Vários deputados demonstraram incômodo com a publicação, na edição de ontem de “O Estado do Maranhão”, dos números que formam os salários e a estrutura de gabinete pagos a eles na Casa.
O titular deste blog recebeu ligações de inúmeros parlamentares. A todos perguntava: “há alguma mentira, deputado?”. Como a resposta era sempre “não!” – seguida de uma tentativa de querer ver motivações outras na divulgação dos dados – ficou a dúvida sobre a transparência das atividades da Assembléia.
O que temem, afinal de contas, os deputados?
Afinal, suas garantias salariais e de assessoria não estão amparadas em leis, por mais casuísticas ou corporativas que elas sejam?
Porque esconder que têm assessores com salários entre R$ 8,4 mil e R$ 14,4 mil? Porque esconder que recebem, entre vencimentos e verbas extras, cerca de R$ 50 mil por mês?
Nenhum dos telefonemas ao titular do blog questionou o conteúdo da reportagem d’O EMA. O que incomodou – ficou claro – foi apenas a divulgação de algo que os deputados parecem querer esconder.
Coisa incompatível, aliás, com a transparência que deve nortear as ações de representante do povo.