Marco Aurélio D'Eça

Lobão Filho: imagem de renovação

Flávio Dino: a nova aposta na mudança

Pelo que se desenha no período pré-convenções, o Maranhão tem nestas eleições a oportunidade de um plebiscito sobre os destinos do estado.

O eleitor poderá dizer se prefere, de um lado, o senador Lobão Filho (PMDB), o fato novo das eleições, representando um grupo histórico no estado; ou, de outro, o chefão comunista Flávio Dino, que incorpora hoje o sentimento de oposição.

A “Terceira Via” – a alternativa à dicotomia dos dois grupos – não vingou, nem com Eliziane Gama (PPS), que capitulou em favor de Dino, nem com Hilton Gonçalo, que não consegue convencer o PDT da importância de sua candidatura para o próprio partido.

Os demais candidatos – Saulo Arcângelli (PSTU) e Antonio Pedrosa (PSOL) –  são tão insignificantes que deveriam até se retirar da disputa, em nome da questão plebiscitária.

Arcângelli: mais do mesmo no PSTU

Pedrosa: candidatura pra quê???

Até para facilitar que a eleição se processe em turno único.

Lobão Filho representa a renovação do grupo que está no poder. Grupo que incorpora praticamente todas as obras estruturantes e de modernização do Maranhão nos últimos 50 anos; mas que, também, sofre o desgaste do longo tempo de permanência no poder, em que pese os curtos períodos de comando oposicionista.

Flávio Dino representa a mudança. Mudança que já foi experimentada com Jackson Lago (PDT), no governo, e com Edivaldo Júnior (PTC), na prefeitura; ambos projetos fracassados. O comunista tem a seu favor a história como juiz federal, em que pese estar cercado com o que se chama de refugo do que ele próprio chama de “oligarquia”.

Este é o desenho da eleição que será apresentada ao Maranhão a partir de agora.

Caberá ao eleitor decidir o que caminho quer seguir…

Haverá dois palanques no Maranhão. Um, formado por Lobão Filho (PMDB), terá a presidente Dilma Rousseff (PT) como protagonista.  O outro, capitaneado por Flávio Dino (PCdoB), terá como candidato a presidente o senador Aécio Neves (PSDB). E quem estiver de um lado, estará contra o outro. Todos os demais atores da campanha serão coadjuvantes no pleito, incluindo o socialista Eduardo Campos (PSB)

Lobão Filho estará com Lula e Dilma; e será o candidato deles no MA

Foi inevitável.

A eleição no Maranhão ganhou proporções nacionais a partir da declaração de apoio do ex-presidente Lula ao candidato do PMDB, Lobão Filho, e, ato contínuo, com a adesão do chefão comunista Flávio Dino ao candidato do PSDB a presidente, senador Aécio Neves.

E não há mais dúvidas de que haverá dois palanques hegemônicos no Maranhão.

De um lado, o grupo formado por PMDB e PT, que trabalham para manter o projeto iniciado por Lula e mantido pela atual presidente Dilma Rousseff, com ênfase nos projetos sociais e distribuição de renda.

A opção de Dino foi o adversário de Dilma, Aécio Neves

Do outro, o grupo capitaneado por PCdoB e PSDB, cujo candidato a presidente defende investimentos no capital privado, liberdade empresarial e menos participação do estado na sociedade.

Lobão Filho está com Dilma e o PT. Flávio Dino está com Aécio Neves e o PSDB.

Neste jogo, não haverá espaços para Eduardo Campos (PSB), Marina Silva e outros projetos nacionais. Estes serão meros coadjuvantes no dois palanques que disputarão a preferência do eleitor no Maranhão.

A candidata de Lobão Filho, é a Dilma Rouseff, do Bolsa-Família, do “Minha Casa, Minha Vida” e do PAC. O de Flávio Dino é Aécio Neves, da privatização da Telebrás, da Vale e da força do capital do Sul do país.

Por enquanto, Dilma leva vantagem, mas Aécio Neves avança fortemente nas pesquisas.

E já há no PT quem defenda a candidatura de Lula.

Mas esta é uma outra história…

A foto, embaçada, capta Madeira ao desembarcar em Imperatriz

Está praticamente fechado o apoio do prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), ao chefão comunista Flávio Dino.

Madeira desembarcou ontem à tarde, em Imperatrizm – após conversar com Dino em São Luís – acompanhado do jornalista Márcio Jerry – lugar-tenente do chefão no PCdoB.

Os dois participariam, à noite, de uma reunião no diretório do PCdoB em Imperatriz, com o objetivo de aparar arestas com os comunistas da cidade.

Segundo apurou o blog, Madeira já discute com Dino até a indicação de um vice da região tocantina na chapa do comunista – no caso o ex-prefeito de Açailândia, Ildemar Gonçalves – sob o argumento de que nem todos os tucanos fecham com o presidente da legenda, deputado federal Carlos Brandão.

Com o apoio de Madeira – e a adesão já confirmada da deputada Eliziane Gama (PPS) – Dino reúne em torno de sua candidatura todos os partidos do campo oposicionista.

E encaminha a eleição no Maranhão para uma disputa plebiscitária com o candidato do PMDB, Lobão Filho.

Mas esta é uma outra história…

Do blog de Caio Hostílio

Tudo indica que a eleição para o governo do Estado do Maranhão será decidida em um único turno, tendo uma disputa direta entre os candidatos Lobão Filho e Flávio Dino.

As chances de haver um segundo turno são mínimas, isso se partimos das somas dos votos dos demais candidatos que representam os partidos de estrema esquerda.

Essa estratégia de uma eleição plebiscitária partiu do candidato Flávio Dino, que não titubeou em minar as candidaturas dos demais partidos, cujos candidatos se acovardaram e colocaram os rabinhos entre as pernas!!!

Flávio Dino aposta na sua vitória no primeiro turno, por isso quer essa eleição plebiscitária, visto que não teria forças suficientes para partir e lutar numa eleição em dois turnos.

Por outro lado, não se sabe qual será a estratégia de Lobão Filho para enfrentar uma eleição plebiscitária.

O certo é que a tempo suficiente para conseguir reverter a dianteira alcançada por Flávio Dino…

Em 2010, Flávio Dino apostou num segundo turno e perdeu no primeiro turno…

Apostar no futuro é apostar no escuro!!!

Flávio Dino com Lupi e Holandinha em 2012: aquele acordo já era…

Não foi fácil a conversa do chefão comunista Flávio Dino com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ontem, em Brasília.

O candidato do PCdoB usou de mil subterfúgios para dizer ao pedetista que precisa da vaga de vice em sua chapa para abrigar o PSDB.

Como consolação, ofereceu mil espaços no governo, garantias de apoio aos candidatos estaduais e federais – assim como fez com a deputada Eliziane Gama (PPS) e com o próprios tucanos.

Carlos Lupi disse ao comunista que o PDT não depende da coligação com o PCdoB para eleger seus deputados federais e estaduais. E exigiu o cumprimento do acordo que Dino firmara com o partido em 2012.

A executiva regional pedetista vai se reunir em Brasília,s emana que vem, com o próprio Lupi.

E dessa reunião sairá a decisão do rumo eleitoral do PDT…

Do blog de Zeca Soares

Nem mesmo o presidente Estadual do PCdoB, Márcio Jerry consegue mais esconder a incômoda aliança dos comunistas com o PSDB de Aécio Neves.

Desde a reunião realizada entre Flávio Dino e Aécio Neves, o PCdoB procura evitar desgaste que a aliança pode provocar ao pré-candidato comunista que era presidente da Embratur na gestão de Dilma Rousseff.

E tem no PSDB de Aécio Neves um dos mais ferrenhos críticos da administração petista, o que é natural, pois o PSDB sempre foi Oposição a Dilma. O PCdoB, não.

E quem confirma que o PCdoB de Flávio Dino procura esconder as suas alianças é o próprio presidente da legenda no Maranhão. No twitter, o Márcio Jerry admite tudo ao afirmar “Oligarquia também esconde a aliança com vários partidos de oposição à Dilma. Inclusive com o DEM, desde sempre da família Sarney”.

(Continue lendo aqui)

É cada vez mais apertado uma espécie de cerco, ainda que involuntariamente, é feito pelo PSDB sobre o PDT na chapa de Flávio Dino (PCdoB).

Pois será uma coisa ou outra dada ao PSDB: a vaga de vice ou a vaga ao Senado.

E, quanto a isto, mesmo não definido qual o espaço a ser ocupado, Neto Evangelista chamou à lógica quanto a isto.

Para ele, em entrevista ao jornal O Estado Maranhão, a chapa de Dino deve ser formada exclusivamente pelo PSDB e PSB, já que as duas legendas, ao contrário do PDT, têm pré-candidatos à Presidência República.

Ou seja, PSB com Roberto Rocha canditato ao Senado e outro nome, pelo PSDB, candidato a vice, poderia ser o ideal ou a mais justa, pois Dino ofereceria palanque para Aécio e Eduardo Campos.

Fica cada vez mais complicado para o PDT, que, declaradamente, apoia a presidente Dilma Rousseff (PT).

Algo fora de contexto dentro da chapa do comunista.

Com redação de Aline Alencar