Trânsito e tranportes

Não bastassem os intensos engarrafamentos e defasado sistema do transporte público de São Luís, uma nova crise pode instalar no transporte público da capital.

Os rodoviários querem aumento de 15% nos salários e benefícios, enquanto as empresas de de ônibus não aceitam a proposta. O Sindicato dos rodoviários afirma que a carga horária vai além do estabelecido por lei.

A tensão pode aumentar e se tornar mais uma vez uma greve de motoristas e cobradores na capital, já que depois de algumas reuniões o impasse continua e a nenhum acordo se chega.

Causando mais transtornos ainda à população.

Multas em São Luís estão nulas desde o início do ano

Das cerca de 57 mil multas canceladas pela Prefeitura de São Luís por falta de conrato com a operadora dos sistemas de fiscalização eletrônica, pelo menos 10% já haviam sido pagas pelos infratores.

Estes condutores têm direito ao ressarcimento dos valores pagos.

Aliás, este blog foi o primeiro a alertar sobre a nulidade das multas na gestão Edivaldo Holanda Júnior (PTC), ainda no dia 26 de janeiro, no post “Barreiras eletrônicas funcionam, mas não podem multar…”

Estão nulas as multas registradas entre 1º de outubro de 2012 e 31 de janeiro de 2013, conforme nota divuglada pela SMTT semana passada.

Mas a Secretaria estuda anular também as multas de fevereiro e as registradas até o dia 15 de março.

São mais de 5 mil usuários que tiveram de pagar para poder regularizar os documentos do veículo.

As Secretarias Municipais de Trânsito e Transporte Público (SMTT) e de Obras e Serviços Públicos (Semosp) anunciaram que, até 2014, serão construídos cerca de 300 novos abrigos para usuários do transporte público de São Luís.

Contudo, os novos abrigos seguirão o modelo instalado pela gestão passada em ferro galvanizado com 4 metros de comprimento e 2,4 metros de altura.

Apesar de contar com um item essencial, que é acessibilidade, estes abrigos para passageiros deixam muito a desejar.

Primeiro pela pequena estrutura que não comporta o grande número de passageiros que circulam todos os dias e esperam até uma hora pelo transporte.

E segundo que não proporciona a devida proteção contra as chuvas muitas vezes torrenciais.

O modelo precisa ser novo, para uma gestão que ainda promete ser nova também.

Se por um lado o serviço da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) anda lento para a população, do outro, os motoristas também reclamam muitas vezes sem razão.

Porque são esses mais “reclamões” os que não respeitam regras essenciais das leis e da convivência no trânsito.

Os chamados “donos da rua” são cheios de vícios.

Por exemplo, não usam seta e quando usam é em cima da hora, ligam e passam a todo vapor, mudando de faixa.

O que, na maioria das vezes, ocasiona as corriqueiras batidas, gerando os comuns congestionamentos.

Como o que, absurdamente, aconteceu na manhã de hoje, quando, nos dois sentidos da ponte do São Francisco, houve duas batidas. Prudência é que não foi, mas sim um querendo tomar sempre mais a dianteira do que o outro.

Assim, com um comportamento desses, fica difícil reclamar dos gestores.

Depois pegam multa e dizem não saber o porquê.

Pouco aproveitadas, vias internas ficam ociosas

Uma das formas de melhorar substancialmente o tráfego nas vias de São Luís é investir na ligação entre os bairros.

A ligação interbairros, a propósito, foi uma das promessas do atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), contudo, até o momento a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) não tocou no assunto.

É algo inaceitável o trajeto que alguns ônibus da capital fazem para chegar aos seus destinos.

Enquanto, por exemplo, existe uma avenida inteira do bairro Itapiracó para ser usada, o percurso Cohatrac – Turu obriga o usuário a ter que dar a volta pela Cohab.

Não precisa ser especialista em trânsito para saber que ligando os bairros, o tráfego nas principais avenidas vai desafogar consideravelmente.

E não é difícil fazer isso.

A limpeza nos terminais de integração, iniciada no mês de janeiro, pela Prefeitura de São Luís, de nada adiantou. Ao contrário, parece que a ação foi apenas de fachada para mostrar serviço.

Os terminais de integração continuam na maior imundície. Nota-se o intenso mau cheiro, sobretudo de urina, antes mesmo de adentrar o local, de tão podre que está.

A situação dentro dos terminais é de completo abandono: paredes encardidas, banheiros sujos, placas e bancos quebrados.

Um dos dois postos de recarga automática e consulta de cartão de transporte vez ou outra não funciona e está com o vidro do visor quebrado.

O Centro Histórico, que deveria ser lavado todos os domingos, segundo a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), continua na mesma situação de sujeita.

Percebe-se que, por enquanto, nada mudou.

Fábio Câmara: monopólio denunciado

O presidente da Comissão de Transportes da Câmara Municipal, vereador Fábio Câmara (PMDB), denunciou hoje a existência do que parece ser um monopólio no transporte, controlado pela empresa Primor/TCM.

Exatamente como este blog já havia denunciado, como pose ser lido aqui e aqui.

Câmara vai pedir instaruação de investigação do possível esquema pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

– Das seis bacias existentes em São Luís, a empresa Primor/TCM, de propriedade do senhor Romeu Aguiar, é a única que opera em todas. E dos cinco terminais da integração que existem, este mesmo grupo opera com mais de 50% em dois, sendo o da Cohama-Vinhais e Cohab-Cohatrac – disse o vereador.

Há duas semanas, quando a propaganda de Holandinha tentou vender a idéia de que ele havia quebrado o monopólio da empresa Taguatur, na área Itaqui-Bacanga, este bog desmscarou o esquema e mostrou que, na verdade, o que houve foi um beneficiamento nà Primor, que ganhou mais linhas. (Relembre aqui)

 – O prefeito não quebrou o monopólio do transporte coisa nenhuma, pelo contrário, fortaleceu ainda mais um grupo que comanda o serviço na região Metropolitana – completou.

Para ele, as novas linhas criadas pela Prefeitura na área Itaqui-Bacanga precisariam ser discutidas de forma ampla com os empresários do setor, mas ao invés de abrir um dialogo, a Prefeitura resolveu presentear o grupo Primor/TCM, que já opera linhas na Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, municípios da Grande São Luís.