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Qual o futuro político deles?!?

Com 30,07% dos votos, Roseana preserva o espólio eleitoral que o grupo Sarney mantém historicamente no Maranhão – e com os 28% em São Luís, crava nome na capital maranhense; o tucano Roberto Rocha terá que se reinventar para 2020 ou 2022

 

CAMINHOS DIVERSOS. Roseana mantém espólio do grupo Sarney; Roberto Rocha tem futuro político incerto

Enquanto a ex-prefeita Maura Jorge (PSL) já anunciou sua permanência no embate político – inclusive no segundo turno – o ex-candidatos Roseana Sarney (MDB) e Roberto Rocha (PSDB) ainda mantêm silêncio sobre o resultado das eleições.

Mas o resultado das urnas para eles pode acenar com novos projetos.

A princípio, o índice de 30,07% dos votos em Roseana podem parecer pouco para quem já foi quatro vezes governadora; ela, no entanto, preservou o patamar de votos do grupo Sarney, mesmo em uma campanha adversa.

Roseana teve nada menos que 28,03% dos votos em São Luís, preservando o mesmo patamar estadual sarneysista.

A situação de Roberto Rocha é mais complicada.

O senador tucano registrou apenas 64.446 votos, ou 2,05%, uma votação catastrófica para quem havia sido consagrado quatro anos antes.

Pior para Roberto: sua vaga no Senado em 2022 tende a ser disputada pelo próprio governador Flávio Dino (PCdoB), que estará concluindo o segundo mandato; ou por Roseana, que pode fazer essa opção tática.

De uma forma ou de outra, Roberto Rocha tem quatro anos para se consolidar como senador e buscar, ao menos, garantir uma eleição de deputado federal após concluir seu mandato.

A menos que queira concorrer com dois nomes bem mais robustos…

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Eles já estão de olho em 2020

Os candidatos Eliziane Gama, Eduardo Braide, Wellington do Curso e Fábio Câmara trabalham com o objetivo de garantir mandato, mas também com a perspectiva de manter a força eleitoral em São Luís como caminho para as eleições municipais

 

Eduardo Braide é candidato a deputado para fortalecer seu projeto de ser prefeito

A candidata a senadora Eliziane Gama (PPS), o candidato a deputado federal Eduardo Braide (PMN) e o candidatos a deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) e Fábio Câmara (PSL) têm um objetivo comum, apesar de concorrerem a cargos distintos.

Eliziane Gama pode ressurgir como opção em São Luís a partir do seu desempenho como candidata a senadora

Todos eles querem usar o desempenho em São Luís como recall nas eleições de 2020; por isso, precisam mostrar força eleitoral na capital que pretendem governar.

Wellington é um dos favoritos na disputa pela Assembleia Legislativa em São Luís

Para Eliziane Gama, independentemente de vencer a eleição de senadora, ficar em primeiro lugar em São Luís é fundamental para o projeto de voltar a concorrer à prefeitura.

O mesmo se dá em relação a Braide, que precisa liderar a corrida pela Câmara Federal para consolidar o recall de 2016 e fortalecer sua base para a disputa de 2020.

Fábio Câmara que reforçar a popularidade que tem em São Luís agora como candidato a deputado estadual

Candidatos a deputado estadual, Wellington e Fábio Câmara têm a eleição na capital como reforço para o projeto maior, o de 2020, quando pretendem voltar a disputar a sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

Por isso os olhos de todos estarão voltados para São Luís nestas eleições.

Independentemente do resultado geral no estado…

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Edivaldo Júnior não quer ser um novo Tadeu Palácio…

Prefeito sabe que, se não imprimir um ritmo de gestão com a sua cara, mostrando pulso para gerenciar e atitude de líder político, pode amargar o ostracismo a partir de 2020, quando deixar o posto no vazio entre dois pleitos

 

A imagem de insegurança perseguiu o prefeito no primeiro mandato

A imagem de insegurança perseguiu o prefeito no primeiro mandato

Pelo menos no discurso – não dele, mas dos aliados – o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) deve adotar nova postura político-administrativa em sua gestão a partir de janeiro.

Mais ágil, mais firme, mais presente, mais duro.

Fortemente desgastado nos primeiros quatro anos de gestão – a ponto de ser dado como morto político até antes de começar a campanha, que só venceu pelo uso ostensivo e exagerado da máquina administrativa – Holandinha quer mostrar a população uma mudança de perfil pessoal e profissional que lhe garanta estofo suficiente para seguir na vida pública a partir de 2020, quando encerra o segundo mandato.

O prefeito não disputará as eleições de 2018.

Ele próprio prometeu isso ao eleitor de São Luís durante a campanha, e mudar os planos no meio do mandato soaria como traição ao eleitor já desconfiado com sua insegurança. Além disso, nenhum posto em disputa daqui a dois anos tem tanta força para Edivaldo quanto o de prefeito da capital maranhense.

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Holandinha tutelado…

Edivaldo Júnior é assim mesmo…

Uma imagem com perfil mais firme, mostrando mais segurança, começou a ser exibida na sabatina O Estado, no segundo turno

Uma imagem mais firme, mostrando mais segurança, começou a ser exibida na sabatina O Estado, no segundo turno

Se não conseguir construir uma imagem sólida  de liderança política – o que não foi feito nos quatro anos sob a tutela do governador Flávio Dino (PCdoB), Edivaldo corre o risco de ser um novo Tadeu Palácio, o ex-prefeito que chegou a se reeleger, mas amargou o ostracismo após o fim do segundo mandato.

E é por isso que cada vez mais aliados pregam uma mudança de perfil no Edivaldo do segundo mandato em relação ao do primeiro.

Mais forte, mais ágil, mais firme, mais presente.

Ele próprio, no entanto, e não apenas seus aliados, precisa dar mostras de que está neste caminho.

E o primeiro passo é tomar o controle absoluto de sua gestão.

Afinal, 2020 é logo ali…