Aluísio Mendes: muita falácia nos bastidores
O secretário de Segurança Aluísio Mendes tem falado aos seus aliados na imprensa que este blog está tentando mudar o foco das investigações do caso Décio Sá.
Aluísio Mendes tem muitos aliados na imprensa – alguns por interesse, outros por medo de suas intimidações.
Mas a falácia do secretário esconde uma estratégia.
Como ele não quer se comprometer a dar continuidade às investigações da morte de Décio Sá – esclarecer seus pontos obscuros e seus desdobramentos – tenta desqualificar quem lhe cobra isto.
E, levianamente, acusa o blog de estar tentando defender os acusados da morte de Décio Sá.
Mas este blog nunca deixou dúvida da convicção de que Gláucio Alencar, seu pai, José Miranda, o agenciador Júnior Bolinha e outros denunciados estão diretamente envolvidos na morte do jornalista.
Os autos do processo, os depoimentos, as provas colhidas não deixam nenhuma dúvida quanto a isto.
E não só eles, como também o advogado Ronaldo Ribeiro – de quem Aluísio já disse cobras e lagartos nos bastidores se, no entanto, incriminá-lo oficialmente na investigação.
Aliás, foi o titular deste blog um dos que introduziram a polícia nessa vertente da investigação – a da agiotagem – como podem provar os autos do processo.
Toda dinâmica do crime foi, inclusive, contada em detalhes neste blog, antes mesmo da polícia confirmá-la em entrevista, como se pode ler no post “A história da trama que resultou na morte de Décio Sá…”
O secretário não admite questionamentos
Para este blog, Gláucio Alencar e os demais devem ser, sim, condenados pelo assassinato. O blog tem convicção de que seus leitores sabem que jamais tergiversara nesta opinião.
Mas, baseado nos mesmos relatórios, autos do processo, depoimentos e provas – e declarações de bastidores do próprio Aluísio, um falastrão fora dos holofotes – este blog também tem convicção de que a polícia não contou toda a história da investigação.
E é isso que deixa Aluísio Mendes possesso – ele e seus defensores na imprensa.
O secretário de Segurança não admite em hipótese alguma avançar nas investigações, esclarecer pontos como as ligações para Décio Sá em suas últimas horas de vida; a relação de jornalistas e blogueiros com alguns dos envolvidos – inclusive os que ficaram fora do relatório – e outras ligações telefônicas entre suspeitos, já depois do assassinato.
Aluísio insiste, por exemplo, na versão de que o bandido Jhonatan de Souza – depois de ter perdido Décio Sá na Ponta do Farol, e ter-se dado conta disso apenas no Barramar – conseguiu, sozinho, olhando de bar em bar, achar o jornalista para matá-lo.
Esta versão foi contestada pelo blog desde o início, como se pode ler nos posts “Perseguição ou tocaia???” e “Depoimento de pistoleiro revela monitoramento de Décio Sá…”
Pode até ser que o secretário tenha razão, mas este blog tem o direito de desconfiar da versão, sobretudo – e de novo – ao ter acesso aos autos. E Aluísio não tem o direito de tentar manchar, por mera represália, aqueles que discordam de suas teses.
Principalmente da forma como ele faz, sem se expor ao debate público, preferindo sempre as sombras para se manifestar, algo tão suspeito quanto a manipulação de informações policiais.
Mas este blog – goste ou não Aluísio Mendes – vai continuar cobrando a ampliação das investigações; vai continuar cobrando o esclarecimento sobre a relação entre a morte de Décio e outros assassinatos no Maranhão, a atuação do secretário em casos como a morte do vereador Aldo Andrade, em Barra do Corda e, principalmente, provas concretas de que o suposto matador de aluguel Jhonatan de Souza tenha mesmo eliminado quase 50 pessoas no país.
O blog espera até hoje, por exemplo, resultados concretos das investigações sobre a agiotagem, mantida em sigilo por Aluísio Mendes durante toda a campanha eleitoral.
Acusar o blog de, agindo assim, estar defendendo bandidos, é uma afirmação tão covarde e criminosa quanto a ação de bandidos que continuam aliciando e matando Maranhão a dentro.
Muitos deles sob os olhos complacentes de quem deveria repreender estas ações…
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Por serviços prestados na defesa do meio ambiente e do desenvolvimento de territórios, o advogado ambiental maranhense recebeu, em Portugal, o prêmio “Verde Horizonte”.