Cartaz anunciando a recompensa: Não deveria ser de Qualhada???
Dentre as idiossincrasias da investigação do assassinato do jornalista Décio Sá, uma se mantém, convenientemente, nos bastidores: nunca se ouviu falar do pagamento dos R$ 100 mil oferecidos pelo Disque-Denúncia, para informações que resultassem na captura do assassino do jornalista.
Mas há quem deveria ter recebido, como a própria polícia reconhece.
Segundo o relatório da investigação entregue ao Ministério Público, coube ao flanelinha conhecido por Qualhada, que trabalhou em frente ao Sistema Mirante, a identificação mais próxima do assassino Jhonatan de Sousa.
O relatório que atesta Qualhada como “descobridor” de Jhonathan
Em seu relatório, a polícia deixa claro que foi a partir da descrição “ipsi litteris” de Qualhada, que chegou a Jhonatan.
Após ouvir o guardador de carros, a polícia o encaminhou à perícia, para confecção do retrato falado do assassino.
– Informamos que o retrato falado confeccionado [a partir das informações de Qualhada] é semelhante ipisi litteris com o suspeito Jhonathan de Sousa Silva, que estava na casa na avenida General Arthur Carvalho, bairro do Miritiua (…) – diz o relatório da polícia, encaminhado à Justiça.
Mas não se tem notícia de que Qualhada tenha recebido os R$ 100 mil.
Nem ele, nem ninguém, apesar da festa da mídia em torno da recompensa, na época do crime.
Ao contrário de ser beneficiado pela sua contribuição, Qualhada chegou a ser apontado como morto, num estranho episódio que a polícia maranhense também nunca conseguiu explicar claramente.
O flanelinha teria recebido facadas em uma briga próximo à sua casa – em uma das vilas nas proximidades da Mirante – sido atendido no Socorrão e de lá fugido, segundo versão do sub-delegado-geral, Marcos Afonso. (Releia aqui)
Desde então, nunca mais foi visto.
O Disque-denúncia também se recusa a dar informações sobre o prêmio de R$ 100 mil.
Mas que Qualhada teria direito à recompensa, disso não há nenhuma dúvida…
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