O governador eleito Flávio Dino (PCdoB) tem adotado um critério particular para cumprir os compromissos com as legendas que o apoiaram na campanha.
Os líderes dos partidos podem até dizer que cargos querem no primeiro escalão do governo, mas é dele a prerrogativa de escolher o nome.
Por este critério é que a deputada Eliziane Gama ainda está de fora do governo.
Ela pediu a Dino a Secretaria de Ciência e Tecnologia, mas Dino só aceitava entregá-la ao PPS se fosse ela própria a titular.
Depois que a deputada deixou claro o interesse de ficar em Brasília, chegou-se ao consenso de que a ela caberia a Secretaria de Cultura; desde que o indicado fosse o professor Altemar Lima, do PPS.
Eliziane mais uma vez não acatou a imposição dinista, embora o PPS já a pressione por solução para o partido, sedento por cargos no governo.
O PDT também já definiu seu espaço: a Secretaria de Educação.
Mas os nomes apresentados até agora foram vetados pelo governador, que tem um de sua preferência – e este não tem alinhamento com a direção partidária.
Nem mesmo os petistas da chamada “resistência” tiveram direito de dizer o que queriam no governo. Márcio Jardim, por exemplo, tentou Esporte, Trabalho e Economia Solidária, mas teve à disposição apenas a representação em Brasília.
Pior foi o Solidariedade, de Domingos Dutra e Simplício Araújo, que nem sequer conseguiu ter o espaço desejado aprovado pelo governador.
E assim Flávio Dino vai montando seu governo com escolhas absolutamente pessoais.
E indicações partidárias restritas à sua preferência…