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Imagem do dia: os mesmos de sempre…

O grupo que liderou a passeata de hoje no Centro de São Luís é o mesmo que faz este tipo de coisa há trocentos anos. Foram vistos no meio dos jovens levados ao local por articulação do deputado federal Simplício Araújo (SDD), o boa vida Emílio Azevedo, eterno afilhado de Aderson Lago; Cleiton Reis, hoje lotado no gabinete do próprio Simplício;  Giguiri, aliado de Abdelaziz Santos no PDT; Nelsinho e Serjão, ex-PT, além de blogueiros, jornalistas e fazem-nada amestrados pelo chefão comunista Flávio Dino – e claro, muitos, muitos adolescentes, público preferido do chefão. E o ato deu nisso aí das imagens

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Internacionalismo

dilma_presidentaA presidente Dilma irá a Havana no fim do mês para agradecer ao presidente cubano Raúl Castro pelos médicos enviados para participarem do programa Mais Médicos.

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) deverá ir a tiracolo.

 

Da coluna Panorama Político, de O Globo

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Flávio Dino foi o único que não emitiu nota ou prestou qualquer solidariedade às vítimas de incêndios

Durante todo este tempo, pré-candidato pela oposição tem apenas criticado e trabalhado por intervenção federal no Estado

 

O comunista Flávio Dino; práticas cristãs não passam dos discursos políticos no Tweet e Facebook. Fora do virtual, nada. Foto: Felipe Klamt / Agência Klamt

FRATERNIDADE DE GOGÓ O comunista Flávio Dino; práticas cristãs não passam dos discursos políticos no Tweet e Facebook. Fora do virtual, nada. Foto: Felipe Klamt / Agência Klamt

Do blog Atual7

Numa terra em que até facção criminosa emite parecer, acostumado a usar demasiadamente as palavras solidariedade, fraternidade, amor, compaixão e tantas outras mais do meio cristão – desde que tentou colar a sua imagem a do Papa Francisco – o pré-candidato por uma parte da oposição maranhense, Flávio Dino (PCdoB), foi o único que não emitiu, até agora, qualquer nota de solidariedade às vítimas de incêndios aos ônibus em São Luís, limitando-se a apenas explorar o assunto de forma política, eleitoral, embora ele seja pai de família e conhecedor da dor de perder um filho.

Desde a última sexta-feira (3), dia do ataque criminoso do Bonde dos 40 em São Luís, não se viu o comunista – ou qualquer membro da oposição ligado a ele – visitando pelo menos uma das vítimas nos hospitais ou seus familiares, ou usando de suas influências políticas e/ou amizades com grandes empresários para conseguir a transferência destes para fora do Estado; ou simplesmente fazendo a qualquer doação de um simples e barato quilo de sal para a esposa e os cinco filhos do herói Márcio da Cruz Nunes, que arriscou a própria vida para tentar salva a menina Ana Clara, 6, a irmã dela, Lorrane Batista, de um ano e oito meses, e a mãe das duas, Juliane Santos, 22, e acabou tendo 75% do corpo queimado.

Nada. Apenas palavras. Continue lendo aqui…

 

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Chiquinho Escórcio cobra explicações sobre contratos da Embratur…

Deputado federal do PMDB diz suspeitar que os recursos podem ter usados para financiar a campanha do chefão comunista Flávio Dino e até em ações de distúrbios sociais em São Luís para favorecê-lo eleitoralmente

 

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Escórcio quer esclarecer uso do dinheiro da Embratur

Em Ofício encaminhado hoje à Mesa Diretora da Câmara Federal, o deputado maranhense Chiquinho Escórcio solicitou informações sobre os contratos firmados pela Embratur na gestão do comunista Flávio Dino.

O deputado diz desconfiar que o dinheiro destes contratos possa estar sendo usado por Dino para promover sua campanha eleitoral no interior.

– É possível também que ele possa estar usando dinheiro para estimular ações que  denigram a imagem do Maranhão. Tudo com interesses eleitorais. E é isso que precisa ser esclarecido – afirmou Escórcio.

No Ofício encaminhado hoje à Mesa da Câmara, Chiquinho Escórcio questiona quais os contratos de publicidade firmados pela Embratur, no meses de novembro e dezembro de 2013 e janeiro de 2014.

Quer saber também para quais serviços estas empresas foram contratadas e quanto contratos foram firmados com o Maranhão, na gestão de Flávio Dino.

– O que se ouve no Maranhão hoje é que Flávio Dino usa as estruturas da empresa pública que dirige para promover atos contra o governo Roseana Sarney (PMDB). É preciso investigar, por que trata-se de crime. Por isso estou pedindo as informações – disse o parlamentar.

Desde o início das ações criminosas em São Luís – que resultaram no incêndio de ônibus e agressões a populares – aliados de Flávio Dino têm promovido manifestações contra o Governo do Estado.

Para Escórcio, esta movimentação é suspeita…

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Todos unidos em um debate

Uma comoção local que se expandiu nacionalmente tomou conta da sociedade após a onda de violência novamente iniciada em São Luís. Embora o fato não seja novo, desta vez a sociedade resolveu discutir todo o tema.

Jornalistas, Governo do Estado, Assembleia, enfim, praticamente todos os setores sociais voltaram-se para um único objetivo: resolver de uma vez por todas o problema da criminalidade.

Ainda que fique só nas palavras, iniciar o debate é mais do que necessário, é vital. Não se pode mais fechar os olhos para a realidade. Serviu para o cidadão bem como para o Governo voltar todas as forças para uma solução.

Infelizmente, foi preciso a morte de um inocente para isto, para encarar de fato  o problema como grave.

Com redação de Aline Alencar

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Governadora Roseana e ministro Eduardo Cardozo definem série de medidas para o sistema carcerário

(Foto: Paulo Soares/O Estado)

(Foto: Paulo Soares/O Estado)

A governadora Roseana Sarney se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no Palácio dos Leões. No encontro, com presença de representantes do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Legislativo, foram definidas medidas a serem executadas, em parceria, pelos Governos Federal e do Estado para a solução dos problemas no sistema carcerário do estado.

Entre elas, estão a criação do Comitê de Ações Integradas – que será presidido pela governadora Roseana -, a remoção de presos para presídios federais de segurança máxima, a realização de mutirão das defensorias públicas e do plano de ação integrada de inteligência e segurança nacional.

A parceria com o Governo Federal vai contribuir para solucionarmos a crise do sistema penitenciário. O governo já está investindo recursos na ordem de R$ 131 milhões para reforçar o sistema, com a construção e reaparelhamento das unidades já existentes. Além disso, estamos atentos à segurança nos nossos presídios e, para isso, estabelecemos algumas medidas, como a criação do Comitê Gestor Integrado, comandado por mim, para, prontamente, dar respostas ao povo do Maranhão – ressaltou a governadora.

O ministro Eduardo Cardozo lembrou que o problema é nacional. Ele ressaltou que o Governo Federal segue uma linha de atuação de ajuda aos estados que passem por situações problemáticas no setor da segurança e citou exemplos.

Em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas, o Ministério da Justiça atuou em parceira com os governos obtendo resultados satisfatórios e, aqui no Maranhão, teremos 10 procedimentos de atuação, formando um plano concreto para enfrentar os problemas – contou o ministro, que detalhou as medidas durante entrevista coletiva.

Roseana Sarney ressaltou que o Governo do Estado já tem realizado ações efetivas de ressocialização para a melhoria do sistema.

Criamos o núcleo de atendimento a mulher e às famílias, a recolocação dos presos de Pedrinhas, assistência em saúde, inclusive odontológica, capacitação dos presos. Todas essas são ações firmes para que não volte a acontecer atos de violência dentro dos presídios – completou.

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Márcio Jerry não quer deixar a Seconzinha por que teme perder coordenação da campanha de Flávio Dino…

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Márcio Jerry não quer mais deixar a Secretaria de Comunicação…

O jornalista Márcio Jerry havia acertado com o próprio prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) que deixaria a Secretaria Municipal de Comunicação no início de janeiro, para se dedicar integralmente à campanha do chefão comunista Flávio Dino.

Desde novembro, Holandinha começou a procurar nomes para substituir o chefe da Seconzinha, que tentava emplacar seu adjunto, Robson Paz.

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… E pode perder para Marcelo Tavares também a coordenação-geral da campanha de Flávio Dino

O problema é que, quando todos já contavam com Márcio Jerry fora da prefeitura, ele percebeu uma ameaça às suas pretensões de coordenar a campanha de Dino – que pode ser entregue ao deputado Marcelo Tavares (PSB) – e agora prefere continuar no comando da pasta.

Só que o prefeito já tem planos definidos para a área de comunicação do seu governo; planos estes que não se adequam ao perfil do lugar-tenente do chefão comunista.

Para reverter o fracasso administrativo que experimentou no ano passado, Holandinha definiu que sua comunicação será mais abrangente em 2014, com abertura de diálogo com todos os meios de comunicação – inclusive os que têm postura mais independente da sua gestão.

E quer alguém mais bem relacionado e aceito no meio.

Mas o que fazer com Márcio Jerry?, perguntam os comunistas.

Na cúpula da prefeitura, a resposta é direta:

– Este é um problema de Flávio Dino…

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PSDB nacional corta a curica de Carlos Brandão…

Direção Nacional do PSDB determinou que as alianças nos estados devem atender aos interesses da campanha presidencial de Aécio Neves (MG), e não os interesses das bancadas estaduais.  Por isso, as decisões de alianças serão submetidas à Executiva Nacional. A posição tucana inviabiliza o projeto do deputado federal, que sonha ser o candidato a vice na chapa do chefão comunista Flávio Dino.

 

Brandão e Dino: o fim de um sonho dourado

Com poucas chances de se reeleger deputado federal em outubro, o presidente regional do PSDB, Carlos Brandão, alimentava um sonho dourado desde que o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) prometeu a ele a vaga de candidato a vice na chapa do chefão comunista Flávio Dino.

Em nome deste sonho, trabalhava dia e noite para convencer os correligionários a compor com o PCdoB, mesmo diante da resistência de boa parte das lideranças tucanas.

Agora, o sonho de Brandão ficou ainda mais distante.

Por decisão da Executiva Nacional do PSDB, todas as decisões nos estados terão que atender aos interesses da campanha presidencial de Aécio Neves (MG).

Os tucanos querem evitar acordos que favoreçam aos interesses estaduais, mas não a sua candidatura a presidente – como o que Brandão articulava.

Ao retirar a autonomia dos estados para fazer alianças, o comando do PSDB quer evitar que seus caciques regionais se juntem a adversários no plano nacional.

No caso do Maranhão, Brandão pode até ser candidato a vice de Flávio Dino, desde que o comunista assuma a candidatura de Aécio Neves no estado.

É caro que, pelo que se conhece de Dino, ele seria capaz até disto para chegar ao poder.

Mas o PCdoB nacional nem cogita aliança com candidato presidencial tucano…

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Flávio Dino insiste em intervenção; mas seu interesse é só eleitoral…

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O procurador Rodrigo Janot: ele quer intervir no Maranhão. Será porquê?!?

Eles mostraram a cara.

Setores da imprensa nacional – curiosamente os mesmos subsidiados com informações distorcidas do Maranhão pelo chefão comunista Flávio Dino – anunciam que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende pedir intervenção no Maranhão, por conta da crise no sistema penitenciário.

Janot é ligado ao irmão de Flávio Dino, o procurador-regional Nicolao Dino de Castro e Costa.

Tão ligado, que, assim que recebeu a aprovação para ser procurador-geral, nomeou o amigo maranhense para a Secretaria de Relações Institucionais da PGR. (Leia aqui)

É esta secretaria que cuida da relação institucional com a classe política e com o Judiciário. E tem em sua estrutura uma Assessoria de Articulação Parlamentar, para atuar no Congresso Nacional.

A indicação de Nicolao Dino é tão política, que os próprios aliados de Flávio Dino na imprensa do Sul do país comemoraram.

Na nota “Que fase”, em sua coluna Radar Oline, de Veja, o jornalista Lauro Jardim já antevia “problemas para Sarney” na época de sua indicação, em outubro. (Leia aqui)

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Nicolao, o irmão de Flávio: cargo político na PGR

Flávio Dino, portanto, tem um irmão como assessor direto da principal instância de representação ministerial do país fazendo a interlocução com a classe política.

E esta instância ministerial, cujo comandante tem relações com seu irmão , quer agora – segundo a mídia alinhada ao comunista – intervir no Maranhão.

Mas o chefão comunista está pouco preocupado com eventuais riscos que a população maranhense esteja correndo.

Ele só pensa mesmo é em facilitar as coisas para se eleger governador do Maranhão.

E para isso – aparelhando órgãos públicos em todo o país, partidos políticos e imprensa, como um verdadeiro oligarca – não medirá esforços.

E trabalha dia e noite para atingir seus objetivos…

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Naquele tempo, eram sushis e prossecos…

O blog republica abaixo, matéria de Veja do dia 31 de março de 2004. Era o governo José Reinaldo Tavares (hoje no PSB), controlado com mão de ferro por sua ex-mulher, Alexandra Tavares. É apenas uma mostra de que é praxe nos governos a compra de iguarias para atender a despensa dos palácios. Se hoje falam-se de lagostas, naquele tempo eram sushis e sashimis – e os indefectíveis prossecos armazenados na banheira da suíte governamental, usada como boite aos domingos. Época em que os aliados dos Tavares – entre eles o chefão comunsita Flávio Dino, eu candidato a deputado – se regozijavam nos salões. Os mesmos que hoje criticam as compras do Palácio dos Leões. Quanta hiporcrisia

 

Edição 1847 . 31 de março de 2004

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Maranhão
A imperatriz do Maranhão
Ex-aeromoça, neófita na política e festeira de
arromba, a primeira-dama Alexandra Tavares
tem tirado o sono do clã Sarney

Daniela Pinheiro, de São Luís

Oscar Cabral
Alexandra � paisana e de mulher-gato com o governador: “Estamos fazendo a nossa pol�tica”

Quem dá as cartas no governo do Maranhão é a primeira-dama Alexandra Tavares, 31 anos, ex-aeromoça da TransBrasil, mulher do governador José Reinaldo Tavares, 34 anos mais velho. É ela quem despacha com secretários, recebe vereadores e prefeitos, escuta lideranças comunitárias e, recentemente, passou até mesmo a controlar o caixa do Estado. Enquanto a agenda de compromissos do governador se encerra às 7 da noite, a de Alexandra costuma varar a madrugada. Nomeada secretária de Solidariedade Humana, mas com o aval do marido para mandar e desmandar no resto do governo, ela ficou conhecida como “A Grande” em referência a “Alexandre, o Grande”, o jovem déspota macedônio, o maior líder militar da Antiguidade. Fã incondicional de música tecno, aquela tocada em raves, Alexandra também é notória organizadora de animadas festas no suntuoso Palácio dos Leões, a residência oficial do governador, nas quais costuma dançar até as 5 da manhã. “Eu amo me divertir, a-mo. Como não saio para boates, faço as coisas aqui mesmo. Aqui é a minha casa. Tenho esse direito”, afirma. Tanta personalidade acabou por reverberar numa seara até então imaculada da vida maranhense: o poder e a tradição da família Sarney, que há quatro décadas domina a política local e, como era de esperar, torce o nariz para tanta independência.

A relação dos Sarney com o casal é antiga. José Reinaldo escreveu sua biografia política pelas mãos de José Sarney. Ocupou grandes cargos da burocracia pública sempre apadrinhado pelo ex-presidente. Até 2002, era o vice da então governadora Roseana Sarney. De temperamento calmo, discreto e conciliador, José Reinaldo era considerado o vice perfeito: não se metia se não fosse chamado, era fidelíssimo à família e jamais deu um passo sem consultar o padrinho. Por essas razões, foi cogitado como o nome ideal para substituir Roseana. Para os Sarney, José Reinaldo no governo significava a continuidade de poder. Era para ser assim. Mas, nos últimos meses, a ligação tão estreita se abalou por atitudes de Alexandra que irritaram os Sarney. Ela resolveu demitir funcionários nomeados por Roseana, suspender pagamentos de contratos com empreiteiras para redefinir prioridades e anunciou mudanças significativas no quadro de secretários. O estopim da crise ocorreu há três semanas, depois de ela ter declarado não apoiar o cunhado de Roseana, Ricardo Murad, à prefeitura de São Luís, contrariando um acordo partidário fechado com as lideranças locais e com o próprio governador. “Não apóio. Ele não merece a prefeitura. E não vou me calar. Ninguém enfia nada na minha goela. Não admito que me mandem fazer isso, pensar aquilo”, afirmou. Foi o caos. José Sarney pediu ao marido para acalmá-la. Ele não conseguiu. “Chega de falarem que Zé Reinaldo é banana, que é pau-mandado. As brigas que eu compro são para ele se impor. Ele é o governador. Foi legitimamente eleito”, disse ela a VEJA na quarta-feira passada. “Não estamos roubando, não estamos matando. Estamos fazendo a nossa política. Estamos nos impondo, não tenho medo de cara feia.”

Apesar de nunca ter havido uma desavença pública, a tensão entre os Sarney e Alexandra é evidente. Eles a consideram “sob controle”, mas ousada demais para alguém que só “existe” até as próximas eleições, em 2006. O candidato ao governo é Zequinha Sarney, irmão de Roseana. Apesar de não admitir um futuro político, Alexandra sabe que poderia tentar uma candidatura própria � já que até a oposição, depois das críticas à turma sarneyzista, parece ter ficado a seu lado. De fato, a desenvoltura de Alexandra na vida pública é um espanto para quem há onze anos mal sabia citar o nome de um ministro. Nascida em Brasília, numa família de classe média baixa, ela jamais teve contato com o mundo político. Aos 19 anos, era comissária de bordo. Foi durante um vôo que ela conheceu o então deputado José Reinaldo. Mantiveram um romance secreto (ele era casado) por quase um ano. Casaram-se, ela entrou na faculdade de direito e tiveram três filhas. Em 2000, o casal se separou por um ano depois de uma onda de boatos pessoais publicados em toda a imprensa local. “Foi ali que eu amadureci. Inventaram o que quiseram de mim. Hoje vejo que era para liquidar Zé Reinaldo, que tem uma reputação ilibada. Por isso, não admito mais nenhum controle sobre a nossa vida”, diz. O casal se reconciliou e Alexandra abraçou firme a campanha do marido. Ela chegou a reunir 15.000 mulheres em uma praça de São Luís. “Ali, passei a fazer política, mas a minha política. Não essa que está aí: dissimulada e corrupta”, diz.

Alta, magra, bonita, 215 mililitros de silicone em cada seio, barriga lipada, Alexandra não abandonou o gosto das mulheres de sua idade: o pendor para festas. Só para comemorar seu aniversário e o do governador, há duas semanas, promoveu três eventos: um almoço em família, uma festinha para vinte amigos íntimos em um dos quartos de hóspedes do palácio (a banheira da suíte fez as vezes de balde de gelo e foi preenchida com garrafas de prosecco para que os convidados se servissem à vontade) e uma festa para 600 pessoas. Em outubro, parou a cidade com seu baile de Halloween, no qual se vestiu de mulher-gato e colocou uma gravata estampada com caveiras no governador. Os desafetos afirmam que a festança é sempre paga com dinheiro público. Pelo Diário Oficial do Estado, entre outubro e janeiro deste ano o governo gastou 196.000 reais somente com bufês de comida japonesa. “Só nas comemorações oficiais, como o aniversário do governador, o réveillon e o Natal, por exemplo, usamos a dotação orçamentária”, diz. Para as demais, como o batizado de bonecas das filhas, o Dia das Bruxas ou o aniversário da melhor amiga, ela mostra as notas fiscais. “Tenho tudo numa pasta. Quero ver o engraçadinho que vem dizer que gasto dinheiro público com isso”, diz. Mas avião oficial usa, sim. Recentemente, o casal foi para o Rio de Janeiro assistir ao show do DJ inglês Fatboy Slim no jatinho do governo. “Zé Reinaldo tinha uma reunião no Rio na sexta-feira. Por isso fomos com o jato”, diz. O show foi no domingo.