foi de Marco d’Eça a matéria que revelou onde estava a carreta roubada em Itapecuru e que resultou na morte do delegado Stênio Mendonça, em 97, e na CPI do Crime Organizado, em 1999.

A série de reportagens de sua autoria sobre o processo que levou pra cadeia políticos, empresários e policiais envolvidos com bandidagem recebeu Menção Honrosa no Prêmio Airton Senna de Jornalismo, categoria regional.

Em 1996, Marcou Aurélio chegou à editoria de Política de O Estado, onde permaneceu até sua extinção. Foi repórter setorista na Câmara Municipal, no TRE e na Assembleia Legislativa.

Também acompanhou a então governadora Roseana Sarney pelo Maranhão e fora dele. Em 98, cobriu a eleição em um quarto de hotel em São Paulo, onde Roseana passou internada durante quase toda a campanha.

No EMA, Marco d’Eça ocupou a subeditoria e a editoria de política nos últimos 15 anos do periódico. Também escreveu a coluna Estado Maior, a mais prestigiada do estado.

Marco Aurélio d’Eça teve passagens importantes pela comunicação institucional.

Foi chefe de comunicação da Federação dos Municípios nas gestões de Ricardo Archer e Hildo Rocha, assessor de comunicação do Tribunal de Justiça e consultor de Imprensa da Associação do Ministério Público.

Entre 2003 e 2005 foi subsecretário de Comunicação da Assembleia Legislativa. Teve passagens também como secretário de gabinete na Câmara Federal e no Senado.

Nos últimos dois anos, Marco Aurélio d’Eça esteve na diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de São Luís.

Em 2006 criou o blog Marco Aurélio d’Eça, o mais antigo e um dos mais influentes do Maranhão. É no blog que ele inicia um novo ciclo na carreira.

Toda essa trajetória, o jornalista deve contar em um livro cujo título “Mil manchetes de jornal”, fará uma leitura dos 30 anos de atuação relacionando os textos  a cada momento histórico destas três décadas no Maranhão.

E espera poder atuar por mais 30 anos na profissão que abraçou…

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Regina Souza é a nova correspondente da Globo no Maranhão…

Primeira maranhense, mulher e negra a assumir o posto, jornalista de Pinheiro substitui a Alex Barbosa, que assumiu a direção de Jornalismo da TV Mirante e vem implementando reformulações em todos os setores do jornalismo da emissora do São Francisco

 

Regina Souza será a primeira maranhenses correspondente da Globo; também a primeira mulher e a primeira negra no posto

Pela primeira vez desde que decidiu ter um correspondente nas capitais brasileiras, a Rede Globo terá uma maranhense no posto; trata-se da jornalista Regina Souza, natural de Pinheiro e com quase 30 anos na TV Mirante.

Mulher e negra, Regina Souza assume o posto em substituição a Alex Barbosa, que está no comando da diretoria de Jornalismo da emissora do São Francisco desde agosto.

Além de Regina Souza, a ascensão de Barbosa ao comando de Jornalismo da Mirante fortalece a presença de outras mulheres no comando dos programas maranhenses.

Vanessa Fonseca, que estava na Record de Salvador, dividirá a bancada do Bom Dia Mirante – que ganhará nova dinâmica – com o jornalista Clóvis Cabalau, segundo revelou em primeira mão o blog de Andressa Miranda, especialista na cobertura de notícias ligadas à própria imprensa.

Hoje apresentador do quadro Bastidores, Cabalau já começou a atuar na bancada do jornalismo, na véspera de Natal, na apresentação do JM2

Com a ascensão de Cabalau ao posto de âncora, o Bastidores deve ser assumido por Carla Lima, que já divide com ele a produção e apresentação do quadro.

Também já atuante na programação diária da emissora, a jornalista Tayse Feques deve ser efetivada na bancada do “Jornal do Maranhão 1ª Edição”, ao lado do competente Adailton Borba.

Uma das novidades da programação da TV Mirante a partir de 2023 também envolve uma mulher.

A apresentadora Paulinha Lobão está deixando a TV Difusora com o seu Algo Mais, que terá produção com padrão global; ela também fará programa na Mirante FM, nos moldes do que já faz na emissora da Cambôa.

A TV Mirante deve começar a anunciar nos próximos dias toda as novidades da programação para 2023…

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César Pires destaca trajetória do jornal O EstadoMaranhão

Em histórico discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, parlamentar lembrou da importância do matutino – que encerra suas atividades neste sábado, 23 – e citou importantes escribas com passagem pela redação, incluindo o titular do blog Marco Aurélio D’Eça

 

César Pires incluiu nos anais da Assembleia discurso em que fala da trajetória do jornal O EstadoMaranhão

A história do jornal O Estado do Maranhão foi destacada na sessão desta quinta-feira, 21, pelo deputado César Pires, que fez um reconhecimento da importância do matutino, cujas atividades serão encerradas neste fim de semana, quando circulará sua última edição impressa.

“Foi um importantíssimo veículo de comunicação que deu espaço às ideias, às angústias e as reivindicações de tantos maranhenses”, ressaltou ele.

César Pires fez um breve relato histórico de O Estado, desde a sua fundação há 62 anos pelo ex-presidente José Sarney e o jornalista Bandeira Tribuzzi, lembrando que o jornal foi uma escola para a formação de tantos jornalistas quando ainda nem havia uma faculdade de comunicação no Maranhão. E ao longo de seis décadas se consolidou como o maior jornal impresso do estado, sempre investindo na qualidade gráfica, na modernização e na produção do conteúdo de credibilidade.

– O jornal contribuiu demais para o desenvolvimento do Maranhão, proliferando ideias, atendendo aos reclamos populares. Quantas vezes vi naquelas páginas serem veiculados anseios, reclamações, ponderações, angústias do povo do Maranhão. Vi pessoas como eu, para dar exemplo dos inúmeros Césares, Joãos e Antônios que não tiveram oportunidade, como eu tenho, de enaltecer a história de um dos mais belos matutinos da história do Maranhão – declarou César Pires.

O deputado destacou ainda que O Estado foi o primeiro jornal online e precursor da policromia em suas páginas, assim como inovou ao criar o Caderno Alternativo para veicular aquilo de mais forte há no Maranhão, que é a sua cultura.

– Sou feliz por ter participado dessa história, desde quando veiculava as minhas angústias como líder da oposição, na primeira página, na página três ou na Coluna Estado Maior. E me refiro às inúmeras pessoas que também tiveram a oportunidade de um dia veicular as suas ideias no jornal O Estado do Maranhão, sem segregações.

Pires citou ainda luminares da intelectualidade e profissionais do jornalismo que construíram as páginas do jornal, incluindo o titular do blog Marco Aurélio D’Eça, que foi repórter, colunista, editorialista, subeditor e editor do periódico, conforme relatado no post “Minha Vida no jornal O EstadoMranhão”.   

– A credibilidade de O Estado foi construída por grandes nomes da Academia Maranhense de Letras, como Ferreira Gullar, José Sarney, Bandeira Tribuzi, Joaquim Itapary, Benedito Buzar, Lino Moreira, e do jornalismo maranhense, como Ribamar Correa, Clóvis Cabalau, Carla Lima, Marco D’Eça e Gilberto Leda. Todos fazem parte de uma história memorável e digna. O jornal finaliza sua circulação, mas jamais morrerá, porque deixou legados indestrutíveis da sua contribuição para o desenvolvimento do Maranhão. É um dos mais nobres e corretos informativos que tivemos no Maranhão. Minha gratidão a tudo aquilo que o jornal fez pelos maranhenses – finalizou César Pires.

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Minha vida no jornal O EstadoMaranhão…

A carreira jornalística que escolhi como profissão se confunde com parte da história do próprio veículo, onde comecei como repórter de Cidades, passei pela editoria de Polícia e cheguei à cobertura Política, em que fui repórter, subeditor e editor

 

Com Linhares Júnior e Carla Lima, entrevistando Roseana Sarney no projeto Sabatina O Estado, um dos mais importantes projetos do jornalismo político recente

 

Por Marco Aurélio D’Eça

Tive dois empregos diretos como jornalista em minha carreira profissional.

Em 1992, antes mesmo de entrar na faculdade de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), cheguei à rádio Esperança FM, onde fui repórter, produtor, apresentador, editor e diretor de Jornalismo.

A partir de 1995 ingressei no jornal O EstadoMaranhão, aprovado em um seletivo público, na maior reforma gráfica e editorial que o jornal experimentou.

Ali descobri a minha vocação para as letras do jornalismo escrito.

Para se ter ideia da importância desta escolha, meu teste para o jornal – uma reportagem sobre os terminais de integração, à época apenas um projeto da então prefeita Conceição Andrade – acabou transformando-se na manchete de primeira página de O Estado; era o dia 12 de julho de 1995.

Não há dúvida de que minha carreira jornalística se confunde com pelo menos metade da história do jornal O EstadoMaranhão.

Naquela redação vivi as transformações pessoais, do mundo, da política maranhense e da própria profissão de Jornalismo no último quarto de século.

Tudo o que sei sobre a prática jornalística aprendi na redação da Avenida Ana Jansen 200, após rico embasamento teórico na Ufma e na Faculdade Estácio de Sá.

Tive a sorte de ter como mestres nomes como Ribamar Corrêa, Newton Ornellas, Jaqueline Heluy, Ademir Santos, Manoel dos Santos Neto, Mário Reis, Alfredo Meneses, Edivan Fonseca, Ribamar Cardoso, Benito Neiva e Pergentino Holanda.

Convivi com ícones do jornalismo maranhense moderno, como Clóvis Cabalau, Felix Alberto, Zeca Pinheiro, Karina Lindoso, Érica Rosa, Sílvia Moscoso, Wal Oliveira, Othelino Neto, Waldirene Oliveira, Edwin Jinkings e Francília Cutrim dentre vários outros.

No jornal O EstadoMaranhão pude descobrir e comandar jovens talentos, como Carla Lima, Gilberto Léda, Mário Carvalho, Ronaldo Rocha, Batista Matos e Décio Sá, maior repórter da história recente do Jornalismo, com quem convivi desde a infância, passando pelo ensino médio e pela faculdade.

Quando era garoto, ainda lá no bairro do Coroado, lia o jornal O Estado em exemplares antigos, que minha mãe trazia da feira. Gostava da coluna Estado Maior; nunca imaginei que, um dia, seria responsável por esta coluna, a mais importante do jornalismo maranhense.

Como repórter de o Estado testemunhei a ascensão do roseanismo, a partir do governo Roseana  Sarney – que se confunde com a minha própria chegada ao jornal – e a queda do sarneysismo, a partir do rompimento do governador José Reinaldo Tavares, em 2003.

Foto de 1996, em uma visita do então presidente Fernando Henrique Cardoso ao Maranhão; repórteres de todo o Brasil no avião presidencial

Foram nada menos que 12 coberturas eleitorais ininterruptas – 1996, 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010, 2012, 2014, 2016, 2018 – sendo o repórter com mais tempo a cobrir política por um mesmo veículo.

Pelo Estado conheci o Maranhão inteiro, nos Governos Itinerantes.

Foi minha a manchete com selo de exclusividade revelando o destino da famosa carreta roubada que deu origem à CPI do Crime Organizado, um dos mais importantes momentos da história política recente.

Com Roseana estive em São Paulo durante a campanha de 1998 – em que ela venceu em primeiro turno, sem precisar viajar pelo interior.

À época, a governadora internada no Hospital das Clínicas e eu fazendo o acompanhamento diário, encaminhando por fax matérias escritas à mão e digitadas na redação.

Em 2014, já como editor de Política, criei o conceito de texto final; o programa consistia no fato de que todos os membros da editoria eram, ao mesmo tempo, repórter, editor e paginador.

O modelo foi seguido depois por toda as editoriais do jornal.

Em 2016, idealizei, organizei e ancorei o projeto Sabatina O Estado, um dos mais importantes espaços jornalísticos na campanha eleitoral, que se repetiu nas eleições de 2018 e 2020.

Em 2018 decidi encerrar minha passagem por O Estado, em comum acordo com a direção da empresa; decisão acertada, que deixou portas abertas e uma amizade ainda sólida com a família e com todos que fazem a empresa.

Raramente escrevo em primeira pessoa no blog Marco Aurélio D’Eça, mas para testemunhar a importante história do jornal O EstadoMaranhão, é preciso narrar fatos.

E só quem viveu fatos tem a experiência de poder contar esta parte da história maranhense.

Uma história que jamais se encerrará com o fim da edição impressa do jornal, neste sábado 23.

Ela continuará por que é marca do próprio Maranhão…

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Jornal O Estado entra em sua última semana de circulação

Mais importante matutino do Maranhão vai encerrar a publicação de edições físicas no próximo sábado, 23, focando suas atividades apenas nas edições on-line, vinculado ao site imirante.com

 

O Estado acompanhou a vida maranhense em todos os seus aspectos nas últimas seis décadas

O jornal O EstadoMaranhão vai encerrar suas edições físicas no próximo sábado, 23.

A última edição será uma espécie de documento histórico, relembrando a vida de 60 anos do maior periódico do Maranhão, com reportagens, artigos de homenagens.

O Estado acompanhou a vida política, econômica e social do Maranhão nas últimas seis décadas, tornando-se o principal jornal e influenciando conceitos e pensamentos sobre o jornalismo maranhense.

Por lá passaram alguns dos principais jornalistas ainda em atividade no Maranhão e no Brasil.

A Última Edição, portanto, será um documento para colecionador…

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Imprensa de luto…

Ao findar deste mês de setembro, o maquinário do jornal O Estado do Maranhão terá sido acionado pela última vez, imprimindo suas últimas linhas sobre o nosso cotidiano

 

Por Osmar Gomes dos Santos*

Reservo as próximas linhas para fazer um tributo justo, uma homenagem em tempo de um veículo de comunicação cuja narrativa transcendeu a história e fez parte da vida do maranhense, especialmente dos ludovicenses. Ao findar deste mês de setembro, o maquinário do jornal O Estado do Maranhão terá sido acionado pela última vez, imprimindo suas últimas linhas sobre o nosso cotidiano.
 
O anúncio veio como uma bomba na Imprensa local, que não esperava um tão sólido veículo ruir frente aos desafios da modernidade tecnológica. Os motivos, obviamente, competem aos proprietários, não cabendo qualquer especulação, mas, certamente, as transformações conjunturais, trazidas pelo avanço do digital, impactaram as estruturas do periódico, assim como de tantos outros em todo o Brasil.
 
Cabe a mim, como escritor, imortal e pensador, debruçar-me sobre uma análise menos crítica e voltar-me para a trajetória deste importante jornal e seu peso social. Se considerar seu antecessor, a história vai remontar o ano de 1959, quando da fundação do Jornal do Dia.
 
Mas é somente em 1973 que o jornal ganhou o nome que o projetou.

O senador José Sarney deu vida aos trabalhos de O Estado do Maranhão consolidando uma alteração de nome em relação ao antecessor. Naquele editorial, de 1º de maio de 1973, afirmou José Sarney “não temos nenhuma inauguração a fazer. Hoje, o Jornal do Dia chama-se O Estado do Maranhão”.
 
Com a mudança de nome, o periódico ganhava também casa nova, o maquinário mais moderno da época e uma roupagem que ultrapassava o embate político diário. Agora, havia espaço para o quotidiano da cidade sob várias vertentes: política, economia, lazer, esportes, serviços.
 
Era o espírito que carregava o seu co-fundador, ao afirmar que o objetivo do jornal era de modernizar a imprensa maranhense. Propunha a Inovação, a estética bem construída com traços gráficos sempre atuais e a elevação do nível dos debates propostos, inserindo os problemas cotidianos na ordem do dia.
 
A essência do bom jornalismo, pois, entendo que está aí: contribuir com informação de relevância para que os temas importantes da sociedade sejam permanentemente debatidos e solucionados pelos mais distintos segmentos sociais. Aí consiste a dimensão cultural da imprensa.
 
O mundo, o país, o estado, a cidade, a comunidade foram todos trazidos para dentro das folhas, ainda em preto e branco, mas, agora, bem mais cheias de vida. E assim foi ao longo dos 62 anos que se sucederam, com intensa produção jornalística, até culminar com o fatídico setembro de 2021.
 
Por muito tempo, O Estado captou fragmentos do cotidiano, ajudando a formar um álbum de registro da história que passava aos nossos olhos. Acontecimentos, fatos, realizações, conquistas, glórias, feitos épicos, problemas, pessoas.
 
Quantos não foram os grandes nomes que por aquelas cadeiras passaram. Estudantes, estagiários, recém-formados, profissionais que ascenderam na carreira após as experiências vividas nos bancos da redação. O jornal, a escola, a faculdade.
 
Após a morte do co-fundador Bandeira Tribuzi, em 1977, outros grandes profissionais exerceram o importante ofício do jornalismo. Repórteres, editores, colunistas, redatores, revisores, colaboradores eventuais. Bernardo Almeida e Bello Parga, Benito Neiva, Pedro Costa Antônio Carlos Lima, foram alguns desses profissionais que comandaram a produção diária de notícias.
 
O jornal foi palco de muitos acontecimentos. Histórias, aprendizados, críticas, controvérsias, erros e acertos. Convém lembrar que, antes de tudo, qualquer veículo de comunicação é feito de pessoas e tem sua linha editorial própria definida.
 
Certo é que a Imprensa agora está de luto, pois o fechamento não é bom para ninguém. Admiradores, apoiadores, críticos, opositores. Muitos já tiveram a oportunidade de se manifestar ao longo deste mês de setembro. De modo geral, imperou o bom senso, a reflexão e o reconhecimento do importante serviço prestado à sociedade.
 
Em tempos em que a verdade é atacada, o bom jornalismo é vítima de perseguição, o profissional jogado contra as cordas por aqueles que preferem a via antidemocrática, essa se torna uma perda incomensurável. Não se pode medir quão órfão ficarão as narrativas da sociedade. Por outro lado, há aqueles que ainda resistem ao advento da modernidade e seguem impávidos, mas, agora, com ainda mais responsabilidade.
 
Eis a roda da história. Fecha-se um ciclo, na esperança de que outros possam ter início. A última reunião de pauta, a derradeira reportagem, as revisões finais. Conversam dão conta de que é possível a manutenção de uma versão digital, que assim seja. Fato é que ao  apagar das luzes deste setembro, na Avenida Ana Jansen, 200, bairro do São Francisco, as máquinas que tanto barulho fizeram por tanto tempo, adormecem. 
 
Aplausos para todos que ali fizeram história. Parabéns aos valorosos profissionais que ajudaram a revelar um pouco mais do cotidiano de nossa cidade. Fica o reconhecimento por tudo que fora produzido e a reverência, para a eternidade, pelo desafio de ousar e inovar sempre.

Eu fui jornaleiro. Eu gritei o nome do Jornal O Estado do Maranhão nas ruas de São Luís.

*Juiz de Direito da Comarca da Iha de São Luís. Membro das Academias Ludovicense de Letras; Maranhense de Letras Jurídicas e Matinhense de Ciências, Artes e Letras

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Mais antigo em atividade, blog chega aos 15 anos como um dos mais influentes

Página criada em 26 de setembro de 2006 debuta na blogosfera e fará uma série de posts com relembranças desta década e meia de atividade jornalística ininterrupta, em que cobriu oito eleições e todos os aspectos que as envolveram

 

Um dos mais influentes do Maranhão, blog Marco Aurélio d’Eça se destaca também como importante canal de mídia para órgãos públicos e empresas privadas

O blog Marco Aurélio D’Eça inicia o mês de setembro com a alegria de completar 15 anos de atividade jornalística ininterrupta, sendo hoje a página pessoal mais antiga em atividade no Maranhão.

Criado em 26 de setembro de 2006, às vésperas do primeiro turno das eleições para o Governo do Estado, este blog cobriu de forma intensa também as eleições de 2008, 2010, 2012, 2014, 2016, 2018 e 2020; e se prepara para a cobertura das eleições de 2022.

Criado pelo jornalista que dá nome à página, o blog já foi tema de dissertação de mestrado de jornalistas renomados, como o repórter do Fantásitco, Wallace Lara; e tema de questões de provas do Ensino Médio maranhense e de faculdades de Jornalismo públicas e particulares.

– Nestes 15 anos, o blog é uma espécie de observatório do poder maranhense, em todas as suas nuances, registrando para a posteridade uma parte da história político-social, econômica e cultural do Maranhão – reflete o titular, Marco Aurélio D’Eça, do alto de sua experiência profissional de quase três décadas.

O autor tem as medalhas do Mérito Timbira, de Manoel Beckman, além de honrarias da Câmara Municipal, do Tribunal de Justiça e da Polícia Militar. Foi laureado com o Prêmio BEM de Jornalismo e recebeu Menção Honrosa no Prêmio Airton Sena de Jornalismo.

É com essa bagagem que o blog Marco Aurélio D’Eça faz o seu dèbut o Maranhão com a certeza de manter-se entre os mais influentes do estado.

E que assim seja por mais 15, 30, 45, 60 anos…

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Zé Reinaldo prega renúncia de Flávio Dino em favor de Brandão

Ex-governador, que coordena grupos favoráveis ao atual vice em grupos de whatsapp – e reúne aliados periodicamente para discutir os cenários eleitorais – esperava “posicionamento mais firme” do governador na reunião com aliados e diz que só o afastamento do titular, já em 2021, garantirá a unidade da base em torno de um candidato único

 

Brandão quer assumir o governo para poder trabalhar sua candidatura; José Reinaldo defende que isso ocorra logo

Quem leu o blog O Informante nesta terça-feira, 6, e conhece o contexto político maranhense, entendeu claramente o recado do post “A ‘Carta’ de Waldick e a missiva da reunião”.

Em seu final, o texto diz, claramente: “Por fim, não custa nada lembrar – apesar de isso não ter nada a ver com o ‘nosso’ cenário – um outro trechinho d’A Carta de Waldick: ‘renunciar/ seria a solução/ mas não apagaria de nossas almas cruel paixão…'”

A pregação subliminar de O Informante, principal blog do Jornal Pequeno – usando a clássica canção braileira -, é a mesma que vem defendendo o ex-governador José Reinaldo Tavares em grupos de Whatsapp alinhados ao vice-governador Carlos Brandão e em reuniões periódicas de aliados seus.

José Reinaldo entende que a unidade da base do governo Flávio Dino só ocorrerá com a sua renúncia do cargo, em favor de Brandão.

O ex-governador ficou, inclsuive, frustrado com a reunião de segunda-feria, em qeu esperava “posicioanemnto mais firme” de Flávio Dino em favor de Brnadão.

Curiosamente, dentre os pré-cadidatos, o próprio Brandão foi o mais insatisfeito com a repgaão do consenso na base.

Há pelo menos quatro semanas, o titular do blog Marco Aurélio D’Eça tem tido acesso a conversas de Tavares com amigos; em todas, ele justifica esta saída como tranquila para Dino por que, segundo o ex-governador, ele já estaria com sua eleição selada para o Senado, “em qualquer circunstância”.

A tese da renúncia de Dino – para que Brandão assuma mais de um ano antes do pleito – tem adeptos, inclusive, no Palácio dos Leões, mas ainda não havia sido publicizada, mesmo que em mensagem cifrada como a d’O Informante.

Este primeiro “toque” público sobre o que quer a dupla Tavares/Brandão seria uma reação ao desdobramento da reunião de segunda-feira, 5, em que nada foi decidido a não ser a garantia de apoio de todos os pré-candidatos e de todos os partidos à candidatura de Dino ao Senado.

Tanto Tavares quanto Brandão esperavam que Flávio Dino impusesse o nome do vice e cobrasse fidelidade dos aliados, o que, aliás, vem sendo pregado por José Reinaldo desde que voltou às boas com Dino.

Pelo andar da carruagem – e pela leitura que se tem da Carta-Compromisso assinada na reunião – a decisão sobre o “candidato único”na base de Dino deve ficar para o ano que vem.

É tudo o que José Reinaldo e Brandão não querem, já que perdem o tempo e a margem de manobra para atrair aliados.

E “A Carta de Waldick…” trazida à tona pelos aliados dos dois na mídia, só reforça o clima nos círculos mais próximos ao governador.  

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Corrupção quebra última justificativa dos defensores de Bolsonaro…

Tido até agora apenas como boçal, ignorante, despreparado e truculento, presidente recebia defesa de alguns setores por falta de provas de seu envolvimento direto em casos de ladroagem; a história da vacina covaxim joga este argumento por terra

 

Seu despreparo e truculência já eram conhecidos; agora, a corrupção de Bolsonaro também passa a ser melhor observada pelo Brasil

Ensaio

Quem ainda consegue defender o presidente Jair Bolsonaro e seu governo usava até agora o argumento de que ele pode ser truculento, boçal, ignorante e despreparado, mas não corrupto.

Esta justificativa começa a derreter com a denúncia de corrupção direta do presidente na compra de vacinas Covaxim por preços quase mil porcento superfaturados.

O blog Marco Aurélio D’Eça sempre considerou Jair Bolsonaro – e sua família – uns ladrões de galinha.

Eram corruptos que viviam de pequenos golpes no baixo clero do Congresso Nacional, não por serem ingênuos, mas por falta de acesso aos grandes esquemas.

Agora a corrupção campeia em seu governo em alto grau, do Ministério da Saúde ao Ministério do Meio Ambiente – cujo ministro foi demitido ontem – passando por todas as áreas com influência direta ou não do presidente.

Incompetente, despreparado, truculento, autoritário e ignorante, Bolsonaro chegou ao poder com o “pacto das elites”, espécie de trato envolvendo Toga, Capital e Militares, após o golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

No último dia 21 de março, o blog Marco Aurélio D’Eça mostrou que o presidente havia perdido o apoio do mercado e já não tinha o apoio da toga. (Saiba mais aqui)

Mas pelo que a Rede Globo mostrou na última terça-feira, 22 – ao fazer chamada no Jornal Nacional de uma entrevista do vice-presidente Hamilton Mourão dada à Globonews – Bolsonaro já não tem também apoio da Caserna.

E tende a derreter até o final do mandato.

Isso não quer dizer que as elites – Capital, Toga e Militares – já encontraram o nome ideal para comandar o país; essa gente se desencantou com Bolsonaro, mas também não cogita a volta de Lula.

É óbvio que os donos do poder vão buscar um nome alternativo, embora a disputa esteja polarizada entre Bolsonaro e Lula, os dois extremos que resultaram no que se experimenta hoje no Brasil.

Com Bolsonaro agora envolto nas teias da corrupção direta em seu governo – e sendo despreparado, ignorante e truculento – a tendência é que ele nem vá para o segundo turno em 2022.

E Lula deve colocar as barbas de molho com relação à terceira via.

Ela com certeza ainda pode vir por aí…

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Blog Marco Aurélio D’Eça é tema de dissertação nota 10 de jornalista da Globo

Titular da página foi um dos citados no trabalho de Mestrado do jornalista Wallace Lara para a Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, que deve virar livro em breve; a produção analisou a vida dos jornalistas que utilizam páginas pessoais e suas estratégias de sobrevivência no meio da mídia

Imagem do blog Marco Aurélio D’Eça usado como ilustração na pesquisa do jornalista Wallace Lara para a Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo

Mais antiga página pessoal do Maranhão – e um dos mais influentes do estado – o blog Marco Aurélio D’Eça foi tema da dissertação de Mestrado intitulada “Jornalistas de Blog-Uma análise sobre estratégias de sobrevivência”, do jornalista Wallace Lara.

Wallace Lara é repórter especial da Rede Globo, com atuação no Jornal Nacional e no Fantástico.

A dissertação de Mestrado – que deve virar livro – foi recebida com nota 10 pela banca de Mestrado da Faculdade Cásper Líbero.

Com fundamentação teórica baseada em autores como Figaro, Nonato, Grohmann, Pereira e Adghirni, Christofoletti,
Castells e Wolf. a peça utilizou dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) para “identificar os jornalistas blogueiros considerados importantes para o noticiário local”.

– O caminho adotado foi o de ouvir a opinião dos jornalistas da grande imprensa sobre os blogueiros mais influentes – explica Lara, na página 48 da dissertação.

Escrita em 211 páginas, com mais de 11 horas de entrevistas, com 10 profissionais do país – dois de cada região – a pesquisa analisou também os motivos que levaram os jornalistas a optar pelo blog.

– Foram buscar, em princípio, a liberdade de expressão. Mas outros fatores também aparecem nas descrições que fazem sobre as motivações, como o desafio, o conflito, a satisfação pessoal, o diálogo com outras gerações e o lado financeiro – diz.

Jornalista Wallace Lara é repórter da Rede Globo desde 1996, agora com título de Mestre em Comunicação Social

No que diz respeito ao blog Marco Aurélio D’Eça – único do Maranhão na pesquisa – o jornalista Wallace Lara destaca a busca por independência ao iniciar o blog, hoje com quase 15 anos de existência.

– Essa busca por independência também levou no Maranhão, Marco Aurélio D’Eça, a buscar o caminho do blog jornalístico, hoje com 14 anos de existência. Marco tem 28 anos de profissão. Ele sempre manteve o blog com conteúdo de análise política. Desde o começo, a opinião foi uma marca que ele imprimiu, mesmo nos períodos mais difíceis de polarização política, problema que no começo, não havia – ressalta o texto.

Em suas considerações finais, Wallace Lara destacou o prazer de ter ouvido todos os relatos e a maneira como cada um entende sua profissão, o que definiu como “uma aula de Brasil”.

– De qualquer maneira, foi extremamente prazeroso ouvir os depoimentos desses jornalistas blogueiros. Ouvir o sotaque, a maneira como cada um enxerga a profissão, os desafios constantes da reportagem e principalmente, como eles entendem o papel que desempenham no desenvolvimento da sociedade democrática, particularmente onde vivem – foi muito engrandecedor. Uma aula de Brasil para esse pesquisador.

Formado em Jornalismo – agora com o título de Mestre em Comunicação Social – Wallace Lara atua na Rede Globo desde 1996…