Marco Aurélio D'Eça

 

Foi mais grave do que se imaginava a confusão entre o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) e o juiz eleitoral Sérgio Muniz,  no início da noite de hoje, no TRE.

Irritado com a decisão de Muniz – que proibiu o instituto DataM, ligado ao candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – de divulgar pesquisas eleitorais, por suspeita de irregularidades, Dino foi ao TRE tomar satisfações.

– Eu estava saindo do gabinete para o banheiro quando fui surpreendido por este sujeito, totalmente descontrolado. Me chamou de vendido e acusou a a própria Justiça Eleitoral. Respondi a ele e ele quase me agrediu. Agora não posso mais nem fazer xixi por que Flávio não deixa. Invadiu o TRE pra me ameaçar em pleno plantão, em pleno trabalho – contou Sérgio Muniz ao blog.

O juiz eleitoral disse que já comunicou a cúpula da Justiça Eleitoral pedindo reforço policial para o seu plantão, com medo de novas ameaças.

– Imagine só: estou aqui sozinho, sem segurança alguma, cumprindo o plantão. Se este sujeito estivesse armado poderia ter me dado um tiro – desabafou o juiz.

Em conversa com o jornalista Gilberto Léda, de O EstadoMaranhão, via Twitter, Dino conta outra história.

Disse que foi ao TRE conversar com o procurador eleitoral – embora, horas antes, já tenha discutido com Ségio Muniz, em seu perfil no Twitter (Releia aqui). Chegando lá, ainda segundo Dino, encontrou com Muniz e questionou a decisão contra o DataM.

– foi ele [Sérgio Muniz] quem me deu um empurrão – afirmou o ex-deputado, ainda segundo Léda.

As imagens do circuito interno de Segurança do TRE podem revelar como começou a confusão…

Autoritário e indigno sobre todos os aspectos os ataques covardes do ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) ao juiz eleitoral Sérgio Muniz, feitos esta tarde, por meio do Facebook e do Twitter.

Irritado com a decisão do juiz, de proibir que o Instituto Data M continuasse a divulgar pesquisas em São Luís – por suspeitas de irregularidades em seus questionários – o virulento e autoritário Flávio Dino chegou a ridicularizar o próprio juiz, chamando-o de incompetente.

– Decisão absurda de um juiz incompetente impedindo um jornal a publicar pesquisa a pedido de Castelo. O que mais ainda veremos no Maranhão?. Vamos denunciar ao Conselho Nacional de Justiça e à Corregedoria do TSE, pois não vamos aceitar decisões absurdas e parciais – atacou o comunista, que só vê parcialidade em ações e decisões que não lhe agradam.

O juiz Sérgio Muniz respondeu com a mesma moeda. E diretamente ao ex-magistrado:

– Incompetente quem mostra ser é Vossa Excelência. Se não concorda com a decisão peça que aqueles que se julgarem prejudicados recorram. A decisão de absurda nao tem nada conquanto pautada na prova dos autos que aponta grave irregularidade na produção dos dados. Você pelo jeito esqueceu o que aprendeu na universidade e na carreira de magistrado, passando a demonstrar pro povo quem realmente é: um lobo em pele de cordeiro.

Não satisfeito, Flávio Dino teve o displante de ir agora à noite ao TRE, tomar satisfações com o juiz eleitoral e quase vai ás vias de fato – apesar de não ser candidato nestas eleições e não se parte legítima na discussão.

Sérgio Muniz já solicitou reforço policial à cúpula do tribunal 

Criou-se no Maranhão a idéia de que o senador José Sarney (PMDB) comanda uma Oligarquia – e o próprio Flávio Dino, que se beenficiou-se dela, ajuda a espoalhar esta tese. Ainda que seu grupo fosse uma oligarquia, Sarney não entrou na política com este propósito.

Diferentemente de Dino, que tem obsessão por ser governador antes dos 50 anos por que sabe que, só assim, terá como mandar por até 30 anos, dizem alguns aliados.

Ao contrário de Sarney, ele já entra com a convicção de ser um oligarca…

Entenda aqui o que é Oligarquia

Do blog de Robert Lobato

Não são apenas os partidos políticos que estão divididos em relação ao segundo da eleição para prefeito de São Luis. Há uma divisão também no governo Roseana onde alguns secretários deixam bem claro sobre quem estão apoiando.

A favor de João Castelo está o secretário de Saúde, Ricardo Murad, que virou castelista desde “bonequinho”. Não é por acaso que o vereador eleito, e bem votado, Fábio Câmara, está de corpo, alma, coração e cérebro enfiado na campanha do 45.

Pelo lado de Edivaldo Holanda Júnior estão ao menos dois importantes auxiliares da nossa governadora.

Um é o secretário das Cidades, o deputado federal Pedro Fernandes, pai do vereador eleito Pedro Lucas, amigo de infância de Holandinha. Pedro Fernandes “holandou” desde às 22h do dia 07 de outubro, quando foi anunciado o resultado do primeiro turno.

Outro secretário de Estado que torce e trabalha pela eleição de Holandinha é o comandante da pasta de Projetos Especiais, senador João Alberto, um entusiasta da candidatura 36, não só por questões políticas, mas, também, por uma série de amizades que o liga a Edivaldo Holanda pai.

Nesse sentido, Edivaldo Holanda Júnior, candidato que “unifica” todas as oposições maranhenses, vai levando vantagem quanto à simpatia dos secretários de Roseana Sarney pela sua candidatura.

Até aqui está ganhando de 2 x 1…

Marcos Rodrigues*

O candidato à prefeito de São Luís Edvaldo Holanda Júnior enfrenta hoje o drama da esquizofrenia do grupo político que grativa em torno de sua candidatura.

Eleito com parcela significativa do segmento religioso, Holanda não atentou para a recomendação bíblica, prescrita no Evangelho de Marcos (2,21):

–Ninguém prega retalho de pano novo em roupa velha; do contrário, o remendo arranca novo pedaço da veste usada e torna-se pior o rasgão.

Bastou que fosse exibida a nudez de seus apoiadores para que o candidato do Partido Trabalhista Cristão tropeçasse e caísse alguns pontos na pesquisa de intenção de votos.

Holanda Júnior carrega o fardo de aliados defenestrados pela opinião pública, em razão de práticas condenadas pelos princípios da probidade e moralidade administrativa.

O rótulo do “novo” começa a esfacelar-se e, a exemplo das mais recentes novidades eleitorais, como Celso Russomano, em São Paulo, o jovem político maranhense, neste segundo turno, depara-se com a necessidade de explicar as tais alianças e aprofundar seu discurso político – até então restrito ao tema superficial da “Mudança”.

Aliás, a capital paulista já assistiu a um dos mais emblemáticos episódios da política brasileira quando, em 1985, Fernando Henrique Cardoso, em clima de “já ganhou”, chegou a sentar na cadeira de prefeito, mas perdeu as eleição para Jânio Quadros.

Ao assumir a prefeitura, Jânio desinfetou a poltrona, com habitual irreverência.

Edvaldo Holanda Júnior, que até poucos dias comemorava a possibilidade quase irreversível de vitória, deve explicações à população, já ressabiada das “novidades” que, volta e meia, aparecem nas eleições.

Fernando Collor de Mello foi o mais vexatórios de todos, por sinal, jovem, bonito e eleito com o mesmo discurso da mudança.

O jovem candidato a prefeito queixa-se de estar sendo atacado pelo adversário João Castelo. Mas, em sua campanha, ele se apropriou do argumento da “mudança” e do “novo”.

Agora, precisa provar porque, no ímpeto irrefreável de vencer a disputa a todo custo, pregou retalhos novos, em sua roupagem tão velha.

Essa costura política em torno de Edvaldo é a mesma que esgarçou a ponto de comprometer o governo de Jackson Lago e o sonho legítimo de mudança acalentado por tantos maranhenses.

Após 40 anos de domínio do grupo Sarney…

Marcos Rodrigues é engenheiro civil

Os coordenadores da campanha de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) não tem dúvidas de que a vantagem para o prefieto João castelo(PSDB) se mantém num patamar entre 15 e 18 pontos percentuais.

Eles se baseiam nos números de pesquisas internas, do tipo tracking, que apontam a “dianteira consolidada” de Holandinha sobre Castelo.

Para o próprio candidato, os números do Ibope contêm “erros gritantes”.

Mesmo assim, holandistas pretendem reforçar a campanha de rua na última semana antes do 2º turno, para consolidar estes números e impedir um avanço significativo de Castelo.

Entendem que, rforçando a presença de rua, por mais que o tcano avance, seá imposível tirar a vantagem em apenas oito dias…

 

Nada menos que cinco debates estão marcados para a última semana de campanha no 2º turno das eleições em São Luís.

O primeiro acontece amanhã, na TV Guará, emissora do grupo Dalcar, cujos proprietários doaram à campanha de João Castelo (PSDB).

Na terça-feira, será a vez da rádio Mirante AM realizar encontro entre Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e João Castelo.

Também haverá debates, segunda-feria, na TV Cidade, emissora de propriedade do vice de Holandinha, Roberto Rocha, às 13h30, e na TV Difusora, na quarta-feira, às 21h30 horas.

A maratona de confrontos pessoais entre Holandinha e Castelo se encerra sexa-feira, com o debate da TV Mirante, nos mesmos moldes e horário do que foi realizado no 1º turno.

Isto se os dois candidatos comparecerem…

O candidato do PTC, Edivaldo Holanda Júnior, mudou o estilo “Holandinha paz e amor”  e decidiu partir para o ataque contra o adversário João Castelo (PSDB).

Mesmo liderando a disputa, Holandinha estava acuado desde o início do 2º turno, sendo obrigado a ter que responder vários questionamentos do programa castelita e da própria imprensa – sobre projetos, experiência e, sobretudo, as companhias que andam com ele na campanha – escondidos ou não.

Agora isso mudou.

Desde ontem, o programa de Holanda Júnior resolveu partir para o ataque contra Castelo – postura que já vinha sendo usada, mas de maneira tímida.

Pesquisas têm mostrado que o estilo coitadinho, bom moço e educado que  Holanda passa na propaganda eleitoral está “antipatizando” o eleitor, que já começa a se questionar sobre as denúncias contra ele.

Holanda ainda não partiu parao ataque direto e pessoal contra Castelo – o que poderá ocorer nos debates da semana que vem, se ele comparecer – mas seu programa já endureceu o jogo.

O objetivo da nova postura é também tirar Holandinha do canto do ringue – onde está sendo obrigado a explicar cada dia uma coisa explorada por Castelo.

Se vai funcionar a nova postura, só o pouco tempo que resta dirá…

O Partido Verde vai declarar apoio oficial à candidatura do prefeito João castelo (PSDB) em São Luís. De acordo com o presidente regional da legenda,Washington Rio Branco, a decisão foi tomada em comum acordo com as lideranças verdes do estado e com o aval da direção nacional

– Já conversei com o presidente nacional, Luiz Penna, e com o líder na Câmara Federal, Sarney Filho. Além disso, comuniquei a todos os parlamentares da legenda, que também apoiaram a decisão – disse Rio Branco, que foi candidato a vice de Castelo em 2004.

Hoje à tarde, a direção do PV em São Luís reuniu-se com o prefeito João Castelo, onde foi definido o apoio.

Além de um ato público na semana que vem, as lideranças do PV deverão anunciar o apoio a castelo no orário Eleitoral Gratuito.

Do blog de Gilberto Léda

O prefeito João Castelo (PSDB) comemorou, hoje (19), no dia do seu aniversário, o resultado da pesquisa Ibope/TV Mirante, que aponta uma diferença de dez pontos percentuais entre ele e Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

Segundo ele, através dos programas eleitorais a coligação “Pra Fazer Muito Mais” conseguiu neutralizar o crescimento do adversário e voltar a pensar numa virada.

Além disso, Castelo atribui ao embate “homem-a-homem” a melhora do seu desempenho. “Agora não tem mais laranja”, disparou, lembrando que, no 1º turno, o candidato Ednaldo Neves (PRTB) atuou como linha auxiliar da coligação “Muda São Luís” para ajudar a desconstruir a imagem do atual prefeito. Continue lendo aqui…