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Via Sacra e Ressurreição

Cartaz da Paixão de Cristo: há quem ache lindo ver o sofrimento de Jesus

Por Aline Alencar

Primeira vez que vos falo em primeira pessoa, pois acredito ser necessário.

Nasci e me criei no catolicismo, cumpri, ou pelo menos tentei cumprir, todo o roteiro que minha família me propôs para seguir os ensinamentos de Jesus.

Mas existem coisas, não só na doutrina, como também nas atitudes dos católicos que nunca entendi e talvez jamais entenderei.

E um exemplo disso se passa na Semana Santa.

A semana santa é representada pelo sacrifício de Jesus Cristo para nos livrar dos pecados. Ele foi açoitado, crucificado. Sofreu e derramou seu sangue por nós.

E por isso, todos os anos os cristãos relembram seu maior ato de amor à humanidade.

Contudo, há diferenças entre os cristãos quanto à importância da semana santa. Tanto para o católico quanto para o evangélico.

O evangélico cultua a ressurreição de cristo, enquanto o católico, ou pelo menos a maioria, se prende à Via Sacra (ou Via Crúcis), caminho percorrido por Jesus, do Pretório ao Calvário.

A prática de alguns católicos na maior parte do tempo é relembrar de Jesus pregado em uma cruz, lembrando do sofrimento.

E aí chega o ponto que eu não entendo: o culto à Via Crúcis.

Nos lembrarmos do sacrifício é bom para não se esquecer do valor dele. Mas, ao meu ver, no catolicismo chega a ser sádico.

E a páscoa não é isso, segundo o que Cristo quis passar. Mas sim, é a vida vencendo a morte.

Não sofrimento e dor.

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Site reúne 25 mil assinaturas contra Marco Feliciano…

Marco Feliciano: antipatia a negros e homossexuais

Responsável por Abaixo-Assinado eletrônico contra a permanência do deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, o site Avaaz já contabiliza 25 mil assinaturas.

Os e-mails do Abaixo-assinado já foram encaminhados aos deputados federais de Brasília.

Feliciano é acusado de ser homofóbico e racista – o que seria incompatível com a posição de presidente de uma comissão parlamentar que trata exatamente do combate a estas práticas.

No ano passado, ele disse que os negros são frutos do pecado de um dos filhos de Noé, segundo sua interpretação para o relato bíblico.

Na semana passada, em entrevista à revista Veja, ele não só reforçou este pensamento, como saiu-se com esta:

– Mas tem toda a Àfrica é fruto do pecado. Lá não existem apenas negros.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB) já considera “insustentável” a manutenção do pastor evangélico no comando da cão.

O próprio PSC, partido de Feliciano, já trabalha nna tentativa de convencê-lo a renunciar.

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Imagem do dia: Chico e Bento…

chicoebento

A imagem dos dois papas em contrito de oração ganhou o mundo neste sábado. Francisco visitou Bento XVI, recluso em um mosteiro na Itália desde que renunciou ao papado, em 28 de fevereiro. É a primeira vez na história que a Igreja Católica registra a imagem de dois papas: o oficial e o emérito.

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Imagem do dia: o papa voltou a ser pop…

O Papa Francisco repercutiu mais em seu primeiro dia de mandato do que todo o pontificado de Bento XVI. Desde João Paulo II, as ações papais não se davam de forma tão despojadas ou cheias de simbolismos pop. Francisco não quer pompa em seu reinado na Igreja Católica, se demonstra pouco afeito a rituais e liturgias quatrocentonas e demonstra um carisma que pode trasnformar este papado em algo que só se viu com João Paulo II. Bom para a Igreja Católica, que tem a chance de se revitalizar. Este papa é, sim, muito pop…

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Um papa nascido na corrupção…

Odilo Scherer: papável, mas com padrinho ruim

A comunidade católica brasileira está exultante com a possibilidade de o cardeal Odilo Scherer vir a ser eleito papa.

O brasileiro é um dos cotados para o cargo e tem chances de ser o escolhido.

Mas Odilo Scherer só é um papabilli por ser afilhado do cardeal Tarcísio Bertone, reponsável por todas as mazelas da igreja católica e o pai de todos os corruptos das religiões mundiais.

Bertone deixa no chinelo gente como Silas Malafaia, Valdomiro Santiago, Estevan Ernandez ou Edir Macêdo, próceres do que ha´de pior na religião evangélica. 

O capo católico quer um papa que seja amestrado por ele, que possa atuar para manter debaixo do tapete todas as sujeiras do Vaticano.

Exatamente por isso – apesar da festa que a Rede Globo faz pela sua condição de candidato, manipulando a massa de católicos alienados – Odilo Scherer pode ter dificuldades para se eleger.

Bertone, chamado de “capo” pelos colegas cardeais

Cardeais italianos e americanos trabalham para sufocar o poder de Tarcísio Bertone na cúria. E uma das formas de conseguir êxito é impedindo que alguém ligado a ele seja eleito papa ou secretário de Estado noVaticano.

Bertoni está envolvido com a corrupção e desvio de milhões de dólares no Banco do Vaticano e protege claramente padres, bispos e cardeais pedófilos, sob a alegação de “proteger a imagem da igreja”

A cúpula da Igreja Católica tenta vender ao mundo a imagem de pureza e santificação no conclave que escolherá “Sua Santidade”, exaltando a arte e a beleza da Capela Sistina.

Mas a movimentação de bastidores dentro da cúria tem os mesmos ingredientes de disputa política que envolve qualquer disputa de poder – dentro ou fora das igrejas, seja qual for a religião ou o interesse.

Os  papabilli, como os políticos,  estão interessados mesmo em assuntos bem mais mundanos…

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Imagem do dia: agora um ex-papa…

Bento XVI deixou hoje, oficialmente, de ser o papa, chefe mundial da Igreja Católica. Sua renúncia cria uma inusitada situação entre os católicos mundiais: a de conviver com um ex-sumo pontífice. A igreja deve escolher o susbituto de Joseph Ratzinger nas próximas semanas. Mas não tem anda noção clara do que fazer com o substituído.

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A homossexualidade na Igreja Católica…

A renúncia do papa Bento XVI ao título de chefe mundial da Igreja Católica – ele faz hoje a sua última aparição oficial no posto – recrudesceu o debate sobre pedofilia e homossexualidade na denominação religiosa.

Desde o anúncio de que o papa iria renunciar ao comando da igreja nesta quinta-feira 28, os escândalos sexuais de padres e bispos voltaram à tona – desta vez envolvendo até mesmo cardeais que participariam do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI.

Mas por que há tantos padres gays na Igreja Católica? Ou, pelo menos, por que surgem tantos casos de pedofilia nesse meio social?

Ao que parece, a própria doutrina da igreja acaba estimulando a busca da batina por homossexuais.

A exigência do celibato para sacerdotes funcionaria como uma espécie de “armário”, atraindo jovens que encontrariam neste tipo de cortina de fumaça uma forma de esconder sua condição sexual.

Numa igreja evangélica ou protestante – ou mesmo na sociedade secular – seria mais difícil para um jovem do sexo masculino alcançar a maioridade sem se relacionar com mulheres.

Tudo isso fruto também da cultura cristã impregnada, que disseminou a equivocada ideia de que ser gay é estar no pecado e distantes dos desígnios de Deus – uma tolice que funciona como mantra quanto mais atrasada é a sociedade.

Na igreja católica, homossexuais fugindo da opressão encontram a justificativa para não estar acompanhado exatamente o fato de ser padre, frei, seminarista…

Protegidos pela batina e pelo celibato, os jovens conseguem esconder sua condição da pressão familiar e social.

Mas acabam sucumbindo às “concupiscências da carne” de forma deturpada, usando da condição sacerdotal para abusar de menores – uma consequência da imposição doutrinária.

Como a igreja também é patrimonialista, estes “desvios” acabam sendo escondidos para evitar escândalos que levem a dilapidação patrimonial.

Desta forma, ao longo da história, os padres homossexuais se sentiam ainda mais protegidos no armário da doutrina celibatária.

O problema é que os tempos são outros, e a aura de santidade já não é vista por toda a sociedade, que tomou coragem para denunciar.

E o resto da história está sendo contada nos tempos atuais…

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Renúncia do Papa é compreensível e respeitável

Papa Bento XVI abençõe multidão de fiéis presentes neste domingo durante a oração do Ângelus (Foto: Alberto Pizzoli/AFP)

Papa Bento XVI em sua última missa realizada ontem (24).

A renúncia do Papa Bento XVI, que será oficializada no próximo dia 28, nada mais é do que uma atitude extremamente compreensível e respeitável.

Não pela justificativa dada alegando idade avançada e problemas de saúde, já que seu antecessor, o Papa João Paulo II, tinha a saúde extremamente mais frágil e permaneceu no cargo até o último dia de sua vida, como é o normal no papado.

Talvez existissem reticências após a legação e logo a seguir viria o real motivo: não teria mais saúde para comandar o desmando que é o Vaticano.

Bento XVI deixa o papado pelo motivo óbvio de que o Vaticano é um trem desgovernado há séculos e ele, ao permanecer no cargo, sucumbe aos desvios de conduta denunciados a todo momento.

Permanecendo ele teria que realinhar o Vaticano ou congregar com a corrupção interna. Renunciado, ele assume que prefere não participar desse circo, que não tem mais idade para isso.

Renunciar foi nada mais do que sensato e compreensível.

E que Deus abençoe o Vaticano.