Marco Aurélio D'Eça

Por Robert Lobato

“O Brasil não quer mais Dilma”.

“Dilma já está de aviso prévio”.

O autor dos disparos acima é o presidenciável Eduardo Campos, do PSB, que nos últimos dias resolveu mudar de tática e resolveu chutar o balde ao atacar diretamente a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.

Há meses empacado nas pesquisas, o candidato da chamada “terceira via”, que vinha fazendo uma dobradinha de oposição light com Aécio Neves, do PSDB, resolveu deixar de lado seu jeitão de nordestino cordato, sempre disposto a aparar arestas políticas com uma boa conversa. No último fim de semana, viajando pelo interior de Pernambuco, Eduardo mostrou a nova face da sua campanha.

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Edimar entra no páreo do Senado

Nos bastidores da discussão sobre o candidato a senador na chapa do ainda secretário Luis Fernando Silva (PMDB), surgiu a partir do fim de semana também o nome do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Edimar Cutrim.

Cutrim é membro de uma das famílias mais tradicionais da política  maranhense – e chegou a ser cogitado para o posto de candidato a senador já em 2011, quando Roseana manifestou pela primeira vez o desejo de não disputar nada em 2014.

O conselheiro abriu mão da disputa exatamente por que, em determinado momento, entendeu que Roseana poderia ser candidata.

Agora com ela fora da disputa, aliados dele passaram a ventilar novamente a possibilidade de sua entrada no páreo.

Edimar Cutrim tem dois trunfos para composição política.

Em primeiro lugar, só precisa deixar o TCE em junho, três meses antes das eleições – condição dada aos membros de tribunais.

Em segundo lugar, sua candidatura abre mais uma vaga de conselheiro do tribunal, o que interessa boa parte da classe política.

São questões que também devem ser levadas em conta na discussão sobre a formação da chapa governista…

JR Tavares: responsável pela força de Dino

Nem mesmo os governistas ousam discutir esta premissa.

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) tem papel fundamental no desempenho do comunista Flávio Dino nas pesquisas de intenção de votos.

Tavares foi um dos melhores aprendizes do senador José Sarney (PMDB), e conhece como ninguém as articulações políticas, sobretudo em suas nuances eleitorais.

Agregador, tem conseguido manter alinhados ao projeto de Dino, mesmo lideranças que não comungam diretamente com as práticas e opiniões do comunista.

Nenhum dos membros da oposição tem dúvidas de que o ex-governador teria papel importante em um eventual governo Flávio Dino.

Mas o próprio Dino reconhece o papel do seu padrinho político.

É por José Reinaldo a principal articulação do comunista depois da sua própria. O candidato a governador trabalha pessoalmente pelos apoios ao ex-governador.

José Reinaldo Tavares deve sair das urnas de outubro com a eleição de deputado federal garantida.

E será, até lá, o homem-forte da campanha comunista…

De repente, parece que a oposição se viu sem eira nem beira.

Membros do PCdoB, do PDT, do PSB e do PSDB, que passaram a vida toda sobrevivendo do discurso antisarney – e pregando o afastamento dos Sarney da vida pública – agora parecem desnorteados com a decisão de José Sarney e de Roseana de não mais disputar eleições.

Parece que, de repente, o mundo desta gente desabou.

Como viver sem o Sarney para bater? como jogar a culpa de tudo na família do ex-presidente? Como usar o discurso “Nós contra eles”?

Parece que todas estas perguntas começaram a pipocar na cabeça de gente como Flávio Dino (PCdoB), Domingos Dutra (SDD), José Reinaldo Tavares (PSB) e outros asseclas da oposição.

Mas há uma explicação para a perda de sentido desta gente.

Este pessoal nunca teve projeto para o Maranhão. Nunca pensou o estado, estudou seus problemas ou buscou entender 0 seu povo.

Não, nenhum deles pensou assim.

Eles apenas se limitaram a se apresentar ao povo como “adversário do Sarney”.

E é claro que, à medida que os anos iam passando, o desgaste natural do grupo Sarney ia aumentando. E qualquer que se apresentava como antisarney, acabava merecendo seus 15 minutos de fama, que garantia um mandato aqui e outro ali.

Qualquer um, tivesse a índole que tivesse.

Mas na hora que o povo começava a perceber a falta de discurso desta gente, sempre votava no grupo Sarney.

Foi assim ano após ano.

Mas agora a oposição está só.

Não há mais Sarney na disputa majoritária do Maranhão. Roseana não mais será candidata a nada e o senador Sarney já há muito não disputa eleições aqui – e nem vai disputar lá.

O que fazer?, devem estar se perguntando os sem-discurso da oposição.

Sem resposta, ainda atordoados sem entender a situação, se perdem em elucubrações as mais estapafúrdias.

E só exibem o vazio dos que diziam querer mudar o Maranhão…

O ano começou verdadeiramente nesta segunda-feira, dia 10. Pelo menos é a sensação que ficou para muitos, haja vista tantas as datas comemorativas.

Na política, não é diferente: apesar da disputa eleitoral já ter sido iniciada desde o ano passado com as articulações nos bastidores, agora o clima de eleição se tornou mais forte após o carnaval.

Em pouco menos de um mês, os pré-candidatos terão que se descompatibilizar de seus atuais cargos para concorrer às vagas.

Então, em pouco tempo, o eleitor já poderá conhecer quem é quem  na disputal eleitoral.

É tempo de muito trabalho, sobretudo após as festividades. Senso assim, feliz ano novo, sobretudo aos atuantes nas eleições deste ano.

Com redação de Aline Alencar