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Natal, Papai Noel e o nascimento de Jesus…

As Igrejas – católica e evangélica – condenam o consumismo natalino estabelecido pela industria cultural.

Mas comete o mesmo crime ao tentar sacralizar a festa pagã, incentivando a idéia equivocada de que, no Natal, deve-se comemorar o nascimento de Jesus.

Tudo em nome do proselitismo religioso o que, em essência, acaba sendo também uma forma de consumismo – o mercantilismo da fé.

Natal nada tem a ver com o nascimento de Jesus. Jesus não nasceu em dezembro e muito menos no inverno, como mostra o relato de Lucas.

Os historiadores mais respeitados e aceitos apontam o nascimento de Jesus no mês de abril. E nasceu em Nazaré, não em Belém, como impuseram os evangelistas Marcos e Lucas para conciliar a história do nazareno com o mito da profecia bíblica de Miquéias.

Portanto, quando a igreja “comemora” a morte de Jesus, durante a semana santa – também por interesses meramente  proselitistas – deveria, na verdade, comemorar seu nascimento.

O Natal é uma festa criada pelos povos antigos para comemorar a chegada do Sol, após o inverno rigoroso. Os povos antigos o comemoravam no dia 25 de dezembro, data do nascimento do deus pagão Mitra.

Como a igreja necessitava de uma data para comemorar o nascimento do seu símbolo maior, apropriou-se do Natal, festa já muito popular e com cunho religioso por causa de Mitra.

Daí passou a impor como data de festa para Jesus.

Mas a única relação do Jesus com o Natal é o clima de paz, confraternização e alegria que marca a data. Coisa que também o símbolo do Papai Noel representa bem, para despeito das igrejas e dos anti-imperialistas.

Natal é só uma festa, uma época para se divertir, dançar, beber, brincar, se confraternizar, comprar, renovar a casa e sorrir – quer queiram ou não os puristas.

E por si só, já é a melhor época do ano.

É este o verdadeiro espírito do Natal…

Publicado originalmente em 24/12/2009 como título “Natal não é o nascimento de Jesus”
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Livrar de quê???

Da revista Época

” Você é evangélico? – ela perguntou.

 – Sou! – ele respondeu, animado.

– De que igreja?

– Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.

– Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?

 – Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.

 – Legal.

– De que religião você é?

– Eu não tenho religião. Sou ateia.

 – Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.

– Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.

 – Deus me livre!

 – Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.

– (riso nervoso).

 – Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?

 – Por que as boas ações não salvam.

– Não?

– Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.

 – Mas eu não quero ser salva.

– Deus me livre!

– Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.

– Acho que você é espírita.

– Não, já disse a você. Sou ateia.

– É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.

 – Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?

– É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto…

(…)

Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele.”

Leia aqui a íntegra do texto

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A unção e a bênção…

As parábolas bíblicas ensinam que, ao longo da história, Deus usou duas formas de se manifestar aos seus escolhidos na terra.

A alguns ele se dedicava com bênçãos. Eram abençoados a atravessar um deserto ou a conquistar uma tribo, como Moisés e Josué, por exemplo.

E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se ouvires a voz do Senhor teu Deus diz Deuteronômio 28:2.

O destaque é para mostrar  que há sempre uma condição à bênção, que é a rendição aos desígnios divinos.

Mas há uma outra forma de relação de Deus com o homem, segundo revelam as histórias bíblicas. É a unção, ou, em palavras atuais, a força da mão de Deus sobre uma vida, quando ele decide ungi-la.

Para os ungidos, não há condição – é escolha de Deus e ponto. Independente da condição moral, social ou física do escolhido.

– Não considere sua atitude, sua aparência, nem sua altura, pois eu o rejeitei. O SENHOR não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o SENHOR vê o coração –  I Samuel 16: 6 e7.

Davi e Jacó são exemplos de escolha soberana de Deus independente da condição do escolhido.

Davi era um mulherengo que, dentre outras picaretagens,  se apoderou da mulher do seu capitão, a engravidou, e, para não ser descoberto, providenciou a morte do marido traído.

Mesmo assim, Deus o ungiu Rei de Israel.

Jacó foi um falastrão que ludibriou o irmão para tomar-lhe a primogenitude e aliciou a mãe para enganar o próprio pai.

Mesmo assim, Deus o ungiu como homem segundo os seus propósitos.

Se a Bíblia for analisada à luz da doutrina,  exemplos saltam aos olhos: mais importante do que o desejo do homem, o que prevalece sempre, em qualquer circunstância, é a vontade soberana de Deus.

E esta vontade não muda. Nunca.

Pode o homem ser o  mais humilde, mais dedicado à obra e mais sequioso dos destinos divinos. Mas, se não for a vontade de Deus que ele prevaleça, de nada adiantará.

Por outro lado, o homem pode até desdenhar da existência divina, pode recusar a trindade ou negar a ressurreição, mas se Deus estiver com ele – o tiver ungido – nada o acontecerá até que chegue a hora dos efeitos da unção.

E para reforçar a intimidade com Deus mesmo daqueles que o negam, I Samuel 26:9 sentencia: 

– Quem pode levantar a mão contra o ungido do SENHOR e permanecer inocente? 

Em outras palavras: ai daquele que tocar no ungido do Senhor…

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Enfim, uma coerência na voz de Malafaia…

Malafaia, em uma de suas cruzadas, como a de hoje, em São Luís

Depois de tanta insensatez e truculência, o pastor evangélico Silas Malafaia finalmente conseguiu expressar uma posição de coerência em suas declarações públicas.

Está lá embaixo, quase na última linha da matéria feita por Diego Torres, em O Estado do Maranhão:

A Constituição me assegura que o local de culto é inviolável. Se eles estiverem pensando em fazer isso, devem se presos, assim como qualquer evangélico que petubar evento de outra religião disse Malafaia.

Ele tem razão.

Ninguém tem o direito de tentar tumultuar a cruzada evangélica promovida pelo pastor no Aterro do Bacanga.

Trata-se  de provocação criminosa a presença de grupos GLBT ou de outras manifestações religiosas tentando desvirtuar o conceito do culto, como foi especulado nos últimos dias.

Da mesma forma que pode ser considerada crime a presença de evangélicos fazendo proselitismo em eventos como a Parada Gay ou manifestações católicas, por exemplo.

Silas Malafaia – e os evangélicos de todas as denominações – têm todo o direito de realizar seu evento dentro da mais absoluta paz.

E com a  garantia de Segurança dada pelo Estado, que aprovou e liberou as instalações.

Simples assim…

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Um lobo em pele de cordeiro…

Malafaia: só mais um manipulador da fé alheia

É muito mais desequilibrado do que se pensava o pastor Silas Malafaia, que realiza culto evangélico neste final de semana em São Luís.

Quem ouviu a tentativa de entrevistá-lo, hoje, na rádio Capital AM, percebeu um ser completamente inescrupuloso, boca-suja e vulgar, que destoa totalmente do perfil de um líder religioso, seja ele de qual  denominação for.

Malafaia é só mais um mercador da fé, como tantos que enriquecem às custas do povo ingênuo das igrejas evangélicas, instado a acreditar no que ele diz por uma rede de marketing e propaganda subliminar quase onipresente nos templos.

Termos como “cara”, “vagabundo”, e gírias típicas da malandragem carioca marcam o seu baixo-vocabulário.

Malafaia, no entanto, faz parte dos 20% dos espertalhões que manipulam a fé evangélica no Brasil (os outos 80% são os “ingênuos”, que acreditam piamente em tudo o que dizem os espertalhões).

Usa como ninguém as armas de marketing e está aproveitando cada segundo da polêmica criada em São Luís por causa da tentativa de torná-lo cidadão ludovicense.

Sabe que, assim, conseguirá atrair cada vez mais gente para suas cruzadas caça-níqueis, garantindo o lucro certo de seu negócio.

Um verdadeiro lobo em pele de cordeiro…

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Pereirinha garante: “Não haverá título a Malafaia”…

O presidente da Câmara Municipal , Isaias Pereirinha (PSL), afirmou hoje pela manhã, que o pastor Silas Malafaia não receberá título de cidadão ludovicense.

–  Ele [Silas Malafaia] não terá mais título nenhum. Eu não me meto nessa confusão, mas garanto que ele não receberá título de cidadão – respondeu Pereirinha, ao ser perguntado hoje, sobre a expressão “poleiros de bocós”, usada pelo pastor para se referir à Câmara Municipal.

As informações são do blog de Gilberto Léda….

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Ivaldo colhe assinaturas para título de “persona non grata” a Malafaia…

Malafaia tanto fez que já não é bem-vindo a São Luís

O que este blog havia previsto desde ontem começa a ser articulado na Câmara Municipal de São Luís: o pastor Silas Malafaia pode virar persona non grata na capital maranhense.

Entenda aqui o que significa persona non grata.

Autor do pedido, o vereador Ivaldo Rodrigues (PDT) já começou a colher as assinaturas – tem seis. Para ser aprovado, necessita de 14 assinaturas.

A bancada evangélica da Câmara começa a se mobilizar em favor de Malafaia, para evitar que a Câmara o declare persona non grata.

A qualificação oficial dada ao pastor, na opinião de Rodrigues, é uma resposta às agressões à Câmara, a ele e até à vereadora Rose Sales (PCdoB), autora da proposta de concessão de título de cidadão ao líder religioso.

Malafaia chamou a Câmara Municipal de “poleiro”, disse que Ivaldo Rodrigues era uma “bandido, vagabundo” e chamou de “frouxa” até sua própria homeageante, Rose Sales.

O título de Persona non Grata não impede que o cidadão entre na cidade, por exemplo.

Mas a presença de um sujeito com este perfil em um local que o tem como “não agradável” ou “não bem-vindo”, se dá por conta e risco.

Ou seja, caso seja declarado “não bem-vindo”, Malafaia será o único responsável pelo que possa ocorrer com ele em terras ludovicenses.

E não poderá reclamar…

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O desperdício de um mandato…

Rose Sales: equívocos, nada mais...

Autora da proposta de concessão de título de cidadão ao truculento e boca-suja pastor Silas Malafaia, a vereadora Rose Sales (PCdoB) é um desperdício de mandato na Câmara Municipal.

Suas ações nestes três anos de atuação passam apenas pelo interesse pessoal, omissão e proselitismo religioso, absolutamente incompatíveis com o exercício do mandato legislativo.

A vereadora já veio errada na origem.

Não faz qualquer sentido a junção do comunismo com as práticas religiosas dos evangélicos, contradição que a própria Rose faz questão de destacar em seu mandato.

A parlamentar ganhou destaque em apenas três momentos nesta legislatura. Nas três, de maneira negativa.

No início de 2010, reportagem de Diego Torres, em “O Estado do Maranhão” revelou que, mesmo fazendo suposta oposição ao prefeito João Castelo (PSDB), Rose Sales havia sido beneficiada com emendas – de cerca de R$ 300 mil – todas encaminhadas a um instituto presidido pelo próprio marido.

Rose reclamou, Rose praguejou, Rose chorou…, mas não conseguiu convencer nem o próprio PCdoB de que agira com mero interese público.

Agora, em 2011, descobriu-se que a vereadora omitiu-se da análise das mudanças que o prefeito pretendia no IPTU, gerando distorções gravíssimas na cobrança do imposto. E, quando os deputados estaduais cobaram explicações do prefeito, Rose Sales ficou ao lado da Câmara no repúdio aos parlamentares.

Se não pecou por ação, mais uma vez pecou por omissão.

E finalmente chega-se ao inusitado Título de Cidadão do tresloucado pastor Malafaia. Título que o próprio Malafaia desdenhou, classificando a Câmara de “poleiro” e a autora de “frouxa”.

 Não há registro na Câmara – ou na Assembléia – de honraria que causasse tamanha rejeição popular.

Mas, também, diante da folha-corrida exibida por este mercador da fé…

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Câmara arquiva título de cidadão de Malafaia…

Malafaia causa confusão em São Luís

A Mesa Diretora da Câmara Municipal decidiu retirar de pauta o projeto de Lei, de autoria da vereadora Rose Sales (PCdoB), que concede título de cidadão de São Luís ao pastor Silas Malafaia.

A Casa entendeu que a Resolução que estabelece as regras para concessão da honraria não prevê títulos a quem não more em São Luís por, pelo menos, cinco anos.

A estratégia de Rose Sales era agraciar Malafaia durante sua passagem por São Luís, prevista para este fim-de-semana, no Aterro do Bacanga.

Por isso ela apresentou o projeto ainda no mês passado.

O arquivamento é uma vitória do vereador Ivaldo Rodrigues (PDT), chamado de “vagabundo” e “bandido” pelo pastor, segundo comentários das redes sociais, ontem.

Durante a discussão do título, mês passado, Rodrigues acusou Malafaia de ser homofóbico ao atacar violentamente os homossexuais em suas pregações.

E decidiu pedir vistas do projeto, que até hoje não retornou à pauta.

O problema é que os crentes morderam a isca e partiram para agressão contra o vereador – a mesma agressão da qual o pastor é acusado.

O contra-ataque evangélico gerou ainda mais antipatia em relação a Silas Malafaia.

Que, ao invés de cidadão, pode agora, ser considerado persona non grata na capital maranhense…

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Ao invés de cidadão, Malafaia pode virar “persona non grata” em São Luís…

Malafaia: pregação e agressão

O pastor Silas Malafaia pode ter jogado fora, hoje, a última chance de se tornar cidadão honorário de São Luís.

As redes sociais Twitter e Fecebook foram inundadas hoje pr mensagens críticas ao pastor, acusando-o de ter agredido verbalmente o vereadr e vice-líder do governo municipal na Câmara, Ivaldo Rodrigues (PDT).

“Bandido” e “vagabundo” foram alguns dos adjetivos usados pelo mercador da fé contra o vereador, em entrevista à rádio 92,3 FM, de orientação evangélica, segundo se comenta nas redes.

A emissora ainda não se pronunciou oficialmente.

Mas já se cogita nos bastidores da Câmara Municipal um título de “persona non grata” ao pastor. Este tipo de rótulo impede, por exemplo,  que o “agraciado” tenha livre acesso à cidade.

Silas Malafaia programa para o final de semana uma de suas cruzadas que percorre o país “salvando almas” e arrecadando ofertas. A de São Luís é patrocinada pela rádio 92,3.

Foi para falar do evento na emissora, por telefone, que ele teria aproveitado para desancar o vereador pedetista.

O Título de Cidadão a Silas Malafaia foi proposto pela vereadora Rose Sales (PCdoB), mas fortemente criticado na Câmara. A idéia era aproveitar a passagem do negócio do pastor por São Luís para realizar a solenidade de entrega do título.

Ivaldo Rodrigues, no entanto, pediu vistas para analisar melhor a proposta, o que teria irritado o pastor.