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Fenaj se retrata por verborragia de jornalista maranhense…

A Federação Nacional dos Jornalistas pediu desculpas oficiais, hoje à noite, pelas ofensas do jornalista Emílio Azecedo ao povo maranhense.

– Informamos que já tomamos as providências necessárias para uma melhor definição do conteúdo que a página da FENAJ deve exibir e pedimos desculpas pela publicação inadequada – declarou a nota.

Maranhense, Emílio Azevedo aproveitou-se da morte do jornalista Décio Sá para fazer proselitismo pólítico contra o governo Roseana Sarney (PMDB) e acabou agredindo o estado em que mora.

O caso ganhou mais repercussão por que recebeu destaque na página da Fenaj no facebook, o que indignou a jornalista Rafaela Marques.

A indignação da jornalista elvou ao pedido de desculpas da entidade.

Abaixo, a íntegra da nota da Fenaj:

“Cara Rafaela,

A diretoria-executiva da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lamenta que uma matéria reproduzida em nossa página no Facebook, na qual estão registrados comentários do presidente da FENAJ e de um jornalista do Maranhão, tenha ofendido ao povo maranhense. Tranquiliza-nos o fato de que as declarações, que provocaram a indignação registrada em sua carta, tenha sido do jornalista maranhense, mas isto não nos exime da responsabilidade de ter contribuido para dar maior divulgação a elas.
Informamos que já tomamos as providências necessárias para uma melhor definição do conteúdo que a página da FENAJ deve exibir e pedimos desculpas pela publicação inadequada.

Atenciosamente,

Maria José Braga
Vice-presidente da FENAJ

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Carta aberta à Fenaj e a Emílio Azevedo…

Por Rafaela Marques

No fim da última segunda-feira, a imprensa do Maranhão ficou em choque com a notícia do assassinato do jornalista Décio Sá, um de nossos nomes mais atuantes na reportagem de política e possivelmente o mais conhecido blogueiro. A repercussão internacional desta violência acontecida em nosso estado nos envergonha e entristece. Eu, jornalista por formação, sinto-me ultrajada.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) publicou justa nota, que eu mesma reproduzi entre amigos, bem como várias outras entidades representativas de classe e grupos de defesa de nossa profissão, a exemplo da ONG Repórteres sem Fronteiras.

Hoje, qual não foi a minha surpresa ao receber uma atualização da página da FENAJ no Facebook, em que uma matéria da “Rádio Brasil Atual”, foram colocadas lado a lado as declarações concedidas em entrevista por Celso Augusto Schröder, presidente desta entidade, a outras afirmações feitas por um senhor chamado Emílio Azevedo, do inexpressivo jornal maranhense “Vias de Fato”.

O senhor Emílio declara que o assassinato de Décio Sá é “reflexo do ambiente pouco civilizado da região” e que aqui “prevalece a barbárie”.

Não conheço o senhor Emílio, mas gostaria de deixar claro a minha indignação em vê-lo repetir chavões preconceituosos difundidos largamente na internet sobre o estado em que nasci, cresci e me tornei jornalista.

Entretanto, o que mais me choca é que uma entidade como a FENAJ, símbolo máximo do que deve ser a representação de uma classe ainda violentada, cede espaço para a repercussão de um conteúdo leviano como este.

Enfatizo: não me sinto em um estado de barbárie, embora o assassinato de Décio Sá seja, de fato, uma barbaridade. Não convivo com pessoas pouco civilizadas, mas infelizmente, entre nós, existe uma mente rasa como a do senhor Emílio Azevedo, que, suponho, sente-se envaidecida de conceder entrevista – quando deveria preferir entrevistar. Considero a declaração repercutida pela FENAJ de extremo mau gosto, um acinte e um desrespeito aos profissionais desta região, que estudaram teorias do jornalismo, que todos os dias buscam a Verdade, enquanto paradigma filosófico e enquanto subsídio para seu trabalho diário de servir a sociedade.

Repudio veementemente o cenário que vejo: num momento em que todos lamentam a situação vivenciada, se afirmam velhos preconceitos. Neste momento, estou envergonhada. Não de viver num estado em que “prevalece a barbárie” e de conviver com pessoas “pouco civilizadas”, mas da violência que vitimou Décio Sá, da FENAJ e do senhor Emílio Azevedo.

Certamente o autor desta declaração considera o Maranhão um estado “pouco civilizado” porque não alcançou qualquer projeção em seu meio profissional. A ele, minha sincera rejeição. Sobre a “Rádio Brasil Atual”, recomendo mais cuidado na escolha da fonte e um maior apuro das informações colocadas em suas matérias.

Lamento, por fim, que num momento em que lutamos pelo o reestabelecimento da exigência do diploma para o exercício do jornalismo, profissionais atuem deixando claro que lições como não foram aprendidas numa Universidade.

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Perseguição ou tocaia???

Local onde Décio Sá foi morto: jornalitas se aglomeram em frente ao bar

Este blog segue a linha de raciocínio do jornalista Roberto Kenard com relação à dinâmica do assassinato de Décio Sá.

A própria polícia já reconhece oficialmente que, para matar Décio, o assassino contou com uma logística envolvendo outras três pessoas – uma numa moto, outro a observar a área e um terceiro, de carro, aguardando em outro local.

A questão está exatamente neste ponto.

Com estes dados já comprovados, não há como duvidar de que, mais do que seguido – ou perseguido – até o local do crime, Décio Sá fora vítima de uma emboscada.

Para montar uma rota de fuga com tantos detalhes, os bandidos necessitavam saber que Décio Sá iria estar, exatamente, no restaurante Estrela do Mar.

Por isso montaram a estratégia: o executor chega na garupa em uma moto, atira, volta pro veículo, segue até antes da barreira eletrônica – para evitar ser filmado – e sobe o morro, onde um carro o aguardava do outro lado.

É assim que a polícia conta.

Mas, e se Décio Sá não fosse para o Estrela do Mar? E se ele resolvesse jantar com o colega Luís Cardoso no Dona Maria?  Ou optasse por comer o macarrão com Fábio Câmara, no Sushibar?

Os bandidos montaram a tocaia por que tinham convicção de que ele sairia mesmo do jornal diretamente para o Estrela do Mar.

E para isso, teria que ser atraído pra lá…

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Aluísio Mendes admite: “crime é de difícil solução”…

Aluísio: sem prazo para resultados...

O secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, admitiu hoje que o assassinato de Décio Sá “é um crime de difícil solução”.

Só provas do tipo imagens, sons, mensagens eletrônicas e telefones, segundo ele, são 22,8 mil para serem analisadas.

Aluísio decretou o sigilo das investigações e afirmou:

Vamos usar todo o tempo que for preciso para elucidar este caso. Não temos obrigaçãod e resolvê-lo em 24, 48, 72 horas… Vamos usar o tempo necessário.

De tudo o que foi dito na entrevista, a admissão da dificuldade e solução do crime foi a mais importante declaração do secretário.

Perguntas sobre pessoas que falaram com Décio Sá no caminho dele para a morte, Aluísio resiste a responder.

Também não diz que linha de suspeição é  a mais provável para se definir a linha de investigação.

A polícia precisa ter tranquilidde para a investigação, mas pode trabalhar sem prazo para dar respostas à sociedade.

E o tempo só beneficia os interessados na morte de Décio Sá – todos eles.

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“Intolerância praticada por quem deveria repudiá-la”…

Por Joaquim Haickel

Acredito que não estou entendendo o que disse a OAB!

Quer dizer que alguém acha na entidade que congrega os advogados do Maranhão, categoria da qual faço parte, que, dependendo de como pensa ou de como se comporta um determinado cidadão, dependendo de se ele é ou não é diplomado, dependendo de se ele trabalha para esse ou para aquele grupo, dependendo de qualquer coisa ele pode ser mais ou menos assassinado?

Ah! A minha paciência tá no limite para com os hipócritas, seja ele quem for!

Isso é o cúmulo!

A intolerância praticada por quem deveria repudiá-la.

Alguém por ai deveria parar, pensar, criar coragem e se desculpar pela declaração no mínimo absurda e despropositada.

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Jornalistas estão sós… jornalistas uni-vos!!!

A boçalidade verborrágica do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB maranhense, advogado Luís Antonio Pedrosa, é um exemplo do desprezo com que as classes ditas elitizadas vêem os jornalistas.

Se alguém que deveria ser mais humano é capaz de arrotar com toda esta fedentina, imagine-se os que acham que nem satisfação precisam dar à sociedade?

A morte do jornalista Décio Sá mostrou que a categoria está só.

Médicos sempre vão proteger médicos, seja qual for a situação. Advogados são corporativos por excelência; juízes nem cogitam abrir mão de suas relações.”Cachorro não mata cachorro”, é a expresssão usada por policiais para dizer que estão sempre juntos.

E todas estas categorias estão contra os jornalistas.

Deputados estaduais, prefeitos, políticos de maneira geral, usam jornalistas para benefício próprio – mas odeiam jornalistas que ousam mostrar suas mazelas.

Pela própria atuação do jornalista, é natural que todas as demais categorias mantenham relação de amor e ódio com  ele.

E de vez em quando, aparece ums boçais, como Pedrosa.

Mas é hora de os jornalistas mostrarem que também podem ser corporativos. É com ações judiciais contra os gorilas – diplomados ou não – que a categoria ocupará seu lugar de respeito na sociedade.

AMI, Sindicato dos Jornalistas, Sindicato dos Radialistas, Comitê de Imprensa da Assembléia e da Câmara Municipal devem propor ações e representações contra o boçal dos Direitos Humanos.

E cobrar dos próprios advogados que expurguem este tipo de gente do seu meio.

Jornalistas podem até ser isolados.

Mas também sabem se unir quando necessário…

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Quebra do sigilo telefônico pode elucidar morte de Décio Sá…

Décio Sá: quse sempre ao telefone, como mostra imagem da Mirante

As ligações feitas e recebidas pelo jornalista Décio Sá no dia do seu assassinato – e nos dias anteriores ao crime – podem levar a polícia a desvendar o que o levou para a morte.

Como fontes em todo o Maranhão, Décio passava boa parrte do tempo de trabalho ao telefone, sempre colhendo informações ou trocando impressões com políticos, autoridades e outros jornalistas.

Em uma destas ligações pode estar a chave, ou pelo menos um indício, do que pode ter levado ao seu assassinato.

No dia do crime, Décio Sá chegou à redação do jornal O EstadoMaranhão por volta das 19 horas.  Em duas ocasiões, ele falou com alguém sobre alguma coisa  sobre uma mulher da qual tinha uma matéria a fazer. Perguntou se o interlocutor era ou não ligado a esta mulher.

Também falou com alguém que parecia querer sua presença. Ele respondeu que falaria “por telefone mesmo”.

O jornalista foi o último repórter da equipe de Política a deixar a redação, por volta das 22 horas – e usando o telefone, como mostram as imagens do sistema de segurança da empresa.

Sabe-se hoje que Décio conversou com três pessoas no intervalo entre a saída da redação e sua morte. 

O jornalista Luís Cardoso o convidou para um jantar no Restaurante Dona Maria, mas ele informou estar indo para o restaurante Estrela do Mar, onde se encontratria com alguém.

Já no local, foi alcançado pelo suplente de vereador Fábio Câmara, que o convidou para comer macarrão no Sushibar. Ele optou pela caranguejada do local onde estava.

O último a falar com Décio foi o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem (PSD), exatamente na hora em que ele estava sendo alvejado.

– Eu estava falando com ele, quando ouvi zoada e ele parou de falar. Como não sabia o que ocorrera, liguei várias vezes, sem sucesso. Então liguei para Fábio Câmara e disse a ele que alguma coisa tinha acontecido com Décio – contou Aristides, ao titular deste blog, ainda na madrugada do crime.

É possível que Décio tenha falado com várias outras pessoas desde a saída da Mirante até o local do crime.

Estas conversas podem revelar muita coisa…

 

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Murad compara violência de Pedrosa à dos assassinos de Décio…

O secretário de Saúde, Ricardo Murad, reagiu indignado, agora há noite, à posição do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Antonio Pedrosa.

Para ele, o comando da OAB tem obrigação de posicionar contra “tamanha violência”, que ele comparou à mesma dos assassinos do jornalista Décio Sá.

Ao se eximir de posicionamentos em relação ao assassinato, Pedrosa usou o termo “gorilas diplomados” para designar jornalistas políticos do Maranhão.

– O silêncio da Ordem até esse momento só o presidente pode explicar, mas se omitir diante de tamanha violência contra quem já não pode defender-se é inaceitável. Sinceramente esperamos sua manifestação – cobrou Murad.

Pedrosa condenado pela atitude de gorila

A covardia do representante dos direitos humanos foi criticada duramente também em blogs que repercutiram suas declarações preconceituosas e insensíveis.

Para muitos, ele perdeu, inclusive, as condições de continuar em cargo tão importante na estrutura da OAB.

Advogados pretendem cobrar de Antonio Pedrosa uam retração à ofensa dirigda gratuitamente aos jornalistas maranhenses.

E, principalmente, a Décio Sá, que já não pode mais se defender…

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Gorilas diplomados: é assim que a OAB vê os jornalistas???

Para Pedrosa, jornalistas não passam de gorilas diplomados

A expressão acima foi usada por ninguém menos que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Antonio Pedrosa.

Expressão covarde, insensível e, acima de tudo, preconceituosa.

Em seu blog, ao falar do crime contra Décio, com clara intenção de se eximir da responsabilidade como membro de um órgão tão representativo, Pedrosa usou a pérola ofensiva como que para dizer: é problema deles; que se virem!

– Não derramei lágrimas de crocodilo no velório , no qual nãoa ceitaria confortavelemtne comparecer. Sempre discordei dessa linha de jornalismo que, no estado, é composta por um pequeno grupo de gorilas diplomados – afirmou quem deveria afirmar os direitos humanos. (Leia aqui)

A simples expressão gorila já estaria carregada de preconceito por si só. Afinal, Décio era negro.

Mas a carga de covardia, insensibilidade e omissão é ainda maior por que vinda de alguém que deveria lutar pelos direitos humanos em toda a sua plenitude.

E mostra exatamente como as castas que se acham acima do bem e do mal vêem os profissionais de comunicação no estado.

Postura simplesmente deplorável…

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A última viagem…

Décio, com Caio, André e Gilberto passando atrás...

A imagem ao lado foi a última de Décio Sá registrada em um momento de trabalho no interior.

Sua última viagem, sexta-feira, dia 13, acompanhando a governadora Roseana Sarney (PMDB), em Barreinhas, para inauguração de um hospital.

Ao lado do blogueiro Caio Hostílio e o assessor da Secretaria de Saúde, André Belquior, eles brincam com uma garrafa de “cana” em um quiosque.

Ao fundo, se vê o também jornalista Gilberto Léda.

Nos dias seguintes, publicou denúncias graves de, várias partes do estado.

E qualquer uma podem ter a ver com a sua morte.

O clima de descontração em Barreirinhas nem pronunciava o que estava por vir…