Ex-governador foi denunciado por Corrupção Ativa e Passiva, Peculato e Formação de Quadrilha, no caso que ficou conhecido após a Operação Navalha, da Polícia Federal, em que chegou a ser preso
A Justiça Federal do Maranhão resolveu acatar a denúncia do Ministério Público contra o ex-governador e deputado federal eleito José Reinaldo Tavares (PSB), por quatro crimes relacionados ao caso Gautama: Peculato, Corrupção Ativa, Corrupção Passiva e Quadrilha.
A denúncia contra Tavares – que assumirá em janeiro uma das secretarias do governo Flávio Dino (PCdoB) – foi recebida pelo juiz federal José Carlos do Vale Madeira.
A informação foi dada ontem, em primeira mão, pelo blog de Luís Pablo.
– Com efeito, vejo que a denúncia descreve detalhadamente os fatos que sustentam as imputações, apresentando elementos indicativos de que os denunciados sejam possivelmente os autores dos ilícitos penais em questão, possibilitando plenamente o regular exercício do direito de defesa – diz, em seu despacho, o juiz Madeira.
O magistrado afastou apenas a acusação do crime de Falsidade ideológica, por que o MPF não apresentou provas suficientes.
As acusações contra Tavares são referentes à sua participação no favorecimento da construtora Gautama, esquema desbaratado na Operação Navalha, da Polícia Federal, em 2007.
Além do ex-governador, que chegou a ser preso durante a operação, outros 22 acusados responderão aos crimes.