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Declaração de Weverton põe em xeque candidaturas de Osmar e Rubens…

Senador declarou em Imperatriz que o seu PDT e o PCdoB irão disputar unidos as eleições de 2020 nos dois principais colégios eleitorais do Maranhão, o que demonstra a inviabilidade dos candidatos pedetista e comunista

Weverton Rocha com aliados em Imperatriz, acenando para o PCdoB e outros partidos, ainda que isso signifique o sacrifício do PDT…

Teve dois efeitos diretos a declaração do senador Weverton Rocha (PDT) sobre as eleições de 2020, durante recebimento de homenagem em Imperatriz, nesta terça-feira, 10:

1 – reafirmou sua disposição de costurar o máximo de alianças possíveis para o seu próprio projeto pessoal de disputar a sucessão de 2022, ainda que isso signifique o sacrifício de aliados nas eleições de 2020;

2 – a pouca densidade eleitoral dos pré-candidatos do PDT (Osmar Filho) e do PCdoB (Rubens Pereira Jr.) em São Luís parecem já ter esgotado a paciência de suas lideranças partidárias.

– Esse momento agora é da união; quem achar que PDT e PCdoB vão caminhar separados em Imperatriz, São Luís e outros lugares estratégicos está redondamente enganado – foi o que disse Weverton, dentro de um contexto claramente eleitoral. (Veja aqui)

O cenário dos sonhos para Weverton Rocha em 2022 seria uma candidatura a governador com apoio de candidatos eleitos por ele em 2020 nos dois principais colégios eleitorais, mas não necessariamente do seu próprio partido.

Por isso ele acena com alianças em torno do PCdoB e até de outros partidos da base, como o PP e o DEM, dos deputados federais André Fufuca e Juscelino Rezende, respectivamente.

E para chegar ao objetivo, não vê problema nenhum em sacrificar o projeto do aliado pedetista na capital maranhense.

Carlos Brandão com Duarte Júnior em plea atividade política; é o vice quem estará no significativo cargo de governador em 2022

Resta saber se o governador Flávio Dino, que tem dois aliados de peso como protagonistas do processo de 2020, em São Luís e Imperatriz – e tem outro aliado, o vice Carlos Brandão (PRB), querendo o mesmo que Rocha em 2022 – submeterá seu PCdoB ao projeto do senador.

Além disso, o próprio Brandão corre em faixa própria, buscando atrair o comunista melhor posicionado na disputa de 2020, deputado estadual Duarte Júnior, o que certamente engrossará o jogo de 2022.

E com Brandão já no cargo de governador, o que é significativo para o processo…

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Candidatura de Weverton em São Luís harmoniza grupo de Flávio Dino

Eleito prefeito, senador estaria automaticamente fora da disputa de 2022 – o que consolidaria o projeto Carlos Brandão governador – e ainda garantiria possibilidade de ascensão para mãe de Rubens Pereira Júnior no Senado

 

WEVERTON NA CAMPANHA DE 2016, QUANDO ARREGAÇOU AS MANGAS E DEU A EDIVALDO UMA VITÓRIA que o próprio grupo via como perdida

Deve ser vista com muita atenção a tese “Weverton Rocha prefeito”, levantada nesta quarta-feira, 31, no blog do jornalista Gilberto Léda. (Leia aqui)

Para Léda, o apoio do senador ao vereador Osmar Filho – com a condição de viabilização até dezembro – seria o caminho para o próprio Rocha entrar na disputa.

Para os que eventualmente venham a desdenhar da possibilidade, é preciso lembrar a trajetória política recente do próprio Weverton Rocha.

Foi o senador, ainda como deputado federal, o principal responsável pela vitória de Edivaldo Júnior (PDT) em 2016, numa disputa que se desenhava como perdida para o grupo de Flávio Dino. (Relembre aqui, aqui e aqui)

Depois disso, Rocha viabilizou, sozinho, sua própria candidatura a senador, bancada mesmo quando a maioria do próprio grupo dizia não ver chances para ele.

Efeito Unidade

Mas não é apenas a obstinação do líder pedetista maranhense o único trunfo em uma eventual candidatura a prefeito.

Ele garantiria, sozinho, a tranquilidade eleitoral que o governador Flávio Dino (PCdoB) necessita no Maranhão para o embate eleitoral nacional de 2022.

“Weverton Rocha prefeito” garantiria, de uma vez só, a empolgação necessária para Edivaldo Júnior entrar na disputa,  consolidaria o projeto Carlos Brandão (PRB) governador e ainda garantiria à segunda suplente, Suelly Pereira, mãe do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB), maior possibilidade de chegar ao Senado.

Sem falar que poderia ter o próprio Rubens Júnior como vice, aglutinando também o PCdoB.

De qualquer forma, sendo ou não candidato, o senador do PDT mostra-se como a principal peça das eleições de 2020 e 2022…

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“Já se vê a possibilidade de o Maranhão emprestar Flávio Dino ao Brasil”, diz Eliziane…

Senadora eleita praticamente lança candidatura do governador maranhense a uma disputa presidencial em 2022, o que gerou forte repercussão na mídia nacional

 

ALIADOS HISTÓRICOS. Eleita senadora, Eliziane quer Flávio Dino disputando a presidência a partir de 2022

A deputada federal e senadora eleita Eliziane Gama (PPS) praticamente lançou nesta quarta-feira, 31, o nome do governador Flávio Dino (PCdoB) à sucessão presidencial de 2022.

Para a senadora, as várias frentes democráticas e progressistas que já se discutem incluem o nome de Flávio Dino como opção.

– Essas frentes superam projetos hegemônicos que sempre pedem adesão e nunca aderem a nada. Horizonte de esperanças e nele já se vê a possibilidade de o Maranhão emprestar Flávio Dino para o Brasil – ressaltou Eliziane em sua conta pessoal no Twitter.

A fala da parlamentar maranhense foi destaque das páginas on-line das principais publicações nacionais.

CANDIDATO A PRESIDENTE. A fala de Eliziane que ganhou repercussão nacional

De fato, Flávio Dino tenta se imiscuir no debate nacional desde o fim do primeiro turno, com uma postura dura em relação ao presidente eleito Jair Bolsonaro.

Mas foi a fala de sua senadora quem o pôs como opção, sobretudo em um momento em que lideranças como Ciro Gomes (PDT) e o próprio Fernando Haddad e o PT também se movimentam para herdar o espólio de Lula no campo progressista.

Em 2022, Dino não terá mais direito à reeleição de governador.

É aguardar e conferir…

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Qual o futuro político deles?!?

Com 30,07% dos votos, Roseana preserva o espólio eleitoral que o grupo Sarney mantém historicamente no Maranhão – e com os 28% em São Luís, crava nome na capital maranhense; o tucano Roberto Rocha terá que se reinventar para 2020 ou 2022

 

CAMINHOS DIVERSOS. Roseana mantém espólio do grupo Sarney; Roberto Rocha tem futuro político incerto

Enquanto a ex-prefeita Maura Jorge (PSL) já anunciou sua permanência no embate político – inclusive no segundo turno – o ex-candidatos Roseana Sarney (MDB) e Roberto Rocha (PSDB) ainda mantêm silêncio sobre o resultado das eleições.

Mas o resultado das urnas para eles pode acenar com novos projetos.

A princípio, o índice de 30,07% dos votos em Roseana podem parecer pouco para quem já foi quatro vezes governadora; ela, no entanto, preservou o patamar de votos do grupo Sarney, mesmo em uma campanha adversa.

Roseana teve nada menos que 28,03% dos votos em São Luís, preservando o mesmo patamar estadual sarneysista.

A situação de Roberto Rocha é mais complicada.

O senador tucano registrou apenas 64.446 votos, ou 2,05%, uma votação catastrófica para quem havia sido consagrado quatro anos antes.

Pior para Roberto: sua vaga no Senado em 2022 tende a ser disputada pelo próprio governador Flávio Dino (PCdoB), que estará concluindo o segundo mandato; ou por Roseana, que pode fazer essa opção tática.

De uma forma ou de outra, Roberto Rocha tem quatro anos para se consolidar como senador e buscar, ao menos, garantir uma eleição de deputado federal após concluir seu mandato.

A menos que queira concorrer com dois nomes bem mais robustos…