7

O partido diz o posto, mas Flávio Dino escolhe o nome…

O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) tem adotado um critério particular para cumprir os compromissos com as legendas que o apoiaram na campanha.

Os líderes dos partidos podem até dizer que cargos querem no primeiro escalão do governo, mas é dele a prerrogativa de escolher o nome.

Por este critério é que a deputada Eliziane Gama ainda está de fora do governo.

http://static.hsw.com.br/gif/totalitarismo-1.jpgEla pediu a Dino a Secretaria de Ciência e Tecnologia, mas Dino só aceitava entregá-la ao PPS se fosse ela própria a titular.

Depois que a deputada deixou claro o interesse de ficar em Brasília, chegou-se ao consenso de que a ela caberia a Secretaria de Cultura; desde que o indicado fosse o professor Altemar Lima, do PPS.

Eliziane mais uma vez não acatou a imposição dinista, embora o PPS já a pressione por solução para o partido, sedento por cargos no governo.

O PDT também já definiu seu espaço: a Secretaria de Educação.

Mas os nomes apresentados até agora foram vetados pelo governador, que tem um de sua preferência – e este não tem alinhamento com a direção partidária.

Nem mesmo os petistas da chamada “resistência” tiveram direito de dizer o que queriam no governo. Márcio Jardim, por exemplo, tentou Esporte, Trabalho e Economia Solidária, mas teve à disposição apenas a representação em Brasília.

Pior foi o Solidariedade, de Domingos Dutra e Simplício Araújo, que nem sequer conseguiu ter o espaço desejado aprovado pelo governador.

E assim Flávio Dino vai montando seu governo com escolhas absolutamente pessoais.

E indicações partidárias restritas à sua preferência…

1

Movimentos de quem fica…

De O EstadoMaranhão

Os últimos dias da governadora Roseana Sarney (PMDB) foram de intensa movimentação política, em Brasília e em São Luís.

E hoje, ela se prepara para um périplo também pela região tocantina, a começar por RImperatriz, onde terá encontro com a classe política e fará inaugura e vistoria em obras e serviços oferecidos pelo seu governo na região.

A movimentação da governadora sugere uma Roseana ativa e disposta ao envolvimento com as questões políticas, no Brasil e no Maranhão.

E em nada levam a entender que ela esteja de saída do ambiente político.

Roseana sabe da força popular e do prestígio político que detém no Maranhão.

E sabe que, mais cedo ou mais tarde, a história e o cidadão que ainda resistem ao resultado prático de sua gestão no estado irão reconhecer todo o seu esforço e o seu trabalho pelo desenvolvimento do estado.

Uma prova disto ela teve esta semana em Brasília, quando se mostrou uma das principais líderes do PMDB nacional, na reunião de cúpula que discutiu o futuro do partido no governo Dilma Rousseff (PT) e no Congresso Nacional.

A governadora voltou da capital federal convicta de sua força política e partidária e sabe que isso ficará mais evidente daqui pra frente.

Prestes a repassar o governo ao seu sucessor, Flávio Dino (PCdoB), que receberá dela um estado enxuto, com obras em conclusão e a concluir tanto em São Luís quanto no interior e projetos e investimentos garantidos, Roseana sabe que – embora tenha demonstrado o desejo de descansar com a família após deixar o governo em 2015 – isso será muito difícil, em função dos seus próximos passos políticos.

Talvez alguns meses sabáticos, quem sabe no primeiro semestre, até para dar tempo ao tempo.

E até por que, em 2016 tem importante eleição municipal.

E o eleitor, certamente, irá cobrar a sua presença…

 

Da coluna Estado Maior, com ilustração do blog

10

Julião Amin na Secretaria de Trabalho…

http://clodoaldocorrea.com.br/wp-content/uploads/2012/11/juliao.jpgO ex-deputado federal Julião Amin (PDT) foi indicado agora há pouco como futuro secretário do Trabalho do governo Flávio Dino (PCdoB).

O pedetista ainda aguarda decisão do STF em relação aos votos do  companheiro de partido Deoclides Macedo, para saber se ainda garantirá vaga de deputado federal.

De qualquer forma, é a primeira indicação do PDT para o futuro governo.

O partido também coita a pasta da Educação…

5

João Castelo: “Não resta outra opção além do embate”…

"Castelo defende mudanças de estratégias do PSDB em relação ao nordeste"

“Castelo defende mudanças de estratégias do PSDB em relação ao nordeste”

O deputado federal eleito João Castelo (PSDB-MA) engrossou a tese de que o partido deve seguir firme na oposição ao governo federal pelos próximos 4 anos e que o momento agora não é de diálogo. Além disso, Castelo afirmou que irá sugerir uma campanha de ações no nordeste para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.

Castelo foi eleito para o mandato em outubro deste ano e mostrou força na capital maranhense obtendo o segundo lugar na preferência do eleitorado em São Luís.

Sobre a possibilidade de diálogo entre PSDB e PT, algo sugerido pela presidente Dilma Rousseff logo após as eleições, o tucano foi taxativo.

Respeito a presidente e aceito o resultado das urnas. Contudo, não resta outra opção além do embate. Feito de forma democrática e responsável, com a chancela de 51 milhões de brasileiros que disseram não ao modelo que está aí.

João Castelo também falou sobre os resultados das eleições e os debates posteriores:

Costumo dizer que abaixo de Deus só existe o povo. E se o povo decidiu, temos que aceitar. Agora, o que não pode é tentar culpar região X ou Y pelo resultado. A presidente foi votada em todas as regiões e o Aécio também foi votado em todas as regiões. O que determinou, em meu ponto de vista, foi o planejamento e/ou a falta dele.

3

Governadora Roseana e Michel Temer lado a lado na reunião do Conselho Nacional do PMDB…

unnamed (1)A governadora Roseana Sarney foi destaque na reunião do Conselho Nacional do PMDB, agora pela manhã, no Hotel Nacional, em Brasília. É que ao ver a maranhense entrando na sala, o presidente do partido e vice-presidente da República, Michel Temer, fez questão de convidá-la para sentar-se ao lado dele.

De pronto, a governadora Roseana aceitou o convite e se dirigiu à mesa. Ficou lado a lado com o vice-presidente durante todo o encontro, que reuniu a cúpula do partido.

Vale lembrar que Temer também fez questão de telefonar para a governadora para convidá-la a participar do jantar de confraternização com as lideranças da legenda na noite de ontem, no Palácio do Jaburu. Governadores, senadores e deputados federais, entre atuais e recém-eleitos, participaram do evento.

9

Manifestações anti-Dilma são golpistas…

Por Ed Wilson Araújo, com ilustrações do blog

 

A extrema direita voltou às ruas, dessa vez para contestar o resultado da eleição que renovou o mandato da presidente Dilma (PT) e pedir uma intervenção militar no Brasil.

Trata-se de uma grotesca tentativa de golpe e um retrocesso nas conquistas democráticas.

Dilma foi eleita e deve cumprir seu mandato. É a regra do jogo democrático.

Alienados paulistas pedem até golpe militar; sabem de nada, inocentes...:

Alienados paulistas pedem até golpe militar; sabem de nada, inocentes…:

Critiquemos ou não do PT, o resultado deve ser respeitado, garantindo a decisão do povo que foi às urnas e escolheu.

As manifestações anti-Dilma beiram o fascismo. São intolerantes e agridem a vontade da maioria.

Esse filme já passou, em outras épocas, com atores semelhantes.

Às vésperas do golpe militar de 1964, os setores retrógrados organizaram a Marcha da Família com Deus pela Propriedade.

Logo depois, veio a deflagração da ditadura. Seguiram-se o fechamento do Congresso, as prisões, censura, torturas e mortes.

Dezenas de livros e filmes são fartos em relatos sobre as atrocidades praticadas contra os direitos humanos nos porões da ditadura.

Na política, a melhor invenção é a democracia. O avesso disso é a negação de direitos fundamentais da sociabilidade.

Liberdade de expressão e manifestação do pensamento são conquistas da Constituição de 1988, após um longo período de luta pela redemocratização.

PSDB tenta se esquivar, mas cartazes comprovam ligação com o golpe

PSDB tenta se esquivar, mas cartazes comprovam ligação com o golpe

Podemos e devemos criticar o PT, no intuito de melhorá-lo, mas não podemos negar que esse partido foi fundamental para a retomada do processo democrático no Brasil.

Muitos militantes de esquerda sacrificaram a vida para que outros pudessem viver.

Se o petismo cometeu erros políticos e administrativos, é outro debate.

O mais importante de tudo é a garantia das liberdades individuais, inclusive o direito de se manifestar contra os governos, quaisquer que sejam.

Uma coisa é fazer oposição, protestar e cobrar. Outra, completamente diferente, é armar um golpe para derrubar a presidente eleita e impor um regime autoritário.

Na ditadura do Brasil, até o direito de reuniões foi cerceado.

Qualquer pessoa poderia ser apontada como suspeita, ser presa, torturada e morta.

A ditadura é a negação da vida.

Já viramos esta página. Que não venha nunca mais.

3

Zé Inácio volta a defender independência do PT em relação ao novo governo…

Parlamentar critica participação de representante do PSDB no comando dos programas sociais e ressalta neutralidade de Dino no segundo turno, o que levou os petistas a suspender debate sobre atrelamento ao governo

 

Inácio: a luta agora é pelo projeto do PT

Inácio quer independência em relação ao governo

O deputado estadual eleito Zé Inácio Rodrigues voltou a defender, em conversa com o titular do blog, independência do PT em relação ao futuro governo Flávio Dino (PCdoB).

Logo após as eleições, ele já havia declarado ao blog que pretende ter postura independente na Assembleia Legislativa. (Releia aqui)

–  Defendi três pontos no encontro petista: 1- esperar uma posição da direção nacional do OPT em relação ao governo Dino, levado em conta a neutralidade dele na eleição; 2 – esperar o Flávio montar seu secretariado, até por que já cae uma crítica ao fato de ter um tucano cuidando das ações sociais; e 3- que o PT tome uma postura de independência e libere os que apoiaram o candidato do PCdoB para compor o governo, se quiserem e tiverem espaço – voltou a ponderar o futuro parlamentar.

berenice-no-pcdob-550x412

Coordenadora de Dilma, Berenice (c) pregou atrelamento “institucional” a Dino

Inácio participou na última quinta-feira de reunião do partido, após revelação deste blog – com exclusividade – de que a coordenadora da campanha e Dilma Rousseff no Maranhão Berenice Gomes, havia defendido o atrelamento institucional do PT ao governo Dino. (Relembre aqui)

A partir das questões de Inácio, o PT decidiu suspender o debate sobre a aproximação com Dino até que o Diretório Nacional discuta a questão, o que deve ocorrer no final de novembro.

Só depois disso, os petistas poderão se movimentar no Maranhão…

0

O PSDB não quer um Tea Party…

Os líderes do PSDB não querem se confundir com os que defendem o impeachment e a volta dos militares.

Ao retornar ao Senado, Aécio Neves não vacilou:

– Os que agem de forma autoritária e truculenta não estão no nosso campo político.

Os tucanos querem distância da “direita”.

Explicam que isso poderia afastá-los de setores progressistas que conquistaram por causa da leniência dos governos do PT no combate à corrupção.

O joio e o trigo

A manifestação do presidente do PSDB vem se somar às de outros líderes do partido.

O governador Geraldo Alckmin (SP) adota o mesmo tom:

– Nós, que lutamos pela democracia, não podemos aceitar esse tipo de coisa.

Ao criticar os que pregam o impeachment, o ex-secretário de governo em São Paulo Xico Graziano é chamado nas redes sociais de “comunista”, “petralha” etc.

A cúpula tucana dá um basta, como disse um dos seus, aos “trogloditas”.

Pois seus líderes na Câmara definiram ontem que precisam sair dos muros do Congresso, porque não podem se limitar a fazer oposição parlamentar.

Eles querem ir às ruas mobilizar e se comunicar com a sociedade.

Da coluna Panorama Político, de O Globo

1

Petistas todos com Holandinha…

Se há uma unanimidade no PT maranhense, esta é a posição de atrelamento à gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) em São Luís.

Nenhum petista “resistente”, “independente” ou “sarnopetista” discorda da ideia desembarcar na gestão de Holandinha já no início de 2015.

holandinha2-1

Holandinha no quadro, com Berzoini e petistas circulados: De Monteiro a Inácio, passando por Rodrigo, Márcio Jardim, Joab e Berenice; em nome do statu quo

Desabrigado com a derrota nas urnas, na aliança com o PMDB – e já acostumado com o sabor adocicado do poder – o PT maranhense se desdobra para manter o statu quo; e sabe que a opção mais fácil é a prefeitura.

Mas se são unânimes na questão do apoio ao prefeito, os petistas voltam à autofagia quando o assunto são nomes para a futura composição.

Os “sarnopetistas” argumentam ter a força do controle do partido; e são únicos capazes de dizer sim a uma eventual filiação de Holandinha – ou mesmo a uma aliança com ele em 2016.

Já os petistas resistentes dizem ser mais próximos do governador eleito Flávio Dino (PCcdoB), a quem atribuem o poder de decidir sobre o futuro político, partidário e eleitoral do prefeito.

De uma forma ou de outra, em tempos de vacas magras, o PT já decidiu onde amarra seu burro.

E quer desembarcar na capital maranhense…

4

Flávio Dino quer dominar governo e prefeitura…

Inseguro quanto à própria gestão, Holandinha se deixa controlar pelo governador eleito, transformando  sua gestão em um apêndice do governo para abrigar aliados da campanha dinista

 

Todas as ações do governador eleito Flávio Dino (PCdoB) em direção à Prefeitura de São Luís deixam claro uma coisa: o comunista quer controlar tanto a sua gestão quanto a do afilhado Edivaldo Júnior (PTC).

Eleito com votação consagradora, Dino sente-se no direito de controlar também o prefeito que inventou para São Luís em 2012.

https://marcoaureliodeca.com.br/wp-content/uploads/2012/06/boneco1.jpgUma prova do controle do governador é a mudança na Fundação Municipal de Cultura: saiu o aliado Chico Gonçalves, que vai ser seu secretário de Direitos Humanos, e foi nomeado outro aliado dinista, o jornalista Marlon Botão.

Dino sabe que tem o controle absoluto da gestão de Holandinha.

E sabe por que o próprio Holandinha deixa claro que depende absolutamente da boa vontade do futuro governador. E como controlador também da prefeitura, Flávio Dino dita, inclusive, quem pode e quem não pode ocupar espaços nas duas gestões.

Ter um governador com um pé em cada gestão impede – além da própria ação do prefeito, que já não demonstra tanta vontade assim de agir – também a participação de outros grupos de poder.

Inseguro em relação à própria reforma, Holandinha vai se deixando controlar por Flávio Dino, achando que, assim, terá condições de salvar o próprio mandato em 2016.

E o governador eleito, que não é bobo nem nada, vai transformando a prefeitura em um apêndice do seu governo.

E usa os dois espaços para abrigar aliados de campanha…