Marco Aurélio D'Eça

Movimentação de Washington tem custo zero pra campanha

Começou hoje a farsa do uso dos recursos nas campanhas eleitorais brasileiras, com a divulgação da primeira parcial da prestação de contas dos candidatos pelo Tribunal Superior Eleitoral.

E em São Luís esta farsa vai às raias do deboche e do escracho com a cara do eleitor.

O prefeito João Castelo (PSDB), por exemplo, declarou ter arrecadado R$ 200 mil nos primeiros trinta dias de campanha. Gastou R$ 117.618,36.

Carros de Castelo parecem circular de graça

Foram R$ 16,4 mil com “Promoção da candidatura”, R$ 10 mil com placas de publicidade e, veja só, apenas R$ 225,00 em produção de jingles e vinhetas.

Edivaldo Holanda Júnior (PTC) disse ter arrecadado apenas R$ 8.450,00 em recursos. Gastou R$ 5,7 mil com “Material Impresso” e pôs na rubrica “Despesas diversas”, gastos de R$ 1.529,00.

Eleitores de Holandinha se movimentam “por amor”

Nem Castelo nem Holandinha declararam uso de carros de som na campanha, apesar da movimentação diária nas ruas de São Luís.

Mais curiosa ainda é a prestação de contas de Washington Luiz (PT).

O candidato petista disse ter arrecadado R$ 88,6 mil entre julho e agosto, sendo R$ 63 mil apenas como “Recursos de Partidos”. E não gastou sequer um centavo neste período, mesmo com todo o volume de campanha nas ruas – carreatas, caminhadas e carros de som nas ruas.

O blog analisou apenas os três candidatos com maior volume de campanha vistos nas ruas.

A partir destes dados se tem uma base mais clara da diferença entre o que os candidatoz fazem e o que eles dizem fazer.

É a velha prática do “finge que presta contas” dos candidatos com o “finjo que fiscalizo” do Ministério Público.

E a farsa se completa com os julgamentos nos TREs…

Edilázio com Washington e Clara Moreira

A campanha da candidata a vereador de São Luís, Clara Moreira (PMDB), recebeu um reforço de peso: o deputado Edilázio Júnior (PV). Neste domingo, o parlamentar recebeu durante um almoço centenas de lideranças políticas da capital maranhense para oficializar o apoio a Clara Moreira.

A reunião contou com a participação do candidato a prefeito do PT, Washington Luiz.

Durante todo o período do recesso parlamentar o deputado Edilázio Júnior se reuniu com lideranças políticas de bairros de São Luís para discutir nomes de candidato a vereador a serem apoiados.

Clara Moreira foi quem agregou mais apoios de lideranças ligadas a Edilázio Júnior.

Com isso, o deputado fechou o apoio incondicional a Clara Moreira levando o nome da candidata aos seus aliados políticos para participar da campanha e assim conseguir votos suficientes para garantir uma das 31 cadeiras da Câmara Municipal em disputa.

– Conheço a Clara Moreira, que é viúva de um grande homem que foi Luciano Moreira, se de sua competência e seu comprometimento com a sociedade. Por isso, decidimos – eu e as lideranças políticas ligadas a mim – que o melhor nome a ser apoiado para vereador é o da Clara Moreira – afirmou Edilázio Júnior.

Durante o almoço, no Araçagy, promovido pelo deputado do PV, o vice-governador Washington Luiz, candidato a prefeito de São Luís pelo PT, este presente. 

Edilázio reafirmou apoio ao petista.

– Esse é um momento de reafirmarmos o total apoio ao nosso vice-governador, Washington Luiz, que trabalhar para nossa cidade com o apoio da governadora Roseana Sarney e com certeza com a colaboração de Clara Moreira que estará na Câmara de São Luís defendendo os interesses de nossa gente – disse Edilázio Júnior.

Tadeu Palácio: nova dor de cabeça eleitoral

O procurador eleitoral Marcílio Nunes Medeiros deu parecer favorável ao recurso do candidato a vereador Genival Alves (PRTB), contra o registro de candidatura de Tadeu Palácio (PP) a prefeito de São Luís.

Cabe agora ao Pleno do Tribunal Regional Eleitoral decidir se mantém ou não o registro de Palácio, que já havia sido aprovado em julgamento na 2ª Zona Eleitoral.

Genival Alves entende que Tadeu Palácio está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Na avaliação do vereador, o ex-prefeito tem contas rejeitadas pelo TCE.

No julgamento de primeiro grau, o juiz Jossé Américo Abreu, da 2ª Zona Eleitoral, julgou improcedente a ação de Genival, entendendo que Palácio poderia sim ser candidato. Em síntese, o juiz entendeu que os julgamentos dos TCEs não têm validade para a análise eleitoral.

Genival Alves recorreu ao Pleno do TRE, que encaminhou o caso ao Ministério Público.

O parecer de Marcílio Nunes aponta que Tadeu Palácio tem contas rejeitadas no TCE e, portanto, não pode ser candidato.

O julgamento do processo na Corte Eleitoral ainda não tem data para ser realizado…

Helena dá largada em campanha, hoje à noite…

A vice-prefeita Helena Duailibe (PMDB), candidata a vereadora em São Luís, inaugura hoje o seu comitê de campanha, na Curva do Noventa.

O local servirá para a candidata receber eleitores, correligionários e amigos nos últimos 60 dias de campanha.

Helena é uma das mais fortes candidatas do PMDB à Câmara Municipal. Mulher do deputado estadual Afonso Manoel (PMDB), candidato a vice-prefeito na chapa do vice-governador Washington Luiz (PT), ela é também uma das principais articuladoras da campanha majoritária.

– A inaguração do comitê será o grito da canidatura rumo à vitória – disse a vice-prefeita.

A presemça de Washington e Afonso Manoel já stá confirmada.

O ato deve ter inicio às 18h e deve contar com centenas de apoiadores a candidatura de Helena.

Além da presença de outros políticos convidados…

Márcio Jerry: Flêuma, empáfia e incompetência

Os líderes da campanha de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) decidiu remexer no comando do comitê, que era exercido, até sexta-feira, em absoluto, pelo jornalista Márcio Jerry (PCdoB), homem de confiança do ex-deputado Flávio Dino (PCdoB).

A estagnação do candidato nas pesquisas, na casa dos 17%, e os equívocos de campanha determinados por Jerry – como a divulgação de duas pesquisas de fundo de quintal para tentar turbinar os índices de intenção de votos – levaram ao seu afastamento.

As crises com o experiente marqueteiro Evilson Almeida, com diversas campanhas vitoriosas no currículo, também tem gerado problemas nos bastidores. O marqueteio não tem tido autonomia para montar os programas de Holandinha.  É de Jerry a palavra final e a interlocução com a equipe que veio da Bahia.

Para tentar encontrar uma linha ascendente de intenção de votos para o candidato, os líderes partidários decidiram intervir, mudando os rumos da coordenação. 

Holanda-pai, de volta ao centro da campanha

Uma das primeiras medidas é reintegrar ao comitê o pai do candidato, o ex-deputado Edivaldo Holanda, que havia sido afastado por orientação do próprio PCdoB, como revelou este blog no post “Afastaram Holanda pai da campanha de Holandinha”.

O PDT também vai ter representante no comando de campanha, com a provável entrada do ex-secretário de Planejamento do governo Jackson Lago, Abdelaziz Santos.

O pupilo dinista continuará como membro da coordenação, mas sem a autonomia que o fez meter os pés pelas mãos. A ele foi oferecida o comando da relação com a imprensa, repensada depois que se soube da dificuldade de relacionamento que ele tem com boa parte dos principais jornalistas de São Luís.

Histórico choro de Dino: mais um dos troféus de Jerry

Fracassos

Márcio Jerry é conhecido por afundar carreiras políticas.

Em 2000, após se desentender com o PT de São Luís, migrou para  Imperatriz, onde assumiu um dos postos-chave na administração do ex-prefeito de Imperatriz, Jomar Fernandes. Hoje, tanto Fernandes quanto a mulher, Teresinha, estão inelegíveis, após o desastre que foi a gestão do casal.

Em 2006, trocou o PT pelo PCdoB e se integrou à campanha de Flávio Dino, inventada pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PCdoB). Jerry é tido nos bastidores  comunitas como “professor do professor de Deus”, dada à empáfia com que vene a idéia de conselheiro de Flávio Dino.

A ele é atribuída, inclusive, a derrota do comunista em 2008, em São Luís.

Numa disputa que se achava praticamente vencida pelo candidato do PCdoB, Jerry dificultou as alianças para o segundo turno e o resultado foi a vitória de João Castelo.

Foi exatamene o saldo da arrogância e da flêuma com que o comunista age, que levou os líderes de PCdoB, PDT, PSB e PTC a intervir no comando da campanha.

Até para evitar choros como este da imagem acima.

De Flávio Dino ao perder para Castelo, em 2008…